O repórter recolheu de um escorpião do Banco Central uma análise sobre a decisão de Dilma Rousseff de manter Guido Mantega no Ministério da Fazenda.
Disse que Dilma promete entregar, até 2014, duas mercadorias preciosas para a economia brasileira.
A primeira: uma lipoaspiração na dívida líquida interna, emagrecendo-a dos atuais 41% para 30% do PIB. A segunda: juros reais de civilizados 2% ao ano.
O provimento da encomenda, disse o escorpião, exigirá o surgimento de um Guido Mantega 2º. Um personagem que conspire contra a continuidade de seu próprio legado.
Sob Lula, o Mantega 1º especializou-se em criticar, com riso irônico nos lábios, o remédio dos juros altos administrado pelo BC.
Sob Dilma, o novo Mantega terá de ajudar a debelar a doença, gerarando o ajuste fiscal que o antigo ministro se absteve de produzir.
O desajuste financeiro está, de novo, no câmbio. Que leva ao recurso dos juros altos. Que não podem mais prosperar, sob pena de asfixiar o doente.
Para atacar a moléstia na causa, Mantega 2º terá de fechar o cofre sem secar os investimentos. Desonerar a folha salarial e as exportações sem comprometer a coleta do fisco
É um tipo de mágica que não se faz distribuindo sorrisos à Esplanada. Exige-se: na face, um cenho crispado. Nas mãos, uma boa adaga.
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