DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FELIZ 2011

"VAI DAR TUDO CERTO EM 2011"

"FECHANDO COM CHAVE DE OURO - 2010"


Para quem pensava que este ano era o ano do fim da era Gonzaga em Feira Nova depois de uma 2009 sem espaço no cenário político, se enganou, foi o ano do recomeço, de uma nova história, de grandes vitórias e da auto afirmação dos Gonzaga no cenário político local, família Gonzaga se mistura com a própria história de Feira Nova.

  1. Começou o ano com problemas no Bloco do Jacaré, quebrou-se um trio e parecia que seria um ano de despedida política e o carnaval foi bom, a não ser quando vi aquela sena horrível (o jacaré que pensei que tinha acabado sendo carregado pelo seus súditos, não aguentei);
  2. Aí veio uma festa de São José medíocre onde nem o mais pessimista tigre amarelo conseguiu elogiar, o jacaré toma folêgo (e os amarelos comentavam o Jacaré está fora do paréo);
  3. Chegou a pascoa, distribuição de peixes (agora matamos o Jacaré), que oportunidade perdida, muita desorganização e muita ficha nas mãos dos organizadores e poucas nas mãos do povo;
  4. Mais chegou o São João (aí sim vamos acabar com esse tal de Jacaré, pois temos muito dinheiro) eita o pior São da história de Feira Nova e região, o locutor solitário no meio do pátio vazio chamando o povo, que estava no Jacaré HALL.
  5. Mais o que é esse tal de Jacaré alguma coisa? Era a maior festa de São João da região (mais quem iria para uma fazenda lá no fim do mundo e ainda na chuva? Fazer o quê lá?) que população carente de Feira Nova sentindo-se órfão de sua mãe (a mãe dos pobres que DEUS a tenha Marilene Chaves), foi buscar o ex prefeito Jairo Gonzaga em sua casa para ajudar o povo pobre que se cansou de 06 messes de humilhação.
  6. É teve a Copa do Mundo, não fomos campeão, mais quem assistiu a copa na casa do ex prefeito teve sorte, conseguiu até emprego na Prefeitura, eita cara para dar sorte...
  7. Quase esqueci, teve o aniversário de 46 anos do ex prefeito, foram buscar ele em casa, naquela tal casa lá no fim do mundo, vieram em caminhada, parecia um exército marchando, (melhor tivesse esquecido), até a turma da prefeitura foi lá filmar, para ver quem estava na festa, acho na minha inocência que queriam dar emprego a mais alguém (que coisa, será que foram contratar lá), e conseguiram sim, deram emprego a muita gente depois da grande festa, onde a maior atração por acaso não foi a banda (apesar de ter sido um grande show) e sim, aquele cara, sabe quem, rsrs o ex prefeito (de novo).
  8. Mais tem nada não vem a eleição aí (descobri que com dinheiro e a prefeitura para dar emprego nunca mais perco eleição), e chegou a eleição, sabe o que aconteceu ? Vocês não vão acreditar, aquele Jacaré chato ganhou a eleição e o pior com uma votação que dava até para eleger um prefeito, mais de 4 mil votos (Como foi que ele conseguiu, sem prefeitura, sem dinheiro, só com 03 vereador eu tenho 06) o povo vibrou eufórico nas ruas (inclusive os funcionários) caiu a patente do Coronel.
  9. Acabou o ano, foi muita coisa mesmo;
  10. Eita e o escandâlo da saúde, que um enfermeiro denunciou, tinha até falso médico, teve de tudo, choro, entrevista, tudo que você pensar (mais teve uma coisa boa, o prefeito foi pela primeira vez no Hospital, mais fiquem tranquilos que ele não estava doente, a primeira dama o levou para uma reunião)
  11. Acabou nada, patente caída nada mais nos resta a não ser dar mais um apertinho nesse povo eu gosto tanto (de estar longe claro), e que gosta mais de um Jacaré que de mim que sou tão bonzinho, sabe o que aconteceu...
  12. Demissão de mais de 100 amarelinhos da máquina pública (detalhe: todos contratados pelo próprio governo) e mais corte de horas extras, gratificações, e tem gente agora que tem que trabalhar para dividir salário com outra, acredite se quiser, vou explicar é fácil : você e seu colega trabalha o mês todo e no final ganham um salário (todo mundo não é assim, essa oposição é fogo fala de tudo), só que esse tal salário é para dividir para os dois, é contando assim ninguém acredita, e aquele tal sujeito que dava 150 aulas? Esse realmente é verdade continua dando as 150 aulas, agora só recebe 100 aulas.
  13. É isso, teve coisa boa também, inauguração da Academia das Cidades (Academia? passei por cima dela e nem vi, por que é a menor da região, mais ainda bem).
  14. E o torneio de futsal, (foi ótimo) também achei, mais sabe o que foi pior para fechar o ano aquele tal de jacaré que agente não gosta de falar o nome dele, agora ficou pior, pois agora é o povo na rua gritando el el el se não é Jairo é Joel, são dois jacaré ainda (já tava ruim com um).
  15. Não são três, tem um tal de Dr Danilson também, é pura verdade, já tava ruim com dois e agora com três, política é fogo, agente tenta derrubar um agora aparece três, não entendo dessas contas.
  16. Mais está encerrando o ano e agora é reforma geral, começando pelo secretários, alguém tem de sr culpado pela perda da eleição afinal (mudo 2 ou 3 e todo mundo esquece).
  17. È acho que é só isso mesmo, para finalizar e não terminar o ano sem mais derrota, mais uma besteira, cancelei uma festa que já estava com as bandas contratadas e tudo na rua para a chegada do novo ano e sabe aquele 3 em 1 ( Gonzagas), vai colocar uma banda com trio e tudo na rua, esse cara é abusado mesmo, fazer o quê? não gosto de política mesmo...


P.S. Esse texto é apenas para reflexão e não disputas politicas.

FELIZ 2011 - "DEUS É FIEL"

É HOJE...

