DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma é 100% no Nordeste, Serra no Sul

Com a apuração próxima dos 100% das urnas em todo o país, o quadro da vitória de Dilma (PT) à sucessão de Lula se concentrou na região Nordeste, Norte e Sudeste.

Dilma venceu em todos os estados do Nordeste. No Norte, ficou na frente no Amapá, Amazonas, Pará e Tocantins.

Ela também venceu no segundo e terceiro maior colégio eleitoral: Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na região Centro-Oeste, Dilma ganhou no Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

Em contrapartida, Serra se consagrou vitorioso na região Sul, onde venceu em todos os estados.

Na região Norte, ele ganhou no Acre, Roraima e Rondônia. No Centro-Oeste em Mato Grosso do Sul e Goiás.

Serra também vence em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, e no exterior.

Os votos do Espirito Santo não foram divulgados, até o momento.

Confira abaixo a divisão dos votos por estado:

Acre

Urnas apuradas 57,%

Serra 68,7%
Dilma 31,2%

Alagoas

Urnas apuradas 75,4%

Dilma 56%
Serra 43,9%

Amapá

Urnas apuradas 98,1%

Dilma 62,4%
Serra 37,5%

Amazonas

Urnas apuradas 86,7%

Dilma 80,1%
Serra 19,8%

Bahia

Urnas apuradas 77,8%

Dilma 70,3%
Serra 29,6%

Ceará

Urnas apuradas 87,7%

Dilma 76,9%
Serra 23%

Distrito Federal

Urnas apuradas 100%

Dilma 52,8%
Serra 47,1%

Espírito Santo

Urnas apuradas 99,9%

Resultado não divulgado

Goiás

Urnas apuradas 100%

Dilma 49,2%
Serra 50,7%

Maranhão

Urnas apuradas 92,6%

Dilma 78,6%
Serra 21,3%

Mato Grosso

Urnas apuradas 96%

Dilma 51,1%
Serra 48,8%

Mato Grosso do Sul

Urnas apuradas 100%

Dilma 44,8%
Serra 55,1%

Minas Gerais

Urnas apuradas 99,8%

Dilma 58,4%
Serra 41,5%

Pará

Urnas apuradas 93,4%

Dilma 52,6%
Serra 47,3%

Paraíba

Urnas apuradas 98,9%

Dilma 61,5%
Serra 38,5%

Paraná

Urnas apuradas 100%

Dilma 44,5%
Serra 55,4%

Pernambuco

Urnas apuradas 99,5%

Dilma 75,6%
Serra 24,4%

Piauí

Urnas apuradas 92%

Dilma 69,7%
Serra 30,2%

Rio de Janeiro

Urnas apuradas 99,9%

Dilma 60,4%
Serra 39,5%

Rio Grande do Norte

Urnas apuradas 99%

Dilma 59,5%
Serra 40,4%

Rio Grande do Sul

Urnas apuradas 99,9%

Dilma 49%
Serra 50,9%

Rondônia

Urnas apuradas 97,6%

Dilma 47,4%
Serra 52,5%

Roraima

Urnas apuradas 95,5%

Dilma 33,1%
Serra 66,8%

Santa Catarina

Urnas apuradas 99,9%

Dilma 43,3%
Serra 56,6%

São Paulo

Urnas apuradas 99,2%

Dilma 45,8%
Serra 54,1%

Sergipe

Urnas apuradas 99,9%

Dilma 53,5%
Serra 46,4%

Tocantins

Urnas apuradas 99,7%

Dilma 58,8%
Serra 41,1%

Exterior

Dilma 43,7%
Serra 56,2%

Eleita, Dilma deve indicar Palocci como ministro, diz especialista

Mesmo antes do início da campanha eleitoral, quando a petista Dilma Rousseff ainda aparecia atrás de José Serra (PSDB) nas pesquisas de intenções de voto, o cientista político Alberto Almeida, que é presidente do Instituto Análise e autor do livro “A cabeça do brasileiro”, já acreditava em uma vitória dela, baseado na aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva e na transferência de votos que se daria a partir disso.

Agora, com a eleição da petista neste domingo, Almeida faz outra previsão, desta vez sobre como Dilma deve montar o seu governo. Para ele, o ex-ministro Antônio Palocci deve ser o escolhido da primeira mulher eleita presidente do Brasil para ocupar o posto de ministro-chefe da Casa-Civil.

De acordo com o cientista político, Palocci é o principal “elo” entre Dilma e Lula e reconhecido como responsável pelo sucesso da primeira gestão do presidente. Almeida não acredita que o caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa possa interferir na nomeação do ex-ministro da Fazenda. Em agosto de 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que não existiam provas contra Palocci e absolveu o ex-ministro da acusação de ser o mandante da quebra de sigilo.

“Isso é uma coisa que passou, Palocci se manteve um grande período no limbo por causa disso e está conseguindo se recuperar, pelo que parece, o período de penitência dele está chegando ao fim”, argumenta. Ele ressalta que, com a nomeação de Palocci para a Casa Civil, Guido Mantega deve ser mantido no Ministério da Fazenda. Almeida cita Luciano Coutinho, atual presidente do BNDES, e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), como prováveis membros do primeiro escalão de Dilma.

“Paulo Hartung [pode ser um dos ministros] porque ele é do PMDB, mas agradaria também o PSB porque ele apoiou o candidato da sigla para governador”, comenta Almeida. Ele ainda aponta o ex-deputado Moreira Franco (PMDB) como um dos possíveis membros do ministério do próximo governo.

Na opinião do especialista, não se deve esperar do governo Dilma uma gestão “catastrófica” do ponto de vista econômico. “O governo Dilma não tende a ser uma catástrofe como muitos acham. O que existe ali é um grupo governante dentro do qual a Dilma é apenas uma representante e o cujo principal líder é o Lula e vai continuar sendo. Este grupo não tem nenhum incentivo para fazer, do ponto de vista econômico, coisas erradas. Eles vão manter, no meu entender, o mesmo caminho econômico no qual o país se encontra hoje”, cita Almeida.

É A PRIMEIRA PRESIDENTE MULHER DO BRASIL

PARCIAL NO BRASIL

Eleição presidencial

97,87% das seções apuradas

Fonte: TSE - Tribunal Superior Eleitoral


Dilma - 13

PT - Para O Brasil Seguir Mudando

54.627.551 votos
55,88% % validos

José Serra - 45

PSDB - O Brasil Pode Mais

43.130.416 votos
44,12% % validos

FATOS

CANDIDATURA

Ex-ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, Dilma foi alçada já em 2008 à condição de candidata pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que começou então a dar as primeiras indicações de que gostaria de ver uma mulher ocupando o posto mais importante da República.

Em 31 de março deste ano, Dilma deixou a Casa Civil para entrar na pré-campanha.

Cresceu nas pesquisas e chegou a ter mais de 50% dos votos válidos em todas elas, mas começou a oscilar negativamente dias antes do primeiro turno, após a revelação dos escândalos de corrupção na Casa Civil e da entrada do tema do aborto na campanha.

