Bancada do PT não quer permanência do ministro no governo Dilma
Se já havia forte pressão de integrantes do PT para mudanças no comando do Ministério da Educação (MEC), a falha na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) reduzirá ainda mais a chance de o atual ministro, Fernando Haddad, manter-se no cargo no governo Dilma Rousseff.
Para os que clamam por um nome que garanta uma revolução na Educação, a nova falha traz à tona outros problemas na condução da pasta.
O erro na folha de respostas do Enem reforça o trauma do vazamento da prova, em 2009, que obrigou o MEC a adiá-la por dois meses.
No ano passado, houve ainda a divulgação do gabarito com erros. O processo de desgaste levou à demissão do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes.
Outros episódios também são lembrados pelos que defendem mudança no comando do MEC, como a distribuição de livros didáticos em escolas públicas com erros de informação.
Um importante integrante da bancada federal afirmou que a pressão é pela mudança do comando do MEC no governo Dilma. A senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP) seria uma das candidatas à vaga.
— A bancada do PT é pela mudança do Haddad. Ele fez um trabalho que é reconhecido pelo presidente Lula e por Dilma. Mas foi tímido nas mudanças no setor, além dos erros frequentes, como esse de novo no Enem — afirmou um deputado petista.
Pesa ainda a relação distante e de pouca afinidade de Haddad e Dilma. Entre as críticas, a pressa da ex-ministra em estipular metas exageradamente altas para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a expectativa dela de que uma universidade brasileira pudesse, em poucos anos, figurar entre as melhores do mundo.
Apesar da pressão de parlamentares pela sua saída, Haddad goza de prestígio junto a Lula.
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