ENTREVISTA COM O EX PREFEITO JAIRO GONZAGA NA FM FEIRA NOVA

ÁS 09:30 DA MANHÃ

MANHÃ DO POVO COM VALTER CRUZ

DIRETÓRIO MUNICIPAL DE FEIRA NOVA - PT

http://diretriomunicipaldefeiranova-pt.blogspot.com/

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Lenço Presidencial

AMANHÃ NA FM FEIRA NOVA

É dia da entrevista do ex prefeito JAIRO GONZAGA e seu grupo politíco, fazer um balanço do ano para a oposição em Feira Nova.

30 presidentes e duas verdades incômodas

30 presidentes e duas verdades incômodas


Fotos: Juliana Leitão/DP/D.A Press

Levantamento mostra que região tem mais apoio quando presidente é do Nordeste, Minas Gerais ou Rio Grande do Sul

A primeira verdade é que ao longo de 121 anos de República os projetos mais importantes para o Nordeste só aconteceram após grandes secas e quando havia um nordestino na presidência ou ocupando cargo muito importante no governo federal. O primeiro – e único – autor a perceber isso foi um economista de reputação internacional Albert Hirschman, nos anos 60. Elaborou até uma tabela, comprovando sua tese (veja ao lado), publicada em livro originalmente lançado nos Estados Unidos, em 1963, Journeys toward progress. A gestão do presidente Lula corrobora a tese de Hirschman. A segunda verdade é que nas poucas vezes em que o Nordeste teve atenção prioritária do governo federal, o presidente era nordestino, gaúcho ou mineiro. Nunca de São Paulo. O primeiro foi o paraibano Epitácio Pessoa (1919-1922), que deflagrou uma série de obras na região só comparável a do governo Lula atualmente. Não chegou a concluí-las; seu sucessor, Artur Bernardes, paralisou todas, para equilibrar a economia do país. Os outros presidentes em cujo mandato o Nordeste se saiu bem foram Getúlio Vargas (gaúcho), Juscelino Kubitschek (mineiro), João Goulart (gaúcho) e Lula (pernambucano).

O primeiro nordestino a ser eleito presidente foi Epitácio Pessoa, paraibano de Umbuzeiro. Ele destinou 15% das receitas da União para cá e transformou a região num canteiro de obras: barragens, rodovias, ferrovias e melhoramentos em três portos. Tudo iniciado quase simultaneamente. Por que tão grande impulso para uma região e por que a simultaneidade das obras? Passemos a palavra a Hirschman novamente: “Entre outras, a resposta é a de que, como decorreria muito tempo antes que um outro nordestino retornasse ao Palácio do Catete [sede do governo federal na época], Epitácio estava disposto a dar início ao maior número possível de projetos, e se possível terminá-los, durante o seu mandato”. Hirschman nasceu na Alemanha e naturalizou-se americano. É hoje um escritor consagrado, autor de livros como A retórica da intransigência (1992), obra que durante o governo Fernando Henrique (1995-2002) foi uma espécie de leitura de cabeceira dos tucanos.


O ano em que a região pode alcançar o Brasil



1919-1922
Epitácio Pessoa: 11º presidente. O que mais investiu na região no século 20. Investimentos alcançaram 15% da receita total do país, um nível jamais atingido até hoje


1930-1945/1951-1954
Getúlio Vargas: Criação do BNB, em 1952, marca início de política de desenvolvimento regional para o país. O 1º presidente, Rômulo Almeida, era assessor especial dele. O paraibano José Américo foi ministro das Obras Públicas


1956-1961
JK: Começa um novo ciclo para o Nordeste, que se estende até o governo seguinte, de João Goulart. Surge a Sudene, em 1959, comandada pelo paraibano Celso Furtado, que elaborou a primeira análise teórica da desigualdade regional no Brasil


1961-1964
João Goulart: Período de agitação política e social. Nos EUA, em pronunciamento no dia 14 de julho de 1961, o presidente Kennedy diz: “Nenhuma área tem maior e mais urgente necessidade de atenção que o vasto Nordeste do Brasil”


1964-1985
Regime militar: “O Brasil é uma nação e a proposta do governo é desenvolver todas as regiões, e não apenas esta ou aquela”, diz o ministro Delfim Netto para governadores nordestinos, em 28 de julho de 1970


1985-1990
José Sarney : Constituinte cria fundos para desenvolvimento das regiões. Combater desigualdade regional torna-se princípio constitucional (artigo 3º)


1990-1992
Fernando Collor: Nasceu no Rio. Governou Alagoas antes de eleger-se presidente.Sofreu impeachment


1995-2002
FHC: Fechamento da Sudene em 2001. “Fernando Henrique ignorou o Nordeste”, diz economista Gustavo Maia Gomes, que no governo dele ocupou a diretoria de estudos regionais do Ipea


2003-2010
Lula: Crescimento supera o do Brasil e é marcado por investimentos públicos, empreendimentos privados e distribuição de renda. Houve redução da pobreza e um aumento inédito de consumo


2011-2015
* A conferir nos próximos anos
Esperança de vida ao nascer
(em anos), 2009

Sul 75,2
Sudeste 74,6
C. Oeste 74,3
Norte 72,2
Nordeste 70,4
Brasil 73,1

A média esconde desequilíbrios maiores. Entre os estados, por exemplo, quem nascer em Santa Catarina (75,8) em tese viverá 7 anos a mais do que aqueles que nascerem no Maranhão (68,4)
Fonte: IBGE/Síntese de Indicadores Sociais


Mortalidade infantil
(por mil nascidos vivos)

