DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DIMINUI DESMATAMENTO E AUMENTA SECA ...


Secas contínuas podem transformar Amazônia em savana

Menino brinca em parte do leito do Rio Negro que ficou sem água, perto de Manaus - Foto: /AFP

O Globo

A persistência de secas severas na Amazônia - como a de 2005 e a de 2010, que estão entre as maiores da história - pode transformar parte do bioma em savana. Dependendo do aumento de temperaturas e da quantidade de chuvas, isso poderá ocorrer no sudeste da região, que abrange áreas do Pará, de Mato Grosso e do Tocantins.

A conclusão está no estudo "As alterações climáticas e os limiares de mudanças no bioma Amazônia", coordenada pelo brasileiro Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e por Luis Fernando Salazar, da Universidade Industrial de Santander, na Colômbia. A pesquisa foi publicada no periódico Geophysical Research Letters.

Os pesquisadores analisaram situações climáticas que forçariam uma mudança na vegetação amazônica, considerando níveis distintos de aquecimento global, de chuvas e de fertilização de gás carbônico na floresta.

Os resultados indicaram que a diminuição de pelo menos 30% na quantidade de chuvas poderia mudar a floresta tropical para savana no sudeste da Amazônia Legal.

De acordo com a pesquisa, a porção oriental da Amazônia também poderia ser substituída por savana ou florestas sazonais considerando um aumento de temperatura de 2 a 3 graus, mas sem considerar o efeito da fertilização de gás carbônico, necessário para a fotossíntese das plantas.

Se esse efeito for levado em conta, as mudanças no bioma são menores, segundo a pesquisa. Para a Amazônia oriental, por exemplo, seria necessário um aumento de temperatura entre 4 e 5 graus para mudar o cenário, considerando parcialmente a fertilização do gás no bioma.

Secas contínuas podem transformar Amazônia em savana, diz pesquisa

Os rios Negro e Solimões começaram a estabilizar o processo de subida das águas após registrarem a maior seca da história no Amazonas.

As calhas dos rios em Tabatinga, Careiro da Várzea, Parintins, Itaupeua, Coari e Manaus, municípios onde o rio atingiu as menores marcas, já estão com níveis acima da menor cota registrada.

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