Logo no primeiro debate do segundo turno, reagiu aos ataques que vinha sofrendo e contra-atacou Serra. A partir daquele momento, a diferença entre os dois candidatos nas pesquisas parou de cair.

Dilma se torna neste domingo o 40º presidente da República brasileira.


Sérgio Moraes/Reuters

NOME FORTE

Dilma tornou-se um nome forte para disputar o cargo ao assumir o posto de ministra-chefe da Casa Civil, em junho de 2005, após a queda de José Dirceu no escândalo do mensalão.

No comando da Casa Civil, Dilma travou uma intensa disputa com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, por causa da política econômica do governo. Enquanto ele defendia aperto fiscal, ela pregava aceleração nos gastos e queda nos juros.

Dilma acabou assistindo à queda de Palocci, em março de 2006, devido à quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Com a reeleição de Lula e sem grandes rivais à altura no PT, Dilma tornou-se, depois do presidente, o grande nome do governo.

Apesar do poder acumulado e do protagonismo que passou a exercer ao lado de Lula, até outubro de 2007 Dilma negava que seria candidata.

MINAS E ENERGIA

Sua atuação à frente do Ministério de Minas e Energia rendera-lhe a simpatia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enxergou na subordinada, de perfil discreto e trabalhador, a substituta ideal para o posto de Dirceu.

Ela foi indicada para o ministério logo após Lula se tornar presidente, em 2002. No comando da pasta, anunciou novas regras para o setor elétrico além de lançar o programa Luz para Todos --uma das bandeiras de sua candidatura.

O novo marco regulatório para o setor elétrico --lançado em 2004-- foi considerado a primeira iniciativa do governo Lula, na área de infra-estrutura, de romper com os padrões do governo FHC, marcado pelo "apagão" de 2001.

A principal característica do novo marco foi o aumento do poder do Estado em detrimento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

ORIGEM

O pai de Dilma, Pedro Rousseff, veio para a América Latina na década de 30 do século passado. Viúvo, deixara um filho, Luben, na Bulgária. Passou por Salvador, Buenos Aires e acabou se instalando em São Paulo. Fez negócios na construção civil e com empreitadas para grandes empresas, como a Mannesmann.

Já estava havia cerca de dez anos no Brasil quando, numa viagem a Uberaba, conheceu a professora primária Dilma Jane Silva, nascida em Friburgo (RJ), mas radicada em solo mineiro. Casaram-se e tiveram três filhos. Igor nasceu em janeiro de 1947, Dilma, em dezembro do mesmo ano, e Zana, em 1951. A família escolheu Belo Horizonte para morar.

Levavam uma vida confortável. Passavam férias no Espírito Santo ou no Rio. Às vezes, viajavam de avião. Não era uma clássica família tradicional mineira. Os filhos não precisavam ter uma religião. Escolhiam uma fé se assim desejassem. O pai frequentava cassinos, gostava de fumar e beber socialmente.

Quando morreu, em 1962, Pedro deixou a família numa situação tranquila. Cerca de 15 bons imóveis garantem renda para a viúva Dilma Jane até hoje. Um dos apartamentos fica no centro de Belo Horizonte.

EM FEIRA NOVA

DILMA 8.179 VOTOS
SERRA 2.944 VOTOS

Em 2006 Lula teve 8 mil votos em Feira Nova.

Dilma é mais votada em Minas, Rio, DF e mais 13 Estados

Com 94,65% dos votos apurados, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) foi a mais votada em 15 Estados e no Distrito Federal.

A petista, que está com 55,65% dos votos válidos, ganhou em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Tocantins, Maranhão, Pará e Amapá.

Já José Serra, com 44,35% dos votos válidos, venceu em São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Acre e Roraima.

Às 20h14, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, anunciou que Dilma está matematicamente eleita presidente do Brasil.

PSDB garante mais três governadores neste segundo turno

Apesar da derrota de Serra, o PSDB garantiu a eleição de mais três governadores neste segundo turno: Simão Jatene (PA), Marconi Perillo (GO) e Teotônio Vilela Filho (AL).

No primeiro turno, o partido elegeu os governadores de três importantes estados: São Paulo (Geraldo Alckmin), Minas Gerais (Antonio Anastasia) e Paraná (Beto Richa).
Essa tropa deve comandar a oposição ao governo Dilma através de seus respectivos deputados e senadores. Mas, para sorte da futura presidente, esses três governadores são políticos moderados e com a mesma origem política dela: o velho MDB.

Deputado Mendonça Filho afirma que quem deu a vitória a Dilma ''foi o bolso''

O deputado federal eleito, Mendonça Filho (DEM), fez uma análise correta e objetiva sobre as causas da vitória de Dilma contra José Serra neste segundo turno da eleição presidencial: ''foi o bolso''.

Segundo ele, há uma enorme satisfação do povo brasileiro, especialmente do que ganham entre um e três salários mínimos, com os programas sociais do governo Lula, o aumento do emprego e do salário mínimo, etc. E isso decidiu a eleição.
Mendonça Filho perdeu a disputa para o governo estadual em 2006, para Eduardo Campos, e agora em 2010 elegeu-se deputado federal (o mais votado da oposição no Recife).
Em 2010, a oposição indicou Jarbas Vasconcelos para concorrer com Eduardo Campos e o senador obteve menos da metade dos votos obtidos por Mendonça quatro anos atrás.

Armando Monteiro manda mensagem sobre a vitória de Dilma Rousseff

De Brasília, onde está com o governador Eduardo Campos e com o senador eleito Humberto Costa acompanhando a apuração dos votos junto a Dilma Rousseff, o senador eleito Armando Monteiro enviou ao blog agora há pouco a declaração a seguir:
“A vitória da presidenta Dilma Rousseff é uma demonstração clara de que os brasileiros e as brasileiras apostaram na continuidade de um projeto que todos reconhecem como exitoso. É uma manifestação de confiança nesse rumo que o Brasil traçou há alguns anos. É evidente que a cada tempo o seu desafio e, portanto, nós teremos novos desafios para enfrentar. Mas confiamos que, mantido esse rumo e com a colaboração de todos os brasileiros, o país poderá continuar avançando, agora sob a liderança da primeira mulher presidente da República”.

FOGO CRUZADO

O PSB garante a eleição de mais três governadores e agora fica com seis


1- Confirmaram-se as previsões do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos: o partido elegeu os três candidatos que disputaram o segundo turno neste domingo.

