DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

PSDB da disórdia em Pernambuco

  • Ex-prefeito de Gravatá rebate as críticas de Pedro Eurico

Do ex-prefeito de Gravatá, Joaquim Neto (PSDB), cuja adesão à campanha de Eduardo Campos foi censurada por Pedro Eurico (PSDB), o blog recebeu neste domingo a seguinte nota:

a) ''Não reconheço autoridade no Sr. Pedro Eurico para falar em nome do PSDB. Quem fala pelo partido é o senador Sérgio Guerra e o presidente Evandro Avelar''.

b) ''O Sr. Pedro Eurico não tem autoridade moral para me ditar regras políticas. Fui aliado de Jarbas durante 12 anos (desde 1998) e solidário com ele, no governo ou na oposição, de manhã, à tarde e à noite''.

c) ''O Sr. Pedro Eurico procede diferente. De manhã e à tarde está com Jarbas e, à noite, com o governador Eduardo Campos. Isso é publico e notório e o partido inteiro sabe disso''.

d) ''Não tenho duas caras nem dois comportamentos. Da mesma forma que eu era Jarbas de manhã, à tarde e à noite, hoje sou Eduardo Campos de manhã, à tarde e à noite''.

e) ''Já tive oportunidade de explicar aos pernambucanos os motivos pelos quais deixei o palanque da oposição. O PMDB estadual lançou um candidato (a deputado) em Gravatá, só para me prejudicar, e eu disse ao senador Sérgio Guerra que se essa candidatura não fosse retirada eu romperia com a oposição''.

f) ''As minhas colocações não foram ouvidas e eu rompi com o senador Jarbas Vasconcelos. Não o fiz por interesses subalternos e muito menos de natureza eleitoreira. Apenas tomei uma posição política. Como não sou homem de ficar neutro nem em cima do muro, decidi junto com o meu grupo apoiar a reeleição do governador''.

  • Sérgio não foi senador por obra e graça de Jarbas, apenas, diz Pedro Eurico ao JC

1) O JC deste domingo publica entrevista de página inteira com o deputado Pedro Eurico (PSDB). Entre outras coisas interessantes, o parlamentar tucano declarou o seguinte:

2) ''O que Eduardo Campos está fazendo agora, tentar cooptar quadros (para o seu palanque), foi feito exatamente do mesmo jeito pelo doutor Jarbas Vasconcelos, que quando chegou ao governo (em 1998) foi buscar quadros no PSB para garantir sua governança''.

3) ''O que é o PMDB de Pernambuco? É Jarbas e alguns do seu entorno. O PMDB derreteu, ao longo, inclusive, dos governos Jarbas. Sobrou o PSDB com estrutura partidária. Sérgio Guerra construiu, sem ser governo, o maior partido de oposição do Estado, que tem sua origem no PSB, o que nos dá, portanto, pontos de convergência com Eduardo Campos''.

4) ''O adesismo existe em função desse canto de sereia, que é o Executivo. Não é somente o PSDB (que migrou parcialmente para Eduardo Campos). Os prefeitos do PMDB estão no governo de Eduardo e os poucos que tem o DEM também estão''.

5) ''Foi horrível o procedimento do senhor Joaquim Neto (ex-prefeito de Gravatá). Há uma semana ele recebia Jarbas, na semana seguinte apóia Eduardo. Isso não foi orientação partidária. Tem a nossa censura, o nosso repúdio''.

6) ''Nós, do PSDB, temos projetos local e regional de poder que não se misturam com o do DEM nem com o do PMDB''.

7) ''Jarbas foi muito importante para a eleição de Sérgio Guerra (em 2002), mas não é o único credor. Sérgio não foi senador por obra e graça de Jarbas, apenas. Ele tem seus méritos. Vinha de três mandatos de deputado federal e de um processo de crescimento político quando resolveu refundar o PSDB (pernambucano)''.

8) ''Não fazemos uma oposição visceral a Eduardo como Jarbas faz. Somos diferenciados nisso. Acompanhamos Jarbas, mas não deixamos de reconhecer que o governo Eduardo tem pontos extremamente positivos como os avanços na saúde e na segurança''.

9) ''Sérgio Guerra, nem por um momento, forçou a candidatura de Jarbas a governador. Fomos buscá-la porque ele era o único candidato em condições de unir as oposições''.

10) ''O projeto de Sérgio em 2006 era ser governador. E nós abrimos não em função de uma convocação do doutor Jarbas (era assim que Arraes também se referia a Jarbas: com um ‘doutor’ na frente), que entendeu ser a vez de Mendonça Filho''.

11) ''Essa eleição fecha um ciclo de alianças. Até porque em 2012 cada partido terá o seu próprio candidato à prefeitura do Recife''.

12) ''No caso de Eduardo Campos ganhar a eleição, Jarbas Vasconcelos e o PMDB vão capitanear a oposição''.

13) ''Querem cristianizar Sérgio Guerra, responsabilizá-lo por todos os males e percalços desse conjunto de forças. Isso é uma injustiça, uma incorreção. Nós temos uma liderança, não um cacique, um coronel''.

14) ''Temos divergências profundas e históricas com o DEM. Mas nem por isso deixamos de reconhecer, em alta conta, uma parceria com os Democratas''.

15) ''O PMDB perdeu a oportunidade de crescer com Jarbas no governo e não se consolidou na oposição ao governo Eduardo Campos''.

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