DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quinta-feira, 17 de março de 2011

Fatiada, a reforma política pode andar


Coluna da Folha de Pernambuco da quinta-feira, 17/03/11

Apesar do pessimismo de uns e da descrença de outros quanto à realização da reforma política, já se conseguiu alguns consensos na comissão especial do Senado para a aprovação de alguns temas: mudança da data da posse do presidente da República e dos governadores, extinção do segundo suplente de senador e proibição de candidatos ao Senado escolherem parentes para a primeira suplência. Não são os temas mais importantes da reforma, mas é um passo adiante para tentar realizá-la.

Isso já havia sido profetizado há alguns anos pelo falecido deputado baiano Luiz Eduardo Magalhães, então presidente da Câmara Federal. Para ele, a única chance de se fazer reforma política no Brasil seria através do “fatiamento” (por partes). Reforma global não se faria nunca, dizia ele, a menos que, como propôs ontem o deputado Paulo Maluf, o Congresso concorde que ela entre em vigor oito anos depois. Para vigorar em 2014 é impossível porque a maioria dos congressistas é contra.
Pelo “fatiamento” que foi proposto pela comissão especial do Senado, governadores e prefeitos tomariam posse no dia 10 de janeiro e o presidente da República no dia 15 para evitar que chefes de estado que vêm ao Brasil para assistir à posse do chefe da nação “rompam” ano viajando. E candidato a senador não pode mais indicar pai ou filho para suplente como fizeram ACM e Edison Lobão (que escolheram filhos que têm o mesmo nome) e Garibaldi Alves (que escolheu o pai).

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