2- Camilo Capiberibe derrotou Lucas Barreto (PTB) no Amapá, Wilson Martins derrotou Sílvio Mendes no Piauí e Ricardo Coutinho derrotou José Maranhão (PMDB) na Paraíba.
3- No primeiro turno, o PSB já tinha elegido o próprio Eduardo, Cid Gomes no Ceará e Renato Casagrande no Espírito Santo.
4- De posse de seis governadores, o PSB está devidamente cacifado para aspirar a pelo menos dois ministérios no futuro governo Dilma.
5- O governador Eduardo Campos está em Brasília e já telefonou para os três candidatos a fim de dar-lhes nos parabéns.
6- O PSB também ampliou a sua representação no Congresso Nacional. Aumentou sua bancada federal de 27 para 34 deputados federais e a bancada no Senado de dois para três representantes.
7- Foram eleitos para o Senado Antonio Carlos Valadares (SE), Lídice da Mata (BA), Rodrigo Rollemberg (DF).
8- O presidente do partido vai tirar 15 dias de férias para descansar (vai à Europa com a primeira dama, Renata Campos) e assim que voltar da viagem vai reunir-se, em Brasília, com os novos deputados federais e senadores, para traçar os rumos do partido com vistas aos próximos quatro anos.
9- O governador de Pernambuco deve voltar ao Recife na madrugada desta segunda-feira e possivelmente dará uma coletiva de imprensa, em Palácio, em horário ainda a ser confirmado.
É isso aí.

LIMOEIRO

LIMOEIRO
75,36% Dilma(PT)
24,64% Serra (PSDB)

GLÓRIA DO GOITÁ

GLÓRIA DO GOITÁ

69,34% Dilma(PT)
30,66% Serra (PSDB)


PASSIRA

PASSIRA

77,34% Dilma(PT)
22,66% Serra (PSDB)


PARABÉNS

FEIRA NOVA

FEIRA NOVA

73,53% Dilma(PT)
26,47% Serra (PSDB)


FRASE DO DIA

"Vou governar com a minha coligação, mas para todos... Vou me relacionar com governadores e prefeitos, mesmo de outros partidos, de forma republicana. ”

Dilma Rousseff, ontem, em Belo Horizonte

PARAÍBA

Trajetória de Ricardo Coutinho, eleito governador da PB

Eleito governador da Paraíba para o mandato de 2011-2015, Ricardo Coutinho (PSB) nasceu em novembro de 1960.

Coutinho é formado em Farmácia e começou a carreira política presidindo o Centro Acadêmico de Farmácia.

Também atuou na presidência do Sindicato da categoria.

Em 1992, é eleito vereador por João Pessoa. Fato que se repete em 1996.

Dois anos depois, disputa e vence uma vaga para deputado estadual. Na Assembléia Legislativa, foi o presidente da Comissão de Saúde em dois mandatos. Em 2002 é reeleito e no ano seguinte deixa o PT e ingressa no atual partido PSB.

Em 2004 disputa uma vaga para prefeitura da capital e ganha no primeiro turno. Reeleito em 2008, deixou o cargo em março deste ano para disputar o governo.

De acordo com a declaração feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Coutinho possui R$ 866 mil em bens.

DILMA PRIMEIRA MULHER PRESIDENTE DO BRASIL

PARABÉNS DILMA, MAIS DE 50 MILHÕES DE VOTOS...

DILMA MAIS DE 8.179 VOTOS EM FEIRA NOVA

Maior votação da história de Feira Nova...

FM FEIRA NOVA AO VIVO - COM VALTER CRUZ, BETO LIMA E JÚLIO CÉSAR

Petista Agnelo Queiroz é eleito governador do Distrito Federal

Depois de uma eleição tumultuada, até com troca de candidato, Agnelo Queiroz (PT), foi eleito o novo governador do Distrito Federal. O petista, candidato da coligação “Novo Caminho”, disputou o segundo turno com Weslian Roriz (PSC), mulher de Joaquim Roriz, seu principal adversário na primeira etapa da eleição. Seu vice é o deputado Tadeu Filippelli, do PMDB, ex-integrante do governo de Roriz.

Durante todo o segundo turno, Agnelo ficou à frente nas pesquisas, contando com o apoio do presidente Lula, da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e dos partidos PMDB, PDT, PSB, PC do B, PRP, PPS, PHS, PTC, PRB e PTB, integrantes de sua coligação, além do PV, que no segundo turno anunciou apoio ao petista.

Dados do governador eleito

Nome Agnelo Santos Queiroz Filho
Data de nascimento 09/11/1958
Escolaridade Superior Completo
Ocupação Médico
Patrimônio R$ 1.150.322,00

Filiado ao PT desde 2008, esta foi a primeira vez que Agnelo disputou o governo do Distrito Federal. Antes, pelo PCdoB, foi deputado distrital por três mandatos (1990-1994,1994-1998, 1998-2000) e ministro do Esporte do governo Lula, em 2003, cargo do qual se desincompatibilizou em 2006, para disputar uma vaga no Senado. Acabou não eleito. Em 2007, foi diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A campanha

A campanha local no segundo turno foi marcada por um duelo de promessas que mais pareciam “pacotes de bondade”, mais de 20 ações nos tribunais eleitorais, segundo o TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal)- e a falta de debate político entre os dois candidatos.

Com a ausência da adversária na maioria dos debates promovidos no segundo turno, Agnelo teve mais tempo para apresentar suas propostas ao eleitorado no segundo turno.

Weslian entrou na disputa do DF depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) chegou a um empate no recurso encaminhado pela defesa de Joaquim Roriz, questionando o indeferimento de sua candidatura, barrada com base na Lei da Ficha Limpa pelo TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal) e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com o impasse no STF, Roriz renunciou e lançou, em seu lugar, pouco mais de uma semana antes da votação do primeiro turno, a candidatura da mulher, que nunca havia disputado um cargo público.

Principais propostas

Construir Unidades de Pronto Atendimento, implantar o Saúde da Família em todo o DF e recuperar os públicos
Integrar o sistema de transporte público da cidade, implantar um sistema de bilhete único ágil e barato, completar a linha do metrô que chega a Ceilândia e estender o metrô até o fim da Asa Norte
Universalizar creches para as crianças de 0 a 3 anos e a educação para crianças de 4 e 5 anos; educação integral nas escolas públicas; criar a Universidade Distrital e ampliar escolas técnicas
Criar as rondas ostensivas e aumentar o patrulhamento das ruas do DF
Regularizar os condomínios residenciais e construir ao menos 100 mil unidades habitacionais

A campanha da candidata do PSC lançou propostas curiosas, como a promessa de anistiar as multas aplicadas até o dia 30 de setembro, e gerou polêmica na TV ao exibir um trecho de um vídeo do padre José Augusto, exibido na Canção Nova, pedindo aos fiéis para não votarem no PT e afirmando que o partido era favorável ao aborto.

Tanto a promessa quanto a declaração foram levadas à Justiça pela coligação de Agnelo, que chegou a pedir a cassação de Weslian, alegando que a promessa de anistiar multas era o equivalente a compra de votos. Outras dezenas de representações, de ambos os lados, foram encaminhadas ao TRE-DF.

Com relação aos aliados políticos, Agnelo conquistou o apoio do PV do DF, enquanto Weslian fez aliança com oito partidos, entre eles o DEM, do governador cassado José Roberto Arruda, e o PSDB.


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Quem subirá a rampa do Planalto em 2011?


