
Os micro e pequenos empresários pagarão uma carga tributária menor
com as mudanças realizadas no Simples Nacional. Uma nova lei que amplia
os limites do Supersimples foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff
em cerimônia realizada nesta semana no Palácio do Planalto, em
Brasília. O líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo no Senado
Federal, Humberto Costa (PE), participou da cerimônia e disse que esta
diminuição tributária é fundamental por incentivar a formalização das
micro e pequenas empresas e estimular a geração de mais empregos no
Brasil.
A medida reajusta em 50% todas as faixas de tributação do Simples
Nacional, a partir de janeiro de 2012. Com isso, muitas empresas que
estavam enquadradas na faixa de maior contribuição passarão para uma
faixa em que pagarão menos tributos. O novo teto de enquadramento para a
pequena empresa sobe de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões; o da
microempresa aumenta de R$ 240 mil para R$ 360 mil; e o faturamento do
empreendedor individual passará de R$ 36 mil para R$ 60 mil ao ano. É
criado também o limite adicional de até R$ 3,6 milhões para as
exportações.
“Os micro e pequenos empresários representam um dos setores mais
importantes da nossa economia. São 5, 6 milhões de empresas, respondendo
por 77% do total de estabelecimentos no país. Apenas em Pernambuco,
quase 95% das empresas são micro e pequenas. Juntas, elas contribuem com
48% da mão-de-obra empregada no Estado”, defendeu o senador Humberto
Costa.
Durante a cerimônia, a presidente Dilma Rousseff enfatizou a
importância de o Congresso Nacional ter aprovado de forma rápida a lei
do Supersimples, em consonância com as políticas públicas necessárias
para o crescimento econômico do país e o enfrentamento da crise
internacional. “A Câmara dos Deputados e do Senado brasileiro demonstram
que o país está junto na luta pelo aumento da nossa robustez”, destacou
Dilma, lembrando de episódio recente no Congresso dos Estados Unidos.
“Nos países avançados, vimos a imensa dificuldade dos Congressos se
ligarem às realidades dos seus países. Vimos uma situação desagradável e
perigosa para o mundo que foi a discussão do teto da dívida no
Congresso Americano, o que reduziu o rating (nota de risco) daquele
país”.
O ministro da Fazenda, Guido Mântega, destacou a forma como o Brasil
vem enfrentando a crise financeira internacional. “O nosso modelo de
desenvolvimento privilegiou o crescimento com geração de emprego”.
Segundo o ministro, adotar medidas de austeridade fiscal e de estímulo
produtivo são fundamentais. A nova lei do Super Simples é uma dessas
iniciativas. “As micro e pequenas empresas são a base da nossa economia.
Elas têm um importante papel no estímulo à concorrência, geração de
emprego, renda e de divisas”.
Texto: Ines Andrade.
Foto: André Corrêa / Liderança do PT no Senado.
Foto: André Corrêa / Liderança do PT no Senado.
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