Sul 15,10
Sudeste 16,60
C. Oeste 17,80
Norte 23,50
Nordeste 33,50

Fonte: IBGE/Síntese de Indicadores Sociais


Ações pró-nordeste

Ano Decisões nordestino ocupando posição influente
no governo
1900 Criação por decreto de fundos especiais de socorro, destinados sobretudo para obras públicas Vice-presidente Rosa e Silva (PE) e ministro da Justiça, Epitácio Pessoa (PB)
1909 Criação da IFOCS (Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas), embrião do DNOCS Francisco Sá (CE), ministro da Viação e Obras no governo Nilo Peçanha
1920-1922 Obras públicas em larga escala Governo de Epitácio Pessoa, o primeiro nordestino a chegar à Presidência
1932-1937 Segundo período de obras públicas em larga escala José Américo de Almeida (PB), ministro das Obras Públicas (até 1934)
1952 Criação do BNB Rômulo Almeida (BA), assessor especial
de Vargas
1959 Criação da Sudene Celso Furtado (PB), criador de política regional para o NE
2002-2010 Obras públicas em larga escala Luiz Inácio Lula da Silva, de Caetés (PE), 29º presidente

Fonte: Até 1959, Albert Hirschman (Política Econômica na América Latina, 1965, Editora Fundo de Cultura)

O voto do NE cada vez mais decisivo





Fotos: Juliana Leitão/DP/D.A PresRobson Marques, em Sousa (PB), e Zacarias Nunes, em Juazeiro do Norte (CE): apoio a Lula é proveniente da sensação de que ele deu atenção ao NE



Votação em massa do eleitor nordestino em candidatos apoiados por Lula altera mapa eleitoral e impõe desafio ao PSDB, que precisa desenvolver projeto para a região

Avotação no Nordeste está se distanciando da média nacional. Nas eleições presidenciais de 1989, 1994, 1998 e 2002, o percentual de votos que o candidato eleito obteve na região foi semelhante ao que recebeu no país como um todo. Mas a partir de 2006 começou uma escalada em que o eleito tem entre os nordestinos uma votação de mais de 15 pontos percentuais acima da que teve no Brasil - uma diferença inédita no quadro eleitoral brasileiro.

Agora em 2010 Dilma Rousseff venceu no Brasil, em segundo turno, com 56% dos votos. No Nordeste seu percentual ficou 14 pontos percentuais acima: 70,5%. No pleito de 2006, quando teve início a tendência, Lula elegeu-se com 60,8% dos votos, mas entre os nordestinos sua votação atingiu 76,8% - 16 pontos percentuais a mais. Trata-se de uma diferença decisiva para o candidato beneficiado e de impacto profundo na política brasileira: no quadro de hoje significa que o PT larga na frente na disputa pela presidência e que a oposição precisa formular um plano para buscar os votos da região.

“Na primeira vitória de Lula ainda havia desconfianças sobre o que seria o seu governo. Mas em seu segundo mandato ele consolidou sua imagem e a eleição de Dilma foi uma opção pela continuidade da gestão dele”, explica o cientista político Marcos Costa Lima. Não há sinal de que a tendência se modifique profundamente para a próxima eleição presidencial e na “refundação” que o PSDB cogita fazer é imprescindível elaborar um plano para o Nordeste, diz Marcos.

O apoio que o Nordeste dá hoje a Lula não tem semelhança com o que a região deu aos candidatos da Arena e PDS durante o regime militar. Naquela época, compara o cientista político, havia censura à imprensa, repressão, ausência de eleição para governador e prefeito de capitais e casuísmos pró-candidatos do regime - e mesmo assim muitas vezes os oposicionistas saíram vitoriosos em diversas eleições na região, como no pleito de 1974.

A esmagadora opção pró-Lula das últimas eleições seria devido ao fato de que a região sente-se, pela primeira vez, alvo prioritário de um governo - sem falar na influência que a figura carismática do presidente tem sobre as populações pobres. Teve peso também o efeito do Bolsa Família, que extinguiu a intermediação dos coronéis na assistência aos pobres.
Ao pender majoritariamente em favor de um lado, o voto do Nordeste desequilibra a balança eleitoral e assume papel decisivo na eleição para presidente. Dilma teve pouco mais de 12 milhões a mais do que José Serra no país; no Nordeste a vantagem foi de 10,7 milhões. Mesmo desconsiderando-se a votação dos nordestinos, Dilma ainda venceria por 1,3 milhão de votos.

Mas este é o raciocínio simples da questão, o aritmético. Há que se considerar o fato de que foi a maioria na região que lhe garantiu uma campanha favorável desde o início - como o primeiro lugar nas pesquisas e tudo o que isso significa. É como se um time começasse o jogo ganhando por 3 x 0. Pode até no final vencer por 5 x 1, quando aqueles três gols iniciais seriam desnecessários, mas começar na frente faz diferença na política e no futebol.

A socióloga Fátima Pacheco Jordão, especialista em pesquisa de opinião e fundadora do Instituto Patrícia Galvão (SP), percebeu com clareza a questão. Primeiro, diz ela, apenas a aritmética do voto não explica a eleição de Dilma; segundo, foi graças ao Nordeste que a sua candidatura ganhou perspectivas de vitória; terceiro, o Nordeste lhe deu o favoritismo que se manteve por toda a campanha. “O peso do Nordeste foi crucial para Dilma”, afirma Fátima. “É uma área estratégica para o futuro tanto do PT quanto da própria Dilma”. E a votação que os nordestinos lhe deram deve influenciá-la “pessoalmente”, considera Fátima Jordão.