Chega ao fim o duelo entre Dilma e Serra. Neste domingo, os brasileiros indicam o sucessor de Lula. A candidata petista é a favorita. Resultado deve sair à noite

Dilma Rousseff e José Serra

(Nacho Doce/Reuters)

Os brasileiros devem descobrir ainda neste domingo quem vai presidir o país a partir de 1º de janeiro de 2011. Depois de uma campanha de segundo turno que esquentou o duelo político mas não chegou a empolgar a população, os candidatos do governo, Dilma Rousseff (PT), e da oposição, José Serra (PSDB), descobrem seu futuro na votação que se estende das 8 horas às 17 horas. A Justiça Eleitoral prevê que o resultado será conhecido à noite - e, de acordo com as pesquisas de intenção de voto, o mais provável é que Dilma, mineira, 62 anos, se transforme na primeira presidente eleita da história do país (e logo em sua primeira disputa eleitoral).

O perfil e a trajetória da petista, aliás, são bastante diferentes na comparação com a figura do tucano. Pouco conhecida da população até o momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu lançá-la para sucedê-lo, Dilma tem uma carreira política curta - e, curiosamente, originada não no PT, mas sim no PDT. Foi secretária de governo estadual e ministra das Minas e Energia e da Casa Civil. Já Serra, paulista, 68 anos, foi secretário, deputado, senador, ministro da Saúde e ministro do Planejamento, além de prefeito e governador. Disputa sua segunda eleição presidencial - na primeira, em 2002, perdeu para Lula no segundo turno.

Conforme os dados da sondagem divulgada na noite de sábado pelo instituto Datafolha, Dilma tem dez pontos porcentuais de vantagem sobre Serra, uma diferença que supera com clareza a margem de erro. Levantamentos feitos para consumo interno pelos dois partidos, porém, sinalizam um resultado mais apertado, com os dois candidatos muito mais próximos na preferência do eleitorado. Os governistas evitam cantar vitória antes da hora e os oposicionistas falam na chance de um resultado surpreendente - posições justificadas pelos erros dos institutos no primeiro turno, quando a vitória de Dilma já na primeira rodada era prevista por todos.

Desde a votação de 3 de outubro, pouco mudou no cenário eleitoral brasileiro. A terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PV), não apoiou nenhum candidato - e, assim, deixou em aberto a disputa pelo significativo montante de votos de sua chapa na rodada inicial da eleição. Temas controversos, como a legislação sobre aborto e a posição dos partidos em relação às empresas estatais, dominaram a troca de críticas entre Dilma e Serra. Os rumos da campanha, no entanto, se mantiveram praticamente inalterados - e sem uma discussão de propostas sobre os temas mais urgentes para os brasileiros.

A eleição deste domingo marca o começo do fim do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mergulhou na campanha como se estivesse ele mesmo disputando uma nova reeleição. Não era para menos: esta foi a primeira campanha presidencial desde a redemocratização do país em que Lula não foi candidato. Acostumado a rodar o país e pular de palanque em palanque a cada quatro anos, Lula manteve o hábito, apesar das repetidas críticas da oposição sobre o papel do atual ocupante do cargo na definição de seu sucessor. Ele não se incomodou: seguiu deixando de lado a liturgia do cargo para tentar colocar Dilma em seu lugar.

Na série de eventos públicos marcados por Lula para ajudar Dilma, chama atenção a aparição do presidente no início das operações de um navio-plataforma do pré-sal - a nada menos que três dias da votação. A Petrobras e o pré-sal, aliás, se juntam ao aborto e às privatizações na lista dos temas que municiaram a briga política. Com o bate-boca direcionado pelos marqueteiros, faltou espaço, tempo e disposição dos candidatos para discutir e iluminar os temas que mais importam à população: saúde, educação, segurança, impostos, crescimento econômico. Que a partir desta segunda, com a sucessão já definida, esses assuntos sejam contemplados.

Tarefa inadiável


O presidente eleito hoje terá pela frente como uma de suas tarefas inevitáveis desarmar os espíritos, radicalizados nesta eleição como há muito não se via neste país, mais precisamente desde a eleição de 1989 que colocou frente à frente um Lula e um Collor no grau mais acentuado de suas radicalizações políticas.

No processo eleitoral que se encerra hoje, quem radicalizou a ação política foi o próprio presidente Lula, provocando um retrocesso que custará caro ao amadurecimento institucional do país se o próximo presidente não tiver noção do que aconteceu e não se dispuser a reverter essa tendência.

O país que vinha desde a redemocratização num processo de aperfeiçoamento de suas instituições viu a máquina do Estado, aparelhada politicamente como nunca antes, ser usada de maneira escancarada para viabilizar a eleição de uma candidata cujo surgimento no cenário político nacional deve-se única e exclusivamente à vontade de um homem, que se considera o próprio “pai da pátria”.

O país que vinha mantendo um processo continuado de equilíbrio das contas públicas viu o governo abandonar qualquer cautela, se não por pudor pelo menos por prudência, e se jogar num gasto público crescente e descontrolado, na mais pura demagogia.

Utilizando empresas públicas emblemáticas como a Petrobrás não apenas como símbolo de uma fantasiosa campanha contra as privatizações como também como máquina política, a ponto de antecipar a exploração de um campo de petróleo do pré-sal, provocando a desvalorização do patrimônio de seus acionistas – o maior dos quais é a própria União.

Os avanços conquistados nos últimos anos no governo Lula, como a redução da pobreza e da desigualdade, com a distribuição de renda através de programas sociais, e a inclusão de uma vasta camada da população no mercado consumidor, ao mesmo tempo sinalizam as deficiências que ainda temos, como a baixa qualidade da educação e a falta de infra-estrutura, de que a melhor definição é a constatação de que quase 100% dos lares brasileiros têm acesso à energia e à televisão, mas apenas 50% têm rede de esgoto.

O aumento da demanda interna, se por um lado ajuda a manter o crescimento da economia, por outro força os limites desse mesmo processo, com o risco de gerar inflação.

Dois temas dessa campanha informam ao estrangeiro que chega ao país o atraso de nossa sociedade: as privatizações como ícone de um nacionalismo ultrapassado, que ainda vê o estado como o provedor da segurança individual sem se importar com a ineficiência de seus serviços, mesmo com uma das maiores cargas tributárias do mundo, e a descriminação do aborto, já aprovada em países tão ou mais religiosos que o Brasil, como Portugal e Itália.

Se as pesquisas de opinião, ao contrário do primeiro turno, estiverem certas, o mais provável é que a candidata oficial Dilma Rousseff seja eleita hoje, mas a distância que a separa de seu oponente José Serra, do PSDB, é pequena para padrões lulísticos de popularidade, o que demonstra que se não tivesse perdido as estribeiras institucionais o presidente Lula não conseguiria obter o que ele acredita ser – e a grande maioria dos eleitores de Dilma também - o seu terceiro mandato consecutivo por interposta pessoa.

Durante esta campanha ficou claro o contraste entre um país que exibe orgulho por certas instituições próprias de democracias avançadas, como a possibilidade de alternância no poder na mais absoluta normalidade, e a livre manifestação de opiniões, com sinais de atraso evidentes, com destaque para o fato de que, paradoxalmente, o presidente da República utilizou todos os meios a seu alcance, legais e ilegais, justamente para tentar impedir uma eventual alternância no poder.

