DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Começa campanha de desconstrução de Armando Neto pela internet

Depois de ter prometido bater o senador Marco Maciel, do DEM, com uma virada das pesquisas, já começou a rolar na internet email detonando o candidato a senador do PTB Armando Monteiro Neto. Eles prometem informar quem seria de verdade Armando Monteiro. Veja abaixo os termos da campanha de desconstrução. A quem interessa a campanha neste nível?


USINEIRO, BANQUEIRO, LATIFUNDIÁRIO

Armando Monteiro é banqueiro, usineiro e latifundiário, dono do Banco Mercantil (em interveção pelo Banco Central), Usina Cucaú e Destilaria Gameleira. O grupo possui ainda investimentos em duas usinas, uma fazenda no Mato Grosso e uma empresa do setor industrial em Alagoas.

Armando Monteiro carrega a arrogância dos antigos donos de engenho do Nordeste, conforme a tradição familiar de algumas gerações. Se utiliza das pessoas para se projetar como líder empresarial e político.

Armando Monteiro já foi presidente por 4 vezes da Federação das Indústrias de Pernambuco – Fiep – e por 2 vezes da Confederação Nacional das Indústrias - CNI. Uma vida inteira de lutas a favor dos patrões e contra o trabalhador.

A utilização de "laranjas" em uma operação entre a instituição financeira da família, o Banco Mercantil de Pernambuco (em liquidação desde 1996), o uso de recursos da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) na campanha de Armando Monteiro para deputado federal e da Confederação Nacional das Indústrias – CNI – na atual campanha para Senador são denúncias constantes.

Por conta da intervenção e quebra do Banco Mercantil, Armando Monteiro tem seus bens indisponíveis.

MAU PATRÃO

Armando Monteiro Neto, enquanto esteve à frente da metalúrgica Noraço, uma das principais companhias da família, amargou vários processos trabalhistas, além de ser um dos maiores devedores de obrigações sociais em Pernambuco. A gota d'água aconteceu com a intervenção do Banco Mercantil de propriedade de sua família.

Quando os primeiros clientes devedores começaram a ser convocados pelo interventor nomeado pelo Banco Central, veio à tona grave acusação. O Mercantil teria feito operações de empréstimo para empresas do próprio grupo usando outros empresários, o que é caracterizado como crime do colarinho-branco. O dinheiro, segundo consta em dois processos, teria sido transferido para a Noraço.

Só a Noraço tem mais de cem processos, segundo informa o site do Tribunal de Justiça de Pernambuco (alguns em andamento, outros concluídos).

Monteiro Neto é acusado nominalmente por um dos empresários, João Sandoval da Silveira, dono da Wicon Inox Aços Equipamentos. Os dois convivem na FIEPE, onde Sandoval ocupa o cargo de vice-presidente. O processo, que corre na 1ª Vara Cível de Pernambuco, está há mais de dois anos suspenso, sem nenhuma novidade. O pré-candidato à CNI diz que o assunto, ainda em discussão judicial, refere-se à compensação entre a Wicon, que era devedora do banco, e a Noraço, da qual era credora.

Outro caso é o da agência de publicidade Aporte. Pouco antes da intervenção do Mercantil, 90% do faturamento da empresa era proveniente do Grupo Armando Monteiro. Na ação, os donos da agência dizem que houve coação, por isso concordaram em participar como "laranjas". O valor, repassado para a mesma Noraço, presidida por Monteiro Neto, teria sido de cerca de R$ 2 milhões.

Suspeita-se de irregularidades no empréstimo, feito com juros bem abaixo do mercado e liberado num prazo menor do que o determinado pelas regras do Banco Central, que investiga a história.

Hoje, Armando Monteiro vive mais da aparência e do nome que tiveram no passado do que de grandes posses. Desde a intervenção do Mercantil, os bens estão indisponíveis e parte das empresas do grupo ainda está concordatária. Por causa do banco, o crédito para os outros negócios, que já não estava muito bem das pernas, sumiu. A concessionária Norasa foi vendida em 1995. Outra foi fechada e uma terceira repassada a um parente. As usinas, no interior de Pernambuco, andaram tendo dificuldades para pagar os salários, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tamandaré.

Quem acompanha a vida de Armando Monteiro diz que os problemas começaram quando os outros negócios do grupo começaram a ter dificuldades de caixa e o socorro passou a ser feito com recursos do Banco Mercantil.

LÍDER DOS PATRÕES, ARMANDO MONTEIRO UTILIZA RECURSOS DAS ENTIDADES DE CLASSE PARA FAZER POLÍTICA ELEITORAL E PARTIDÁRIA

Os problemas do deputado Armando Monteiro vão além dos negócios da família. Em 1999, o então conselheiro da Federação das Indústrias de Pernambuco –FIEPE - Reginaldo Valença pediu ao Tribunal de Contas da União, à Procuradoria-Geral da República e à Procuradoria Federal de Pernambuco que investigassem possíveis desvios de recursos da federação para a campanha de Monteiro Neto a deputado federal. Até hoje o empresário não tem notícias sobre o que aconteceu.

Recentemente, o Senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, acusou Armando Monteiro de usar verbas do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc) para fazer propaganda pessoal durante sua pré-campanha de candidato a Senador em 2010.

COMO POLÍTICO, ARMANDO MONTEIRO DEFENDE INTERESSES DOS PATRÕES E VOTA CONTRA OS TRABALHADORES NA CÂMARA DOS DEPUTADOS EM BRASÍLIA

Armando Monteiro, como deputado federal, ganhou notoriedade por sua luta contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas contrariando a luta da Central Única dos Trabalhadores e todas as centrais sindicais do Brasil.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, protocolou uma denúncia contra a CNI (Confederação Nacional da Indústria) na Procuradoria Geral do Trabalho, órgão do Ministério Público do Trabalho. O motivo da medida seria o uso da verba do Sistema S (SESI, SENAI SEBRAE, SESTE, etc), para fazer campanha contra a redução da jornada de trabalho.

Armando Monteiro também liderou campanha e fez lobby contra o Seguro Acidente do Trabalhador – SAT. Armando Monteiro, como deputado federal e presidente da CNI, procurou o presidente Lula para pedir que ele reveja um decreto que muda as regras de cobrança do Seguro Acidente de Trabalho (SAT). Só uma rede de televisão estimou, segundo a CNI, que vai deixar de pagar até 100 milhões de reais a mais com a mudança. Só isso justificou suas constantes aparições, como presidente da CNI, no Jornal Nacional da Rede Globo. Tudo para os patrões nada para proteger os trabalhadores dos acidentes profissionais.

UM POLÍTICO OPORTUNISTA JÁ TRAIU LULA E JARBAS

Em 1986, votou em Collor contra Lula, contrariando orientação do seu pai.

Quando Jarbas Vasconcelos era governador e todo poderoso, Armando Monteiro foi seu fiel escudeiro. Queria suceder Jarbas e contar com seu apoio. Como foi preterido - o escolhido foi Mendonça Filho – traiu Jarbas e foi apoiar Humberto Costa e, depois, o maior rival de Jarbas, Eduardo Campos.

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