Publicado em: 30-09-2011 | Por: Inaldo Sampaio | Em: Fogo Cruzado
Derrotado em 2010 na reeleição para a Câmara Federal, André de
Paula voltou para o Recife em janeiro deste ano sem mandato, sem
prestígio e sem perspectiva de poder em nível local, estadual e federal,
pelo menos em curto prazo. Mas pelas boas relações que sempre manteve
com a classe política de Pernambuco, da situação e da oposição, ele foi
tirado do ostracismo pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que
lhe confiou o comando do PSD estadual por indicação de Eduardo Campos.
André encarou esta tarefa com tanta seriedade que nos últimos cinco
meses não fez outra coisa a não ser recolher assinaturas pelo interior
para legalizar a existência do partido. Com a prestimosa colaboração de
um assessor que o acompanha desde o início da carreira: Charles Ribeiro,
ex-secretário-geral do PFL e filho do ex-prefeito de Agrestina, Benito
Ribeiro. Charles é o “Adilson Gomes” do PSD: conhece a geografia
eleitoral do Estado e “quem faz o quê” nos 184 municípios pernambucanos.
A chance que o processo lhe proporcionou de voltar à elite política
estadual como presidente de um partido em formação deixou-o literalmente
em estado de graça. Ele voltou a ser procurado por prefeitos,
ex-prefeitos, vereadores e deputados que o supunham morto e sepultado,
politicamente. No entanto, como político só morre quando vai para o
túmulo, André hoje está “ressuscitado”. E depois de Eduardo Campos é o
presidente de partido mais paparicado em Pernambuco nesse ano
pré-eleitoral.
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