DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quarta-feira, 30 de março de 2011

Comissão do senado aprova o voto em lista fechada


Angeli

Com um placar apertado – 9 a 7— a comissão de reforma política do Senado aprovou o sistema eleitoral de lista fechada.

Trata-se de uma sistemática que retira do eleitor o direito de votar nos candidatos de sua preferência nas eleições para deputados –estadual e federal— e vereadores.

O cidadão fica obrigado a votar num partido político. Serão eleitos os candidatos levados a uma lista pela legenda, na ordem que ela indicar.

O número de eleitos de cada partido dependerá da quantidade de votos que a agremiação conseguir capturar na eleição.

O resultado foi uma vitória parcial do PT, maior defensor do voto em lista. O êxito é parcial porque a coisa precisa ser aprovada nos plenários da Câmara e do Senado.

O modelo atual, embora imperfeito, homenageia a vontade da bugrada, não dos mandachuvas dos partidos.

Hoje, o sujeito escolhe os nomes que bem entende. Por vezes, vota-se em Tiririca (PR-SP) e elege-se junto Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). Daí a imperfeição.

O risco é maior, porém, no modelo aprovado na comissão de sábios do Senado. Flerta-se com a hipótese de votar no PT e eleger mensaleiros empilhados numa lista.

Na sessão desta terça, concorreu com o voto em lista um sistema apelidado de “distritão”, preferido por sete dos presentes.

Consiste no seguinte: cada Estado é tomado como um grande distrito. Elegem-se os candidatos mais votados em cada "distritão".

Funcionaria como nas atuais eleições majoritárias –para prefeito, governador, senador e presidente da República. Tem a vantagem de eliminar o veneno do puxador de votos.

Cada candidato dependeria apenas dos votos que fosse capaz de seduzir. O prestígio de Tiririca não seria transferido a Protógenes.

Deveu-se sobretudo à omissão do PSDB a derrota do “distritão”. Havia três tucanos na sessão da comissão de reforma política.

Numa primeira rodada de votação, Aécio Neves (MG), Lúcia Vânia (GO) e Aloysio Nunes (SP) posicionaram-se a favor do voto “distrital misto”.

No segundo e decisivo embate –voto em lista X distritão— a tróica de tucanos preferiu escalar o muro da abstenção.

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