DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Entrevista Jc online - Eduardo (Nesses três anos e meio, não me omiti)


Por que o sr. ser político?
EDUARDO CAMPOS - Acho que não escolhi exatamente ser político, e sim que a política me puxou pelo braço. Desde muito jovem andei ao lado do meu avô, Miguel Arraes, e isso me incentivou a trabalhar para os que mais precisam. Pouca gente sabe, mas, ao encerrar a faculdade de Economia na Universidade Federal de Pernambuco, iria seguir a carreira de professor. Já tinha até vaga assegurada em mestrado em uma universidade americana. Aí começou a campanha de 1986 e, claro, aceitei o chamamento da política.

Por que o sr. acha que merece o voto do eleitor?
EDUARDO CAMPOS - Porque nos últimos três anos e meio não me omiti. Ao contrário, mostrei muita disposição para o serviço. Dediquei cada segundo do meu trabalho a fazer mais, com menos dinheiro e em menos tempo. Enfrentei problemas que atormentavam os pernambucanos há muito tempo, como os altos índices de violência, a falta de hospitais, a falência da rede pública de ensino, o alto preço da conta de luz, entre outros. Demos transparência à nossa gestão ao colocarmos as contas do Estado na internet, possibilitando que aqueles que nos elegeram possam ser os nossos primeiros fiscais. Tudo isso fez com que hoje tenhamos um Governo com 84% de aprovação, reconhecido no Brasil e até fora dele como sinônimo de gestão eficiente e moderna. Uma administração que zela pelo patrimônio público.

O que o sr. destaca na sua trajetória política?
EDUARDO CAMPOS - A vida me deu a chance de aprender com dois grande brasileiros: o presidente Lula e o ex-governador Miguel Arraes. Com eles, pude trabalhar e aprender muito. Ao lado do meu avô, fui secretário de Estado e tive a oportunidade de rodar Pernambuco de ponta a ponta. No Governo Federal, fui o mais novo ministro do presidente Lula quando assumi a pasta de Ciência e Tecnologia. Acho que essas duas experiências foram bastante exitosas e me capacitaram para a mais difícil tarefa que enfrentei: a de ser governador de Pernambuco quando muitos não acreditaram, ainda em 2006.

Eleito, qual será a sua prioridade?
EDUARDO CAMPOS - Nosso segundo Governo será dividido em três eixos de atuação: o primeiro deles é melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos com igualdade de oportunidades, mais educação, programas de saúde, mobilidade, água e habitação.

Também vamos trabalhar para adensar as novas cadeias produtivas que começam a se efetivar em Pernambuco, a exemplo da indústria naval. Semana passada, anunciamos a conquista de mais um estaleiro para Pernambuco e nossa preocupação é fazer com que ele gere empregos longe de Suape. Fazer com que os móveis utilizados nos navios sejam produzidos no polo moveleiro de Gravatá, por exemplo.

Por fim, vamos estruturar o "Estado do Fazer". Vamos preparar a máquina pública para trabalhar azeitada em direção dos que mais precisam. Tenho dito que o "Estado do Fiscalizar" já está consolidado, mas que precisamos dar mais velocidade à máquina pública. Neste episódio da chuvas ficou claro, mais uma vez, que a velocidade das necessidades do povo não é a mesma da burocracia. Obviamente, teremos como prioridade imediata a reconstrução das cidades castigadas pelas chuvas. Tivemos 67 municípios castigados pelas enxurradas, alguns deles totalmente devastados. Milhares de pernambucanos ficaram sem nada do que construíram ao longo dos anos, perderam suas casas, suas lojas e até a sua cidadania.

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