DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eduardo toma o PSDB de Guerra

Com a investida de Eduardo Campos (PSB) nas bases tucanas em Gravatá, pode-se dizer que o governador, candidato à reeleição, finalmente tirou de Sérgio Guerra o controle do PSDB no estado. Até chegar a Gravatá, foram muitas adesões em outros municípios, envolvendo uma articulação eleitoral pesada, e cuja estratégia foi alimentada por antigos rancores, sem contar com a onda escancarada de oportunismo político. E nessa perda de liderança de Guerra pesou um vacilo do senador tucano, que não dimensionou o desejo de Eduardo de aniquilar a oposição estadual para chegar perto da unanimidade. Ao não disputar o Senado, Guerra deu uma demonstração de fraqueza eleitoral e ao aceitar sem reagir, inicialmente, que seus liderados corressem para o palanque governista, abriu o flanco e perdeu o controle do seu próprio partido. Antes de Joaquim Neto (PSDB) anunciar apoio a Eduardo, o senador tucano teve uma conversa dura com ex-prefeito de Gravatá mas não houve argumentos nem ameaças que fizessem com que seu correligionáriovoltasse atrás à palavra dada ao governador. Ou seja: os argumentos e as ofertas de Eduardo pesaram mais do que os apelos de Guerra. E assim, o senador que já havia perdido o controle dos tucanos em Carpina, ficou também sem Gravatá - suas duas principais bases. A esta altura, as consequências do controle de Eduardo sobre o PSDB já não interfere tanto na combalida candidatura do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). O que está em jogo é a liderança de Sérgio Guerra, que no início do processo eleitoral chegou a ser advertido de que Eduardo iria destruí-lo. No decorrer da pré-campanha, Guerra iniciou uma reação às investidas nas suas bases, quando municiou a oposição no ataque ao deputado estadual Sílvio Costa Filho (PTB), ex-secretário estadual de Turismo, que deixou o governo Eduardo após o escândalo dos shows fantasma da Empetur. Mas não adiantou. Agora, com o PSDB nas mãos de Eduardo, há rumores de que Guerra passará para o lado de Eduardo, caso Dilma vença a eleição. Mas, ainda que isso aconteça, quem mandará no PSDB estadual será Eduardo. E a liderança de Guerra só será resgatada caso José Serra seja eleito presidente da República, o que é apenas uma hipótes.

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