Ricardo Stuckert/PR
Lula e Dilma chegam para jantar do G20: muita comida e conversa, pouco resultado
Termina nesta sexta (12), em Seul, a reunião do G20. Os chefes de Estado das maiores economias do planeta levarão o jamegão a um acordo pífio.
Fruto de muita conversa, o documento deve empurrar para a reunião de 2011, na França, a adoção de medidas práticas para conter a “guerra cambial”.
Na noite passada, descobriu-se que o G20 deve encomendar ao FMI um estudo sobre os efeitos do veneno e os antídotos contra o câmbio artificial.
Responsabilizados pela encrenca, EUA e China acusaram-se mutuamente em Seul. E foram acusados pelos demais. Lula, por exemplo, criticou os dois.
Embora representado no encontro por dois presidentes –o atual e a eleita Dilma Rousseff— o Brasil foi visto pelos analistas como um ator "enfraquecido".
Alheio às avaliações, Lula expôs a posição brasileira no fórum e fora dele, em entrevistas.
"O G20 não é para cada um se salvar, não é cada um por si e Deus por todos, é todos por todos e Deus por todos", ensinou, em metáforas confusas.
Chefe de uma comitiva que incluiu o governador cearense Cid Gomes (PSB), Lula atribuiu ao Ceará um status planetário.
Ele criticava a política das nações ricas de escorar seus desequilíbrios internos exclusivamente na exportação. A certa altura, disse:
"Se os países mais ricos não estão consumindo a contento, o mundo vai à falência. Se todo mundo quiser só vender, não quiser comprar, como é que vai ficar o Ceará?"
A julgar pelo esboço do acordo a ser anunciado nesta sexta, o Ceará e o resto do Brasil ficarão no mesmo lugar.
Continuarão premidos por uma guerra que, no ambiente doméstico, sobrevaloriza o Real e convida a economia brasileira a escorar o seu PIB no mercado interno.
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