Obras federais nos estados



Pernambuco
Transnordestina, Estaleiro, Refinaria e duplicação BRs

Alagoas
Canal do Sertão Alagoano, revitalização do S. Francisco

Bahia
Ampliação refinaria, gasoduto e revitalização do S. Francisco

Ceará
Construção do Metrô de Fortaleza, Transnordestina

Maranhão
Construção de refinaria e usina hidrelétrica

Paraíba
Duplicação da BR-101 e Transposição do S. Francisco

Piauí
Transnordestina liga Eliseu Martins (PI) a portos de PE e CE

Sergipe
Ampliação da Malha Nordeste de Gasoduto

Rio grande do norte
Construção da Refinaria Clara Camarão


Votação no nordeste (%)

Candidatos Brasil Nordeste

1989 (2º turno)
F. Collor
Lula
49,9
44,2
55,7
44,3

1994 (1º turno) *
FHC
Lula
54,2
27,4
57,59
30,29

1998 (1º turno) *
FHC
Lula
53,0
31,7
47,7
33,6

2002 (2º turno)
Lula
Serra
61,2
38,7
61,5
38,4

2006 (2º turno)
Lula
G. Alckmin
60,8
39,1
76,8
22,7

2010 (2º turno)
Dilma Roussef
Serra
56
43,9
70,5
29,4

* Vitória no primeiro turno



Eleitorado do brasil (por região, %)

"O NORDESTE DEPOIS DE LULA"

Lula e FHC, a comparação


Fotos: Carlos Teixeira/DP /d.a press

Sertão de Pernambuco: o presidente Lula com populares , em 13 de dezembro passado, e FHC em Petrolina (1997)

Tucano controlou a inflação e montou bases da política social;
Lula fez opção pelo NE.

Durante o governo Lula o Nordeste teve o dobro do crescimento que obteve no governo Fernando Henrique Cardoso. A diferença ainda pode aumentar, porque os dados oficiais disponíveis são apenas dos seis primeiros anos da gestão Lula, de 2003 a 2008. Nesse período o Nordeste cresceu 31,5%, sendo 3,6 pontos percentuais a mais que o Brasil. Já no governo FHC a região cresceu 15,5%, superando o país em apenas 0,4 ponto percentual. Os dados são do IBGE.

Ações nacionais do governo FHC tiveram repercussão favorável no Nordeste, como a estabilização econômica; a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impediu a gastança das prefeituras, e a expansão das políticas sociais. Mas na comparação em relação ao Nordeste os dados lhe são extremamente desfavoráveis. “O governo Fernando Henrique ignorou o Nordeste”, afirma um ex-integrante da gestão dele, o economista Gustavo Maia Gomes (veja entrevista ao lado). O governo dele ficou associado na região à extinção da Sudene, em 2001, medida que, a julgar pelo que aconteceu anos depois, o próprio PSDB desaprovou. O candidato tucano a presidente em 2006, Geraldo Alckmin, prometeu recriar a autarquia, e José Serra, agora em 2010, disse que se eleito acumularia durante seis meses a Presidência da República e a superintendência da Sudene. É consenso que ao sucedê-lo Lula encontrou uma inflação baixa e controlada e as bases da política social montadas, o que facilitou os trabalhos. Mas nada havia, especificamente, em relação ao regional.

Os principais diferenciais do governo Lula para o de FHC, no Nordeste, foram:
1) as obras direcionadas para a região: transposição do São Francisco, Ferrovia Transnordestina, refinarias e siderúrgicas (na gestão de Fernando Henrique não houve nenhuma obra nessas dimensões para a região);

2) ampliação dos recursos para programas sociais. O Bolsa Família é um programa nacional, mas como aqui vivem 50% dos pobres, que são beneficiados, acaba transformando-se em um programa de distribuição regional de renda. O governo FHC tinha programa de transferência de renda, mas os valores eram menores: “O conjunto de bolsas dele somava R$ 2 bilhões, mas no governo Lula isso foi multiplicado por cinco”, diz a economista Tânia Bacelar.

3) no governo Lula o Nordeste liderou percentualmente a criação de emprego formal no país. De 2003 a 2009 cresceu 5,9% ao ano, mais do que o Brasil (5,4%) e o Sudeste (5,2%). O aumento real do salário mínimo também impactou positivamente a região, porque o Nordeste tem metade dos que ganham salário mínimo;

4) a criação de empregos, o aumento do mínimo e o Bolsa Família expandiram o consumo na região. De 2003 a 2009 o Nordeste - juntamente com o Norte - esteve na dianteira das vendas do comércio varejista do Brasil. Com a explosão do consumo vieram os empreendimentos privados, como indústria de alimentação e bebidas (Sadia e Perdigão, em Pernambuco), supermercados e grandes magazines. O crescimento do Nordeste teve a singularidade da distribuição de renda e pela primeira vez na história é sustentado também por obras da iniciativa privada, explica Tânia Bacelar.

5) os investimentos em agricultura familiar aumentaram: os do Pronaf (Programa de Apoio à Agricultura Familiar) são seis vezes maiores no governo Lula do que no de FHC. Outros programas foram criados para a área, como o de Aquisição de Alimentos, que compra diretamente a produção dos agricultores. 50% dos estabelecimentos de agricultura familiar estão no Nordeste.


Principais empreendimentos

Transposição do Rio São Francisco
Vai beneficiar 12 milhões de pessoas, no interior de quatro estados: Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Obra de R$ 6 bilhões, iniciada em 2006. Previsão do Ministério da Integração Nacional é que a inauguração da primeira parte, o Eixo Leste, aconteça em junho de 2011, e a segunda, o Eixo Norte, em dezembro de 2012. Quando prontas, previsão é que atenda 390 municípios, ajudando a dinamizar a economia deles

Transnordestina
Obra de R$ 5,4 bilhões. Atinge 81 municípios nos estados de Pernambuco, Piauí e Ceará. Assim como a Transposição, foi iniciada em 2006 e passou igualmente por atrasos em sua execução (causados por exigência de licenciamentos ambientais, desapropriações e liberação de recursos). Já tem 18 lotes em operação e no último dia 13 o presidente Lula assinou contrato para a instalação de outros 10. A mais recente previsão da Transnordestina Logística (TLSA), empresa encarregada da obra, é que sua inauguração aconteça no primeiro semestre de 2012. A ferrovia tem extensão de 1.728 km e liga o município de Eliseu Martins (PI) aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE). Ao longo de sua extensão pode tornar-se um “vetor de desenvolvimento” para municípios da região, conforme avaliação do Ministério da Integração Nacional

Refinarias
Construção de novas no Maranhão, Ceará, Pernambuco. Ampliação da refinaria Clara Camaleão, no Rio Grande do Norte, e da Landulpho Alves, na Bahia

Estaleiro
Em Pernambuco. Já fez o primeiro navio

Siderúrgica
Ceará e Pernambuco

Duplicação da BR-101
Obras iniciais foram em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Trabalhos agora estão sendo ampliados para AL e SE

Investimentos privados
De 2005 até agora cerca de duas mil empresas instalaram-se na região, Segundo a economista Tânia Bacelar, esta é primeira vez na história que um ciclo de crescimento no Nordeste é também “ancorado no investimento da iniciativa privada”. Existem na região 23 polos de desenvolvimento industrial e agrícolas, como o de Suape (PE), onde estão o Estaleiro e a Refinaria Abreu e Lima. Problema é de déficit de trabalhador qualificado.