E comandou uma campanha contra a liberdade de expressão que tem nas diversas iniciativas governamentais e partidárias a correspondência de sua retórica palanqueira.

Vencendo a candidata oficial Dilma Rousseff, veremos se a busca do equilíbrio da economia voltará a vigorar, ou se o novo governo será a continuação da política econômica posta em prática a partir do segundo mandato do presidente Lula, com um papel acentuado do governo na economia.

Mesmo recebendo um Congresso onde cerca de 70% dos eleitos fazem teoricamente parte dos partidos da base parlamentar do governo, um futuro governo Dilma dependerá principalmente do PMDB, cujo presidente é o seu companheiro de chapa Michel Temer.

Ele será o responsável, se não formal, certamente na prática, pela negociação com o Congresso. A disputa entre o PMDB e o PT por espaços de poder terá um problema adicional: Dilma não é Lula, falta a ela a capacidade de negociação de seu tutor, e sua maneira rude de comandar não parece ser o melhor caminho para se chegar a um acordo parlamentar.

Ao mesmo tempo a oposição saiu da eleição menor na sua representação parlamentar, mas mais unida e com trunfos importantes, como o domínio dos principais colégios eleitorais, São Paulo e Minas e o comando dos estados do sul como Paraná e Santa Catarina, este a ser governado pelo DEM.

FRASE DO DIA

"Vou governar com a minha coligação, mas para todos... Vou me relacionar com governadores e prefeitos, mesmo de outros partidos, de forma republicana.

Dilma Rousseff, ontem, em Belo Horizonte

CHARGE DO DIA

sábado, 30 de outubro de 2010

LULA É LULA MESMO...

CHARGE DO DIA

DEU NA VEJA

O grande imitador

Como se sabe, a forma mais sincera de elogio é a imitação. Uma pesquisa fotográfica mostra que, por esse prisma, Lula é um elogio itinerante ao ditador Fidel Castro, sucessor do ditador Fulgencio Batista em Cuba

Fidel Castro põe  um par de óculos escuros em 1999 e Lula também, dez anos depois. Fidel troca de lugar com fotógrafos em 2004. Lula repete a piada em 2009 - Fotomontagem: Robson Fernandjes/AE - Christophe Simon/AFP - Adalberto roque/AFP - Ed Ferreira/AE
Fidel Castro põe um par de óculos escuros em 1999 e Lula também, dez anos depois. Fidel troca de lugar com fotógrafos em 2004. Lula repete a piada em 2009 - Fotomontagem: Robson Fernandjes/AE - Christophe Simon/AFP - Adalberto roque/AFP - Ed Ferreira/AE (Fotomontagem)
Homem ou mulher, branquelo nórdico ou negro africano retinto, alto ou baixo, burro ou inteligente, gordo ou magro... O diretor de cinema Otto Preminger (1905-1986), americano nascido na Áustria, achava as classificações das pessoas listadas acima imperfeitas e incompletas. Para ele, no fundo, só existem pessoas de dois tipos: as que nasceram para estar diante das câmeras e as destinadas a ficar atrás delas. Lula e Fidel Castro são, sem dúvida, seres humanos do primeiro tipo na estrita divisão feita por Otto Preminger. O diretor de Laura, Anatomia de um Crime e O Cardeal prezava igualmente outra maneira de classificar os atores talentosos: há os que lapidam suas qualidades inatas por meio da imitação de outros melhores do que eles e os que escorregam pela vida e pela carreira impulsionados apenas pelos dons trazidos do berço. Lula e Fidel figuram também na primeira categoria de atores da tabela Preminger.
A imitação dos mestres é um método conhecido e aprovado para abrir um atalho na caminhada evolutiva em qualquer carreira. Cícero e Quintiliano, mestres romanos da oratória clássica, discordavam sobre muitos aspectos da retórica, mas estavam de acordo no aconselhamento a seus discípulos sobre a importância de começar pela imitação, deixando para desenvolver estilo próprio mais tarde, depois de firmada sua reputação. Deveria copiar-se principalmente o actio, ou seja, a entonação, o gestual, as expressões faciais, a linguagem corporal. Eles, muito mais do que as palavras, são, na visão dos mestres, os verdadeiros elementos da persuasão. Atores e políticos devem abusar deles para magnetizar as plateias.
Fotomontagem
Castro antes e Lula depois. Enfatizar a fala com um dos indicadores em riste é natural. Usar os dois requer um modelo, e um certo treino - Fotomontagem: Sipa Press - Mauricio lima/AFP - Adalberto Roque/AFP - Roberto Stuckert Filho/Ag. Globo
Castro antes e Lula depois. Enfatizar a fala com um dos indicadores em riste é natural. Usar os dois requer um modelo, e um certo treino - Fotomontagem: Sipa Press - Mauricio lima/AFP - Adalberto Roque/AFP - Roberto Stuckert Filho/Ag. Globo
A aula magna da Universidade Roma Três a ser ministrada no próximo dia 10 de novembro versará sobre os elementos do discurso político. Informa o programa que o destaque será o papel dos gestos na comunicação e na persuasão. O professor não será Fidel Castro. Mas poderia ser. A escola italiana se junta a dezenas de outras na Europa e nos Estados Unidos que buscam descobrir se certas posturas corporais, gestos e expressões faciais específicas são comprovadamente eficientes no convencimento das audiências. Será possível provar cientificamente que determinadas entonações de voz ou trejeitos são inerentes aos oradores que pretendem não apenas argumentar mas convencer seus ouvintes? Será que o apelo à emoção e o gestual dramático superam sempre outras formas de expressão oral mais racionais e contidas? Pode-se aprender a ser carismático em um palanque ou no palco apenas repetindo gestos de oradores comprovadamente carismáticos? Esses estudos estão apenas no começo, mas são fascinantes.
Talvez os estudiosos possam chegar um dia a uma gramática corporal e facial que permita mesmo aos mais desajeitados oradores tornar-se perfeitos senhores do palco? Se a pessoa já tiver nascido para, na classificação de Preminger, viver diante das câmeras, é bastante provável que a resposta seja sim. O melhor caminho, desde os romanos, é a imitação de um ídolo. Fidel Castro é um dos ídolos de Lula. Foram tantas as visitas do brasileiro a Cuba, antes e depois de se tornar presidente, que ele deve ter mais horas de assistência de discursos de Fidel (os curtos são de três horas e os longos podem passar de dez) do que de qualquer outro político brasileiro ou internacional. Consciente ou inconscientemente, Lula assimilou o estilo de Fidel Castro. O mestre é mais culto e mais carismático do que o pupilo brasileiro — mas Lula já ganha de Hugo Chávez, outro notório imitador do cubano.
Estas páginas foram ilustradas com gestos de Lula claramente copiados de Fidel Castro. Alguns deles não são privativos do mestre cubano e do aluno brasileiro. É o caso do gesto de apontar o indicador para um chefe de estado estrangeiro. Quando presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton não perdia uma chance de usar o truque. Fidel e Lula idem. Na maioria das vezes, estão simplesmente apontando a um visitante ilustre o lugar reservado a ele pelo cerimonial. Nas fotos, porém, o gesto dá a impressão de que quem aponta o dedo é o “mandatário alfa”, aquele que está no comando da situação, indicando caminhos a um colega desorientado ou sem muita convicção.
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O mandamento corporal de Fidel: diante de um mandatário estrangeiro, aponte-lhe o dedo. As fotos vão mostrá-lo no comando da situação. Castro em 1998 e Lula em 2007- Fotomontagem: Zoraida Diaz/Reuters - Sergio Moraes/Reuters
O mandamento corporal de Fidel: diante de um mandatário estrangeiro, aponte-lhe o dedo. As fotos vão mostrá-lo no comando da situação. Castro em 1998 e Lula em 2007- Fotomontagem: Zoraida Diaz/Reuters - Sergio Moraes/Reuters
Monoglota, Lula se beneficia bastante de um truque de Fidel Castro — o de falar sempre mais do que o interlocutor, de forma que nas fotos ele pareça estar ensinando ao colega alguma coisa. No caso de Lula, a mágica da “boca aberta, pois a foto não tem som”, é ainda mais eficiente. Com frequência Lula aparece nas fotos oficiais falando com a maior tranquilidade a interlocutores russos, alemães, árabes, israelenses, africanos, como se dominasse o idioma deles. Fidel Castro fez desse um jogo de cena clássico de seu arsenal, pois, mesmo dependendo vitalmente das doações anuais bilionárias dos soviéticos para sua ilha não soçobrar, aparecia nas fotos como se ensinasse alguma coisa aos velhinhos do Kremlin.
A fronteira entre a eficiência e o grotesco é tênue nas traquinagens de Fidel aprendidas por Lula. O patrono desse teatralismo de palanque é Adolf Hitler, que, por sua vez, aprendeu tudo com um comediante de Munique, Ferdl Weiss. Os cubanos chamam Castro de “El comediante en jefe”.
Fotomontagem
Adolf Hitler, líder nazista que chegou  a ter 90% de aprovação nas pesquisas, aprendeu a gesticular com um comediante de Munique. Heinrich Hoffmann, seu fotógrafo particular, fez uma sensacional sequência de fotos do chefe ensaiando e as publicou em livro em 1939. Charles Chaplin estudou essas fotos para compor sua paródia de Hitler no inesquecível filme O Grande Ditador, de 1940 - Fotomontagem: AKG/Latin Stock - AFP
Adolf Hitler, líder nazista que chegou a ter 90% de aprovação nas pesquisas, aprendeu a gesticular com um comediante de Munique. Heinrich Hoffmann, seu fotógrafo particular, fez uma sensacional sequência de fotos do chefe ensaiando e as publicou em livro em 1939. Charles Chaplin estudou essas fotos para compor sua paródia de Hitler no inesquecível filme O Grande Ditador, de 1940 - Fotomontagem: AKG/Latin Stock - AFP

