Sobre a situação financeira, 73,8% dos entrevistados indicaram estar em melhores condições hoje do que há um ano
Agência Brasil
A população brasileira continua otimista com o desempenho
socieconômico brasileiro, de acordo com o Índice de Expectativas das
Famílias (IEF), divulgado mensalmente pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea). Em agosto, o índice ficou em 65,2 pontos, 1,7
ponto superior ao registrado em julho (63,5 pontos). Como o valor está
entre 60 e 80 pontos, é considerado um indicador de otimismo, abaixo da
classificação de grande otimismo (que varia entre 80 e 100 pontos), mas
acima do item de moderação (que varia entre 40 e 60 pontos).
Segundo o Ipea, a Região Centro-Oeste é a que apresentou maior
otimismo das famílias em agosto (73 pontos), seguida pelo Nordeste (67,1
pontos), Sudeste (64,2 pontos) e Norte (61,2 pontos). A Região Sul foi a
única que apresentou queda no índice, atingindo otimismo moderado, ao
passar de 62,6 pontos em julho para 59,6 pontos em agosto. O IEF é uma
pesquisa mensal, feita em 3.810 domicílios, em 214 municípios de todos
os estados brasileiros, que considera cinco dimensões: a situação
econômica nacional, a situação financeira, as decisões de consumo, o
endividamento e o mercado de trabalho.
No que se refere à expectativa das famílias sobre a situação
econômica brasileira, em agosto 56,8% disseram acreditar que o Brasil
vai passar por melhores momentos nos próximos 12 meses, superior ao
índice do mês anterior (53,2%). Em uma perspectiva de médio prazo, o
percentual de famílias que acreditam que a situação econômica brasileira
vai piorar nos próximos cinco anos caiu de 25% em julho para 23,5% em
agosto.
Sobre a situação financeira, 73,8% dos entrevistados indicaram
estar em melhores condições hoje do que há um ano. Quando perguntadas
sobre o consumo de bens duráveis, 56,8% das famílias disseram que o
momento atual é propício, contra 38,3% que avaliaram que a situação não é
a ideal para adquirir bens.
Já os resultados referentes à percepção sobre o endividamento
mostraram que 9,7% dos entrevistados disseram estar muito endividados e
52,2% disseram não ter dívidas. O valor médio das contas das famílias
que se declararam endividadas em agosto somava R$ 4.189,68, inferior ao
registrado em julho, R$ 4.433,65. Um indicador preocupante, segundo o
Ipea, é que 38% das pessoas que têm contas atrasadas disseram que não
conseguirão saldar seus compromissos.
Quanto ao mercado de trabalho, 80% dos entrevistados declararam se
sentir seguros em sua ocupação atual, o que demonstra otimismo. A
expectativa de obter melhora profissional cresceu de 38% em julho para
42% em agosto.
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