"FHC ignorou o nordeste"

O economista Gustavo Maia Gomes é autor de um livro já clássico sobre o Nordeste, Velhas secas em novos sertões (Ipea, 2001). Tem doutorado na universidade de Illinois (EUA), é professor da UFPE e comandou a diretoria de estudos regionais do Ipea no governo Fernando Henrique. Sobre o tratamento dado à região ele não tem meias palavras: “O governo Fernando Henrique ignorou o Nordeste. É incontestável que nesse período o Nordeste foi tratado com indiferença”.

A diferença de tratamento da região, nos dois governos, explica a baixa votação que os candidatos do PSDB à presidência tiveram no Nordeste e a grande votação dos candidatos de Lula, entende Gustavo Maia Gomes.

Ele adverte que na comparação entre as duas gestões é preciso levar em conta “a conjuntura internacional favorável”, no governo Lula, e o fato de este ter encontrado uma situação nacionalmente estabilizada. “No governo Fernando Henrique houve necessidade de fazer ajustes, e isso dificulta as coisas”, diz ele, fazendo uma ressalva: “Mas também aí é preciso reconhecer os méritos do governo Lula, porque ele soube aproveitar o ajustamento e a conjuntura internacional favorável. Poderia ter tido tudo isso e não aproveitado, mas ele aproveitou”.



Economista Gustavo Maia. Foto: Cecilia de Sa Pereira/ Esp. DP/ D.A Press



Crescimento acumulado

Crescimento superior ao do Brasil (%)
FHC (1995-2002) Lula (até 2008)

Nordeste: 15,5 31,5
Sudeste:
10,5 27,3
Sul:
19,4 21,2
C.Oeste:
29,3 34,0
Norte:
30,1 39,8
Brasil:
14,9 27,9


Seis cidades concentram
25% do PIB do brasil (%)


De cada R$ 100 reais produzidos no Brasil, R$ 25 são destas seis cidades. São Paulo, a capital, tem uma participação no PIB nacional (11,8%) quase idêntica a da região Nordeste inteira (13,1%). Na parte de baixo da tabela, um dado revelador da concentração: 1313 municípios do resto do país produzem apenas 1% do PIB nacional


1,3 - Manaus
1,4 - BH
1,4 - Curitiba
3,9 - Brasília
5,1 - Rio de Janeiro
11,8 - São Paulo



As cidades mais pobres


O PIB dos cinco municípios, reunidos,
representa cerca de 0,001% do total do Brasil

1ª) Areia de Baraúna (PB) - a
2ª) São Luís do Piauí (PI) - b
3ª) São Félix do Tocantins (TO) - c
4ª) Santo Antônio dos Milagres (PI) - d
5ª) São Miguel da Baixa Grande (PI) - e


Fonte: IBGE/PIB dos municípios 2004-200

CHEGOU A VEZ DOS SECRETÁRIOS - "CORRAM QUE O CORTE CHEGOU"

  1. O prefeito fez um balanço do ano ontem na FM Feira Nova e cnfirmou a chegada de mais 03 ônibus, sendo um com recuros próprios e 02 em convênios com o governo federal;
  2. Deixou a entender que fará uma reforma agora no secretáriado;
  3. Só quem está seguro é o secretario de educação;
  4. Hoje tem reunião com equipe em Paudalho para tratar do assunto, acha rezadeira para os secetários;
  5. Mais a maior baixa no governo deve ser mesmo na pasta de Administração e Finanças, que o secretário Ivan Felipe colocou o cargo a disposição;
  6. É isso aí...

Vêm muitas estátuas de Lula por aí, pipocando em todo o Estado


Marisa Gibson

''... a parceria, (Lula/Eduardo), como tudo que começa, chegou ao ato derradeiro.

Mas a afinidade pessoal e administrativa que o governador manteve com o presidente repercutirá nos muitos investimentos vistos em Pernambuco.

Ninguém se espante se começar a aparecer por aí ruas e praças com o nome de Lula ou mesmo estátuas em homenagem a ele.''

Coluna Diario Político

Começa agora a corrida pelos cargos de segundo escalão

1- Definido, ontem, o futuro secretariado do governador Eduardo Campos, começa agora a corrida política pelos cargos de segundo escalão.

2- Já foi anunciado pelo governador que o economista Pedro Mendes substituirá Sileno Guedes na diretoria do Porto do Recife.

3- E também dá-se como certa a ida do ex-vereador Dílson Peixoto, hoje na Secretaria das Cidades, para a diretoria do DER.

4- Para a presidência da Empetur, o futuro secretário Alberto Feitosa deve discutir com Inocêncio Oliveira (PR) a ida do engenheiro Eugênio Moraes, atual Secretário dos Transportes.

5- Já para a diretoria-geral do DETRAN, em substituição a Manoel Marinho, que é da quota do PT, deverá ser indicado o secretário-geral do PTB, José Humberto Cavalcanti, pessoa de confiança do senador eleito Armando Monteiro Neto e irmão do prefeito de Limoeiro, Ricardo Teobaldo (PSDB).

6 – O atual e futuro secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, já convidou o atual secretário ...