O que a Petrobras não faz por Dilma...


Foto: / Gabriel de Paiva

Danielle Nogueira, O Globo

Na reta final para o segundo turno das eleições, o setor de petróleo brasileiro viveu uma intensa agenda de divulgações, com destaque para anúncios feitos por Petrobras e Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A semana começou com a divulgação dos projetos sociais e ambientais que receberam patrocínio da Petrobras e terminou nesta sexta-feira com o anúncio pela ANP da estimativa de volume recuperável de óleo de Libra, área localizada no pré-sal da Bacia de Santos.

Segundo a agência, o volume pode variar bastante: de 3,7 bilhões a 15 bilhões de barris de petróleo. Ou seja, 305%. No cenário mais otimista, Libra se tornaria o maior campo já descoberto no Brasil, com praticamente o dobro das reservas estimadas para Tupi (de até oito bilhões de barris), também situado no pré-sal da Bacia de Santos.

Os anúncios incluíram ainda a descoberta de uma nova fronteira exploratória, no litoral de Sergipe, onde a Petrobras encontrou petróleo em águas ultraprofundas, e a entrada em operação do navio-plataforma Cidade de Angra dos Reis, em Tupi, com o qual a produção no campo, hoje em teste, se tornará comercial.

Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a sujar as mãos de petróleo, repetindo o gesto do então presidente Getúlio Vargas no início dos anos 50, e afirmou que o século XXI será a vez do Brasil.

Na opinião de especialistas, a sucessão de eventos mostra claramente a "instrumentalização política" de Petrobras e ANP num contexto de corrida eleitoral.

Debate da Globo - propostas enfim aparecem



Finalmente, um debate de propostas. Em uma clara tentativa de evitar o clima de guerra que se instalou nos debates no segundo turno, os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se concentraram em responder aos temas propostos pelos eleitores indecisos, no último debate da eleição, exibido pela TV Globo.

Serra provocou sutilmente Dilma, ao falar de corrupção e de inflação. Mas, na maior parte do tempo, listaram propostas para áreas como funcionalismo, agricultura, segurança e saneamento.

Ao responder à pergunta do advogado Lucas Andrade, do Distrito Federal, sobre a sucessão de escândalos envolvendo políticos no país, Serra afirmou que a corrupção no país "chegou a níveis insuportáveis".

Na réplica sobre o tema, citou o caso dos aloprados, envolvidos na compra de dossiê contra a campanha do tucano Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006. O tucano fez também referência a escândalos que atingiram a política "nos últimos vinte anos".

Serra fez uma referência indireta aos escândalos na Casa Civil, mas, diferentemente de outros embates, sem citar o nome do PT, de Dilma ou da ex-ministra Erenice Guerra:

- O exemplo tem de vir de cima. Tem de ser implacável, não passar a mão na cabeça. Quando o chefe passa a mão na cabeça é terrível, do ponto de vista que isso vai acabar se repetindo porque pessoas vão achar que estão protegidas. Tem casos até hoje insepultos. Lembra do dossiê dos aloprados? Tinha 1,7 milhão que a polícia apreendeu, ninguém foi condenado, não tem processo. Esse é um péssimo exemplo - disse Serra.

O candidato tucano aproveitou para defender a liberdade de imprensa, ao dizer que é a imprensa que "descobre grande parte das irregularidades e não pode ser inibida, pressionada".

Eleitor 'esfrega' o Brasil real na face de Dilma e Serra

Felipe Dana/AP

Nem Dilma Rousseff nem José Serra. No último debate presidencial da temporada de 2010, a grande atração foram os eleitores indecisos. Escalados como inquiridores, eles esfregaram no nariz dos candidatos um país que ambos se abstiveram de debater nos quatro meses de campanha.

“Já fui assaltada com uma arma na cabeça, na porta da minha casa”, a costureira Vera Lúcia disparou. O bandido queria a bolsa. Ela não entregou. Livrou-se do tiro porque a gritaria de um irmão afugentou o bandido. Como resolver o problema da segurança?

