Desacreditado no plano federal e eleitoralmente frágil no plano estadual, o PMDB pernambucano, como disse o deputado Pedro Eurico, “derreteu”. Não cresceu no governo de Jarbas e praticamente foi dizimado quando virou oposição. Governa apenas um município importante de Pernambuco, que é Petrolina, tem apenas um representante na Assembleia Legislativa, que é a deputada Jacilda Urquisa, e dois na Câmara Federal, que são Raul Henry e Edgar Moury Fernandes.
O partido trocou seu tempo de TV pela vaga de vice na chapa de Dilma e pode emplacar o deputado Michel Temer no Palácio do Jaburu a partir de janeiro de 2011. Entretanto, suas perspectivas de crescimento no plano local são bastante sombrias. Seu candidato a governador, Jarbas Vasconcelos, está em grande desvantagem nas pesquisas em relação a Eduardo Campos e seu único quadro político de futuro, que é o deputado Raul Henry, depende de votos metropolitanos para reeleger-se.
O partido não depende mais de Jarbas para se fortalecer em nível estadual e sim da reeleição de Raul Henry, que é a sua liderança mais promissora. Caso seja reeleito, ele será o candidato natural da legenda à prefeitura do Recife em 2012, onde o PT está plantado há três eleições. Mas sem a renovação deste mandato o partido não terá perspectiva de poder em Pernambuco nos próximos oito anos. Daí a responsabilidade do partido com a renovação deste mandato, caso deseje continuar vivo.
Coluna da Folha de Pernambuco da quarta-feira, 04/08/10
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