LULA "EMOÇÃO AO SE DESPEDIR EM PERNAMBUCO"

Lula encerra discurso no Marco Zero pedindo apoio para Dilma e Eduardo Campos



1- Milhares de pessoas se concentraram na noite desta terça-feira no Marco Zero do Recife para assistir ao discurso de despedida do presidente da República.
2- A solenidade começou com mais de uma hora de atraso e obedeceu à seguinte programação: doação de um terreno no Cabanga para a construção da sede própria da Orquestra Cidadã Meninos do Coque e exibição de um vídeo sobre Luiz Gonzaga, seguindo-se o anúncio da construção de um memorial com o seu nome com recursos do Ministério da Cultura.

3- O ministro Juca Ferreira, em breve discurso, disse que o governo federal estava atendendo a uma demanda da Prefeitura de Exu (terra de Gonzagão) e se referiu a Lula como ''o maior e melhor presidente que o Brasil já teve''.

4- Em seguida, apresentaram-se o poeta Antonio Marinho do Nascimento e os violeiros Valdir Teles e João Paraibano. Marinho leu versos de sua autoria, terminando com o refrão: ''Pernambuco agradece ao presidente/ Mais amado do povo brasileiro''.

5- A partir daí o presidente emocionou-se e de vez em quando enxugava as lágrimas.

6- Seguiu-se a apresentação dos dois violeiros, que deram um verdadeiro show de bola com sextilhas de improviso.

7- Valdir afirmou em versos que o presidente ''curou o câncer da dívida externa'', foi o ''pai dos pobres'', que o povo já está pedindo para ele voltar em 2014, que o índice de emprego no Brasil é tão grande que já está faltando trabalhador e que se países pudessem exportar presidentes da República, outras nações já nos tinham tomado Lula.

8- João Paraibano, numa noite igualmente inspirada, disse que o que Lula fez em 8 anos ''nenhum outro presidente fez'', que ele foi para o Sul do país em 1952 como retirante e voltou como presidente, que era uma pena Miguel Arraes não estar ali, naquela solenidade, assistindo à sua despedida, e que no atual governo ''o Brasil mudou de cara e o povo mudou de vida''.

9- Mais emoção para o presidente Lula, cujos olhos permaneceram sempre marejados.

10- Seguiu-se a entrega ao presidente da República pelo governador Eduardo Campos da Medalha do Mérito dos Guararapes, a mais alta comenda de Pernambuco.

11- O segundo orador da noite foi o governador Eduardo Campos, que fez questão de agradecer ao presidente todas as ações do governo federal em Pernambuco: transposição do São Francisco, Transnordestina, construção de escolas técnicas, expansão de campus universitários, duplicação de BRs, programa Luz para todos, expansão do crédito, programa Bolsa Família, refinaria estaleiro, etc.

12- Apresentou-se em seguida o cantor Maciel Melo, pernambucano de Iguaracy, que após lembrar sua infância pobre naquela cidade sertaneja, onde não havia abastecimento d’agua, cantou um canção saudando a chegada da água para todos.

13- Maciel disse também que o Brasil teve quatro craques: Pelé no futebol, Airton Sena no automobilismo, Cândido Portinari nas artes plásticas ''e Luiz Inácio Lula da Silva na política''. O povo embaixo do palanque delirou.

14- Lula fez o seu discurso de despedida agradecendo inicialmente a todas as autoridades que estavam presentes. Depois, contou um pouco de sua história, falou sobre as três derrotas que sofreu como candidato a presidente da República, da criação das ''Caravanas da Cidadania'' e das duas eleições que venceu: uma em 2002 e outra em 2006.

15- Também agradeceu a Deus a oportunidade que teve de governar o Brasil, exaltou o companheirismo e a lealdade do governador Eduardo Campos e garantiu que em 2012 Dilma Rousseff estará inaugurando em Pernambuco a obra de transposição das águas do rio São Francisco.

16- Nesse momento, o governador levantou-se da cadeira e deu-lhe um beijo na cabeça, permanecendo em pé ao lado do presidente até o encerramento do seu discurso com essas palavras:

17- ''A palavra de ordem é: apoiar a companheira Dilma e o companheiro Eduardo Campos''.

É isso aí.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PARTICIPE...

O ADEUS DO MAIOR PERNAMBUCANO DE TODOS

Lula se despede do cargo com grande festa no Marco Zero

Publicado em 27.12.2010, às 21h08

Do JC Online Com informações do Jornal do Commercio
Cerca de 70 mil pessoas são esperadas no Marco Zero para a despedida do presidente Lula
Cerca de 70 mil pessoas são esperadas no Marco Zero para a despedida do presidente Lula
Foto: JC Imagem

A quatro dias de passar a faixa para Dilma Roussef, primeira mulher a governar o Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem a Pernambuco para uma grande festa de despedida junto a seus conterrâneos. O filho de Caetés será homenageado com uma grande festa nesta terça-feira (28), no Marco Zero, que reunirá grandes artistas locais, como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Maciel Melo, Santana e Nádia Maia, entre vários outros. Será a 10º visita ao Estado em 2010 e a 40º desde que assumiu a presidência em 2003.

» CTTU interdita vias do Bairro do Recife nesta terça-feira

Mas o dia não será só de festa. Antes de ir ao Bairro do Recife, o presidente cumprirá uma agenda administrativa pela Região Metropolitana. Por volta das 14h30, Lula estará no complexo industrial e portuário de Suape, em Ipojuca. Juntamente com o governador, ele participa da colocação da pedra fundamental para a construção da montadora de automóveis da Fiat, obra conquistada por Pernambuco com a colaboração fundamental do petista. Na comitiva, estarão alguns ministros, secretários estaduais e parlamentares, além dos diretores da empresa.

No fim da tarde, por volta das 17h, Lula chega ao Marco Zero. Antes dos shows, contudo, assina a ordem de serviço para o início das obras do Cais do Sertão (Memorial Luiz Gonzaga), que terá aproximadamente 7 mil m² em uma área do Porto do Recife. O mandatário ainda anuncia a cessão de um terreno para a Associação Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque, onde será instalada uma escola de música para crianças carentes.

