DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Enen - Falha no exame reduz chance de Haddad

Bancada do PT não quer permanência do ministro no governo Dilma

Se já havia forte pressão de integrantes do PT para mudanças no comando do Ministério da Educação (MEC), a falha na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) reduzirá ainda mais a chance de o atual ministro, Fernando Haddad, manter-se no cargo no governo Dilma Rousseff.

Para os que clamam por um nome que garanta uma revolução na Educação, a nova falha traz à tona outros problemas na condução da pasta.

O erro na folha de respostas do Enem reforça o trauma do vazamento da prova, em 2009, que obrigou o MEC a adiá-la por dois meses.

No ano passado, houve ainda a divulgação do gabarito com erros. O processo de desgaste levou à demissão do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes.

Outros episódios também são lembrados pelos que defendem mudança no comando do MEC, como a distribuição de livros didáticos em escolas públicas com erros de informação.

Um importante integrante da bancada federal afirmou que a pressão é pela mudança do comando do MEC no governo Dilma. A senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP) seria uma das candidatas à vaga.

— A bancada do PT é pela mudança do Haddad. Ele fez um trabalho que é reconhecido pelo presidente Lula e por Dilma. Mas foi tímido nas mudanças no setor, além dos erros frequentes, como esse de novo no Enem — afirmou um deputado petista.

Pesa ainda a relação distante e de pouca afinidade de Haddad e Dilma. Entre as críticas, a pressa da ex-ministra em estipular metas exageradamente altas para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a expectativa dela de que uma universidade brasileira pudesse, em poucos anos, figurar entre as melhores do mundo.

Apesar da pressão de parlamentares pela sua saída, Haddad goza de prestígio junto a Lula.

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