O convívio de Vera com a morte converteu numa espécie de abstração o Ministério da Segurança de Serra. A idéia de Dilma de estimular o policiamento comunitário soou etérea.

Na arena montada pela Globo, 80 eleitores indecisos envolveram os candidatos num semicírculo de realidade. O resultado foi constrangedor. Percebeu-se que as duas campanhas giravam como parafusos espanados ao redor do oco do vazio.

Na publicidade eleitoral, a miséria foi útil para que os marqueteiros fabricassem o país vago e imaginário que associaram a Dilma e Serra. Na rotina de Madalena de Fátima, porém, a impaciência prevalece sobre a ilusão. Depois de se apresentar, a cabeleireira mineira demarcou as diferenças.

“Na propaganda dos candidatos, vimos uma saúde pública maravilhosa”, ela realçou. Fora do ambiente edulcorado do vídeo, “tem gente morrendo”. Ela pintou o quadro: hospitais cheios, falta de médicos, gente convertida em “lixo”... Até quando seremos tratados “como animais”?

Serra há de tê-la deixado mais desalentada: “Nunca vai chegar à perfeição. A batalha tem que ser para que hoje seja melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje”. Dilma tampouco há de tê-la reanimado: “De fato, temos um problema sério de qualidade da saúde no Brasil. Se a gente não reconhecer, não melhora”.

Diante de Madalena estavam 16 anos de poder –oito de FHC, oito de Lula. E a eleitora, uma das que o Ibope selecionou por ser indecisa, não recebeu dos candidatos senão respostas duvidosas.

Trazidos das cinco regiões do país, os perguntadores estavam no Rio desde quarta-feira (27). A Globo sonegou-lhes o acesso à internet e à televisão. Isolados num hotel, formularam cinco perguntas cada um. Apenas doze foram lidas no ar, mediante seleção aleatória.

Numa das vezes em que levou o dedo indicador à tela do computador, Dilma “escolheu” a pergunta de Melissa Bonavita, uma jovem carioca, operadora de telemarketing. As palavras dela como que espalharam coliformes fecais pelo cenário asséptico do estúdio da Globo.

“Moro num bairro onde tem um valão nas proximidades”, ela contou. Quando chove, o valão “transborda”, inundando de “esgoto” as ruas. O que será feito?

Dilma: “Vou triplicar os investimentos em saneamento. [...] A meta é zerar o déficit de saneamento. É uma vergonha termos esse problema no século 21”. Cifras? Não mencionou. Tipo de metas? Não especificou. Prazos? Nada.

Serra: “Deve multiplicar, sim, os investimentos. Mas o governo federal duplicou os impostos em saneamento. Isso tira R$ 2 bilhões das companhias estaduais por ano”. A dupla mencionou também a necessidade de combater as enchentes, cada um à sua maneira.

Não foi possível saber se Melissa decidiu em quem votar. Mas voltou para casa com uma sólida certeza: o “valão” que verte esgoto na sua rua terá vida longa. Advogado de Brasília, selecionado pela pressão do dedo de Serra contra o computador, Lucas Andrade tratou de outro tipo de lama: a corrupção.

Espremeu nos 30 segundos que lhe foram reservados tudo o que precisava ser dito sobre o tema: as fortunas amealhadas pelos políticos, o desinteresse midiático que se segue às manchetes enfezadas, a impunidade acima de certo nível de renda...

Serra e Dilma fustigaram-se mutuamente. Ele disse que a corrupção “chegou a níveis insuportáveis”. Sem mencionar Erenice Guerra, afirmou que o governante precisa “dar o exemplo, escolhendo bem as suas equipes”.

Ela levou à roda o caso dos Sanguessugas, um escândalo que tem raízes na gestão do rival no Ministério da Saúde, sob FHC. Na tréplica, Serra atacou de aloprados: “R$ 1,7 milhão que PF apreendeu. Ninguém foi condenado. Um mal exemplo”. Sem querer, o advogado Lucas transformou um pedaço do debate numa gincana do "sujo" contra a "mal lavada".

O progreama foi interessante pelas perguntas, não pelas respostas. Os comitês de campanha têm dificuldade para indentificar o eleitor indeciso. Quem são eles? Como entrar na cabeça deles? Como conquistar o voto deles?

Forças ocultas da eleição, eles ainda somam, segundo o Datafolha e o Ibope, 4% do eleitorado. Algo como 5 milhões de votos. Representados pelo grupo de 80 reunido no estúdio da Globo, eles mostraram a sua cara.

Seres impalpáveis, eles falam da desgraça nacional com conhecimento de causa. A felicidade deles é uma virtude fugitiva. Correm cotidianamente das armadilhas que o descaso do Estado acomoda no caminho.

Ouvindo-os, percebeu-se o quanto Dilma e Serra desperdiçaram o tempo de campanha. Enquanto discutiam religião e espalhavam cascas de banana na internet, o eleitor inceciso levava o revólver na cara, assistia à morte no corredor do hospital, sujava o sapato no esgoto da rua, indignava-se com o enriquecimento sem causa.

Diante da incógnita escondida atrás das duas “opções”, o indeciso revelou-se o eleitor mais sábio. As campanhas lhes venderam uma Bélgica. Mas eles sabem que, depois de 16 anos de tucanos e petistas, ainda vivem no Brasil.

O encontro

Pesquisas dão à eleição a aparência de ‘jogo jogado’


Felipe Dana/AP

Divulgadas há pouco mais de 72 horas da eleição, as últimas pesquisas do Datafolha e do Ibope deram à sucessão de Lula uma aparência de jogo jogado.

Numa sondagem, a do Datafolha, a vantagem de Dilma Rousseff sobre José Serra é de 12 pontos. Em votos válidos: 56% a 44%.

Noutra, a do Ibope, a dianteira da petista é de 14 pontos: 57% a 43%, também na contabilidade que exclui os votos nulos, brancos e indecisos.

Nas duas pesquisas, os eleitores que ainda se declaram indecisos foram contados em 4%. Há dois dias, segundo o Datafolha, somavam 8%.

Os dados conduzem a três conclusões: 1) a vontade do eleitor petrificou-se. 2) A margem de manobra de Serra encurtou-se. 3) Dilma está na bica de virar presidente.

A supramacia de Dilma está muito distante das fronteiras da margem de erro dos levantamentos –dois pontos percentuais, nos dois casos.

A essa altura, um eventual triunfo de Serra desceria ao verbete da enciclopédia como enredo da falência dos maiores institutos de pesquisa do país.

Tomado pelo Datafolha, Serra tem cerca de 13 milhões de votos a menos que Dilma. Pelo Ibope, algo como 15 milhões de votos.

Como só há dois candidatos em campo, para se manter vivo no jogo, Serra precisaria seduzir entre 6,5 milhões e 7,5 milhões de votos até domingo.

Os indecisos somam cerca de 5 milhões de cabeças. Mas, historicamente, eles costumam se dividir entre as duas candidaturas, na proporção do resultado geral.