A expectativa é de que pelo menos 70 mil pessoas passem pelo Marco Zero na noite desta terça. Após a festa, o presidente deve embarcar rumo a Fortaleza, no Ceará, onde dormirá para cumprir agenda na quarta-feira (29). A festa do Recife Antigo será patrocinada pelo PSB, partido do governador eleito Eduardo Campos. O custo com a produção da apresentação não foi divulgado.


Viagem de volta ao passado!


Angeli

Até Mais...

Eduardo anuncia secretários do 2º mandato

Foto de Júnior Finfa



O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), anunciou nesta tarde seu secretariado para o segundo mandato, a partir de 1º de janeiro. Nomes novos e algumas mudanças de posição marcam as escolhas do governador. Mas, sejamos sinceros, poucas surpresas.

O PCdoB perdeu a Secretaria de Esportes e ficou com a de Ciência & Tecnologia. Levando em consideração a Copa de 2014, foi uma queda e tanto. Esportes foi para Ana Cavalcanti, do PP, que foi promovida do Instituto de Recursos Humanos. Mas a gerência dos projetos da Copa do Mundo ficará a cargo de Ricardo Leitão, do PSB, e membro do núcleo duro do governo.

Antônio Figueira, presidente do Imip, foi confirmado na Secretaria de Saúde – informação que já vinha circulando há uma semana. A nomeação do executivo sinaliza que Eduardo pretende aprofundar o modelo de gestão implantado nos novos hospitais, de fundações públicas, cujo o Imip é o atual concessionário e trabalha com regime semelhante a uma empresa privada (o governo paga pelos atendimentos realizados).

Danilo Cabral, depois de eleito deputado pelo PSB, volta ao secretariado – agora em Cidades – cargo que o coloca de volta às especulações eleitorais, principalmente, à prefeitura do Recife, em 2012.

A cobiçada pasta de Turismo, pretendida pelo ex-prefeito João Paulo, fica com o PR, via a nomeação do deputado Alberto Feitosa. Por sua vez, o partido de Inocêncio Oliveira perde a secretaria de Transportes, que vai para Isaltino Nascimento (PT), ligado ao senador eleito Humberto Costa, que também emplacou o novo secretário de Governo, o deputado Maurício Rands.

Geraldo Júlio, um dos melhores técnicos do Estado, troca Planejamento pela poderosa secretaria de Desenvolvimento Econômico (do futuro ministro Fernando Bezerra Coelho). No seu lugar fica o igualmente competente Alexandre Rebelo (secretário-executivo da pasta até então).

Dá para notar que Eduardo colocou o seu círculo mais íntimo para comandar a parte executiva do governo. Os partidos aliados ficaram com muito pouca coisa.


Eis a lista:

Agência Reguladora (Arpe) – Roldão Joaquim
Agricultura e Reforma Agrária – Ranilson Ramos
Articulação – Sileno Guedes
Casa Civil – Tadeu Alencar
Casa Militar – Mário Cavalcanti
Cidades- Danilo Cabral
Chefia de Gabinete – Renato Thiebaut
Ciência e Tecnologia – Marcelino Granja
Controladoria Geral – Djalmo Leão
Copa 2014 - Ricardo Leitão
Cultura – Fernando Duarte
Defesa Social – Wilson Damasio
Desenvolvimento Econômico – Geraldo Julio
Direitos Humanos – Laura Gomes
Educação – Anderson Gomes
Esportes – Ana Cavalcanti
Fazenda- Paulo Câmara
Governo – Maurício Rands
Imprensa- Evaldo Costa
Juventude – Raquel Lyra
Liderança na Assembleia Legislativa – Waldemar Borges
Mulher – Cristina Buarque
Planejamento – Alexandre Rêbelo
Procuradoria Geral do Estado – Tiago Norões
Recursos Hídricos – João Bosco
Saúde – Antônio Figueira
Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo – Antônio Carlos Maranhão
Transporte – Isaltino Nascimento
Turismo – Alberto Feitosa

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Eduardo Campos anuncia secretariado do próximo governo

Equipe será anunciada nesta segunda-feira, Maurício Rands assume Secretaria de Governo


Reprodução TV Globo

Foto: Reprodução TV Globo

O governador Eduardo Campos anunciou, nesta segunda-feira (27), os nomes da equipe de secretários para o próximo mandato. Além de confirmar os novos secretários, o governador criou novas pastas entre elas a Secretaria Extraordinária da Copa de 2014, que será comandada por Ricardo Leitão, que deixa a Casa Civil. Uma outra pasta foi a de Governo que terá como secretário o deputado federal Maurício Rands.

Durante a solenidade, Eduardo Campos agradeceu aos antigos secretários e afirma que os novos integrantes vão trabalhar para manter a boa aceitação do governo. “Vamos aprofundando as mudanças que iniciamos nos últimos quatro anos. Quero agradecer todos que ajudaram nos quatro anos não só os secretários, mas toda equipe que ajudou a construir uma gestão tão bem aprovada e avaliada pelo povo nas últimas eleições.”

As mudanças foram amplas e apenas seis pastas não sofreram mudanças. Permanecem onde estão os secretários Wilson Damázio, de Defesa Social; coronel Mário Cavalcanti, da Casa Militar; Ranílson Ramos, de Agricultura; Evaldo Costa, de Imprensa; João Bosco de Elmeida, de Recursos Hídricos e Cristina Buarque, da Secretaria da Mulher.

Confira como será a nova formação do secretariado do Governo de Pernambuco.


