Alan Marques/Folha
O salário mínimo tornou-se o mais novo cavalo de batalha do Congresso. É cavalgado por governistas e oposicionistas.
Reunido nesta segunda (8), o gabinete de transição da presidente eleita Dilma Rousseff debruçou-se sobre o Orçamento da União.
Depois, em entrevista, o vice-presidente eleito Michel Temer disse que será preciso promover "ajustamentos”. Não deu detalhes.
Limitou-se a dizer que “haverá uma reunião com o relator e com o presidente da Comissão de Orçamento” do Congresso.
Para quê? “Para tentarmos aprovar o Orçamento neste ano”. Contou que “o ponto mais enfático” da reunião foi a análise do salário mínimo.
“Se houver alguma questão referente a salário mínimo ou qualquer outro tema, é preciso negociar com a Comissão de Orçamento”.
O governo propôs para 2011, primeiro ano da gestão Dilma, um mínimo de R$ 538,15. As centrais sindicais reivindicam R$ 580,00.
Relator do Orçamento, o senador Gim Argello (PTB-DF) admite, no máximo, arredondar a cifra para R$ 540,00.
A oposição decidiu adicionar pimenta à salada de cifras. Vai enganchar no Orçamento uma emenda que eleva o mínimo para R$ 600,00.
Foi esse valor que o candidato derrotado José Serra prometeu durante a campanha. Será levado à comissão de Orçamento por dois congressistas.
Serão signatários da emenda o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP).
"A tendência natural dos partidos que apoiaram Serra é de defender essa proposta", justificou Jardim.
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