DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Para Lula, concorrer a novo mandato seria uma "temeridade"


O presidente Lula disse que seria uma “temeridade” tentar voltar ao governo após concluir seus dois mandatos com popularidade recorde e que sua sucessora, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), tem “todo o direito” de ser candidata à reeleição em 2014.

“Quem sai do governo como vou sair tem a responsabilidade de pensar. Com o reconhecimento e a aprovação do governo, voltar é uma temeridade, porque a expectativa gerada é infinitamente maior. Se tem uma coisa que vocês precisam ter consciência é que eu entendo um pouco de política, de sentimento da sociedade. Se tem uma coisa que sei é conversar com o povo, tudo o que peço a Deus é que Dilma faça as coisas que ela sabe fazer. Não precisa inventar”, declarou o presidente.

Acompanhado de Dilma, Lula disse que o Congresso é tratado muitas vezes de forma preconceituosa e reflete a “cara da sociedade” brasileira. O presidente afirmou que sua sucessora terá de dialogar com todos os parlamentares eleitos, mesmo aqueles que ela gostaria que não tivessem sido eleitos.

“Quando chega aqui, cada um vale um voto. Um presidente da República se relaciona com as forças eleitas, e não com as que ele gostaria q fossem eleitas. Dilma vai ter de relacionar com as forças que estão aí, não pode criar novo partido e novos senadores. Ela vai ter de conversar com companheiro do PCdoB e com o Tiririca, com o PT e com a oposição. Essa é a lógica do jogo”, declarou o presidente. “O Congresso é a cara da sociedade. É a média da cara de vocês [jornalistas]. É a síntese da sociedade brasileira, tem gente de todo espectro social, de todas as cores, origens e estados”, acrescentou.

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