ADMINISTRAÇÃO
Sai: José Francisco Neto
Entra: Ricardo Dantas

AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA
Permanece: Ranílson Ramos

ARTICULAÇÃO SOCIAL E REGIONAL
Sai: Marcelo Canuto
Entra: Sileno Guedes

ARPE
Sai: Ivan Rodrigues
Entra: Roldão Joaquim

CASA CIVIL E ASSESSORIA ESPECIAL
Sai: Ricardo Leitão
Entra: Tadeu Alencar

CASA MILITAR
Permanece: Mário Cavalcanti

CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Sai: Anderson Gomes
Entra: Marcelino Granja

CHEFIA DE GABINETE DO GOVERNADOR
Permamnece: Renato Thiebaut

CIDADES
Sai: Dílson Peixoto
Entra: Danilo Cabral

CONTROLADORIA GERAL DO ESTADO
Sai: Ricardo Dantas
Entra: Djalmo Leão

CULTURA
Sai: Ariano Suassuna
Entra: Fernando Duarte

DEFESA SOCIAL
Permanece: Wilson Damázio

DESENVOLVIMENTO ECONÕMICO
Sai: Fernando Bezerra Coelho
Entra: Geraldo Júlio

DESENVOLVIMENTO SOCIAL E DIREITOS HUMANOS
Sai: Roldão Joaquim
Entra: Laura Gomes

EDUCAÇÃO
Sai: Nilton Mota
Entra: Anderson Gomes

ESPORTES
Sai: George Braga
Entra: Ana Cavalcanti

FAZENDA
Sai: Djalmo de Oliveira Leão
Entra: Paulo Câmara

GOVERNO
Assume: Maurício Rands

IMPRENSA
Permanece: Evaldo Costa

JUVENTUDE
Sai: Pedro Mendes
Entra: Raquel Lyra

MULHER
Permanece: Cristina Buarque

PLANEJAMENTO E GESTÃO
Sai: Geraldo Júlio
Entra: Alexandre Rebelo

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
Sai: Tadeu Alencar
Entra: Tiago Norões

RECURSOS HÍDRICOS
Permanece: João Bosco de Almeida

SAÚDE
Sai: Frederico Amâncio
Entra: Antônio Carlos Figueira

SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DA COPA 2014
Assume: Ricardo Leitão

TRANSPORTES

Sai: Eugênio Morais
Entra: Isaltino Nascimento

TRABALHO, QUALIFICAÇÃO E EMPREGO
Assume: Antônio Carlos Maranhão

TURISMO
Sai: Paulo Câmara
Entra: Alberto Feitosa

LIDERANÇA DO GOVERNO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Assume: deputado Waldemar Borges

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O olimpo da ousadia

A versão 2011 do calendário Pirelli retrata a mitologia grega pelas lentes de Karl Lagerfeld, o poderoso designer da Chanel

Patrícia Diguê

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DEUSES
A top brasileira Isabeli Fontana (atrás) , de bacante

O temido Apolo, deus grego da beleza, perfeição e harmonia, a majestosa Hera, deusa da família e do ciúmes, entre outras divindades da mitologia greco-romana, inspiraram o artista Karl Lagerfeld a criar a 38ª edição do mais desejado e icônico calendário do mundo, da fábrica italiana de pneus Pirelli. Em ensaio em seu estúdio em Paris, o fotógrafo reuniu uma constelação de modelos como as tops Lara Stone, Daria Werbowy e Freja Beha Erichsen e a atriz Julianne Moore para trazer de volta à vida divindades, heróis e mitos da Antiguidade.

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A atriz Julianne Moore, de Hera

A grande novidade na edição de 2011, porém, é a presença dos homens no calendário, que, desta vez, também aparecem como protagonistas, em quatro das 36 páginas. Normalmente, os representantes masculinos fazem apenas figurações com as beldades. Encarnam os deuses de formas perfeitas o modelo francês de corpo escultural Baptiste Giabiconi, interpretando Apolo e Narciso, além do também francês Sebastian Jandeau, os americanos Brad Kroenig e Garrett Neff e o inglês Jake Davis. Ao todo, são 21 modelos representando 24 temas mitológicos.

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Magdalena Frackowiak, de Héstia

O ensaio, intitulado “Mitologia”, foi todo feito em preto e branco, de forma que os corpos parecem verdadeiras esculturas. Segundo Lagerfeld, a opção em abandonar a cor e trabalhar com os contrastes serviu para imprimir personalidade às imagens e também para realçar a beleza das curvas. As joias e acessórios que aparecem nas fotos foram criados exclusivamente para a sessão pelo próprioartista, que já deixou sua marca como estilista para grifes como Chloé e Fendi. Hoje, ele é o designer da Chanel. São pulseiras, armas, escudos e folhas de ouro. “Eu não queria que parecessem fantasias de Carnaval ou disfarces de teatro, então resolvi desenhar”, explica o artista. Foi nos anos 1990 que Lagerfeld começou a se interessar por fotografia, passando a registrar pessoalmente as campanhas publicitárias das marcas para as quais atua. Para o trabalho da Pirelli, ele conta que escolheu amigos. “Fiz uma lista de corpos que podia mostrar, que estariam à vontade comigo”, declarou. Entre os eleitos, está a top curitibana Isabeli Fontana, que aparece com os seios à mostra ao lado do deus Baco, amante do vinho e dos excessos sexuais. Em 2009, a modelo já havia estampado o famoso calendário, em ensaio em Botsuana, na África.

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Iris Strubegger, de Atena

Lagerfeld explica que o objetivo do trabalho foi representar o culto ao corpo e o desejo sem castigo. Conceitos que, segundo ele, simbolizam a beleza hoje e coincidem com aquela representada na Antiguidade. Apaixonado por aquela época e pelo tema, o artista diz que a mitologia é uma espécie de religião em sua vida. “Acredito em um deus para cada ocasião, sem inferno e sem pecado”, diz o estilista. Sua admiração pelo mundo clássico também se deve à forma como as mulheres eram retratadas. “Elas eram liberadas, tinham direito a tudo, eram feministas”, completa. Símbolo da beleza de cada época (leia quadro), o calendário só começa a circular no Brasil em janeiro. A obra não é vendida, mas distribuída pela empresa para alguns poucos felizardos ao redor do mundo.

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IMAGEM
Lagerfeld na hora do clique e a modelo canadense
Daria Werbowy, de Artemis

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