A prevalecer a lógica, Dilma deve atrair mais indecisos do que Serra. Significa dizer que, para ressuscitar, o tucano teria de “roubar” votos da petista.

Considerando-se que apenas três dias separam o eleitor da urna, Serra teria de conquistar algo entre 434 mil (Datafolha) e 500 mil votos por dia.

Confirmando-se o triunfo de Dilma, a vitória será mais de Lula do que da candidata. O presidente comandou a própria sucessão.

Na prática, o eleitor está concedendo a Lula uma espécie de terceiro mandato. Vota-se virtualmente nele, não nela.

Reelege-se, por assim dizer, o governo dele. Na perspectiva de que a gestão dela conserve o “êxito” refletido nos 83% de popularidade.

Numa campanha tisnada pela agenda religiosa e pela lama, virou fumaça a intenção de Serra de promover um cotejo da própria biografia com a de sua rival.

Guiada pela influência de Lula, a maioria do eleitorado opta, em verdade, por uma incógnita. Dilma há de ter qualidades. Porém...

Porém, se as possui não foi capaz de exibi-las na campanha. Preferiu vender a (falsa) impressão de que é uma supergerente.

A Dilma da propaganda eletrônica controlou toda a Esplanada com rédea curta. A Dilma real “não sabia” dos malfeitos que brotaram à sua volta, na Casa Civil.

Tampouco Serra logrou converter o currículo em prova de competência. Numa campanha errática, oscilou da adulação a Lula à crítica tardia...

...Da vergonha de FHC à defesa acanhada do legado tucano, da denúncia feroz à justificativa das próprias fragilidades.

A exemplo de Dilma, Serra inspirou mais dúvidas do que certezas. Com uma diferença: não dispõe de um Lula em quem se escorar.

Restou a Serra apostar na falência dos institutos de pesquisa.

Consórcio contratou a firma da família de Paulo Preto

Convertido em personagem da eleição pela campanha de Dilma Rousseff, Paulo Vieira de Souza volta às manchetes na beira das urnas.

Paulo Preto, como é conhecido, foi diretor de Engenharia da Dersa, a estatal rodoviária de São Paulo, entre 2007 e abril de 2010.

Entre as obras sob sua responsabilidade estava o Rodoanel.

Um dos consórcios contratados para tocar o empreendimento é o Andrade Gutierrez/Galvão.

Pois bem. Em notícia veiculada na Folha, o repórter Flávio Ferreira informa que, em 2009, esse consórcio contratou os serviços da firma Peso Positivo.

Figuram como sócios da empresa Fernando Cremonini (99%) e Maria Orminda Vieira de Souza (1%).

Fernando é genro de Paulo Preto. Maria Orminda, é mãe do ex-diretor da Dersa. A Peso Positivo recebeu pelo contrato R$ 91 mil.

Para quê? Segundo informam o contratante e o contratado, para prover serviços de guindaste.

Cremonini, o sócio majoritário da Peso Positivo, é casado com Tatiana Arana Souza Cremoni.

Vem a ser aquela filha de Paulo Preto contratada para trabalhar no governo de São Paulo, sob José Serra.

Ouvida, a empresa da família de Paulo Preto disse, por meio do advogado José Luiz Oliveira Lima, que tudo sucedeu dentro da lei.

Segundo Oliveira Lima, a família de Fernando Cremonini atua no ramo de aluguel de guindastes há 38 anos.

O consórcio Andrade Gutierez/Galvão informou que, a exemplo de outros fornecedores, a Peso Positivo foi contratada “de acordo com a legislação em vigor”.

Em representação protocolada no Ministério Público estadual, o PT-SP requereu a investigação dos negócios da Peso Positivo.

Para sorte do tucanato, a eleição termina neste domingo (30). Paulo Preto já não pode ser levado à propaganda de Dilma como peso negativo para Serra.

Para azar, as investigações que enredam o personagem vão se prolongar no tempo.

Sempre que um tucano acusar um petista de malfeito, ouvirá a incômoda pergunta: E o Paulo Preto?

Assim caminha a política brasileira, em marcha batida para a autodesmoralização coletiva.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Agora é o Papa

Por: *Maurílio Ferreira Lima

Vale tudo para derrotar Dilma Rousseff. Agredi-la como sapatão, assassina terrorista, ateia, a favor do aborto e da morte de criancinhas. Nada disso adiantou até agora.

Pesquisa não é eleição, mas indica tendências. Só para citar Datafolha e Ibope, o número de indecisos caiu e Dilma surfa em cima de 12 e 14 pontos de vantagem. A eleição é domingo e é impossível qualquer mudança.

Por desespero, foram arrumar uma declaração do Papa, que a título de defender a vida estimula os bispos brasileiros a se posicionarem contra Dilma.

O Papa sabe melhor do que ninguém que quando a Igreja mandava no Estado e a religião subordinava os governantes, tivemos o caso Galileu, a Inquisição com câmaras de tortura, a queima de hereges e mulheres acusadas de bruxaria.

O Brasil não aceita interferência religiosa na eleição, na política e no governo. Serra perdeu tempo trazendo o Papa para as eleições brasileiras.

*Maurílio Ferreira Lima (PMDB) é ex-deputado federal (mauriliolima@globo.com).

Datafolha dá 12 pontos percentuais de vantagem a Dilma Rousseff

1- À exceção do GPP, instituto de pesquisa do Rio de Janeiro contratado pelo vice de Serra, Índio da Costa (DEM), todos os outros institutos de pesquisa que fizeram levantamentos no curso desta semana sobre o 2º turno da eleição presidencial apontam uma dianteira confortável para a candidata Dilma Rousseff.

2- A mais recente do Datafolha, que está publicada hoje na Folha de São Paulo, dá 50% de intenções de voto para Dilma e 40% para José Serra (votos totais).

3- Considerando-se apenas os votos válidos, a candidata do PT tem 56% dos votos, ante 44% do tucano.

4- A pesquisa foi realizada ontem (quinta) e sua principal novidade é que o percentual de indecisos caiu de 8% para 4% em relação à pesquisa anterior.

5- Assim, Vox Populi, Ibope e Datafolha disseram no curso desta semana que Dilma Rousseff é favorita absoluta para ganhar esta eleição.

6- Ela recuperou votos que havia perdido no final da campanha do 1º turno e se encontra em ascensão no Sudeste, que tem 44% dos eleitores do Brasil.

7- Nesta pesquisa que o Datafolha divulgou hoje, ela só perde para Serra na região Sul (por 52 x 40). Mas ganha no Sudeste por 47 x 42, no Norte/Centro Oeste por 51 x 41 e no Nordeste por 62 x 29.

8- Ainda haverá na noite desta sexta-feira o debate da Globo que pode influenciar o votos dos indecisos. Mas mesmo que todos eles (4%) migrem para Serra, ainda assim ele perderia a eleição.

9- Caso os números das três pesquisas não se confirmem, é o caso de fechar todos esses institutos e deixar funcionando apenas o GPP, que, segundo o guia de Serra de ontem à noite, dá empate técnico entre os dois candidatos.

É isso aí.