Eduardo Campos - O processo econômico em curso no Nordeste responde a uma renovação política que já veio desde 2006, com a eleição de novas forças, aqui, na Bahia, em Sergipe, no Ceará e em Alagoas. Isso ajudou a mudar a economia, e a trazer uma visão mais estruturante à ação do governo federal no Nordeste.
Ações que vão desde às infraestruturas econômica e social à educação, com a melhora de nossas universidades e de cursos técnicos, a mais crédito na região, do microcrédito ao financiamento para a infraestrutura. Isso tudo chama a atenção da sociedade, independentemente das marcas e dos limites partidários tradicionais das disputas políticas locais. O Nordeste hoje cresce mais que o Brasil, e isso é comparável e observado pelo povo.
A crítica no passado é de que o Nordeste era dominado por oligarquias e que, por isso, pouco acontecia. Apesar dos avanços, as oligarquias não estariam se mantendo. O sr. ajudou a eleger sua mãe deputada federal. Seu vice, a filha, como deputada estadual.
Essa é uma visão caricata. Pernambuco foi o primeiro Estado a apresentar uma lei contra o nepotismo. Por que as pessoas têm algum grau de parentesco, elas não estão impedidas de disputar voto. Às vezes isso é natural. Estamos vivendo uma fase diferente na política do Nordeste. E é preciso conhecer isso de perto, sem preconceitos ou conceitos preestabelecidos. Não se pode transformar em rótulos, pois aí há a surpresa quando há esse tipo de votação. (Da Folha de S.Paulo)
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