A viagem à Europa neste início de semana será bastante útil ao deputado João Paulo, que está precisando esfriar a cabeça, bem distante do palco dos acontecimentos, para decidir seu futuro político até o dia 3 de outubro próximo. Se ficar no PT ele será obrigado a apoiar a reeleição do prefeito João da Costa, com quem rompeu politicamente e não admite reconciliação. E se for para outro partido terá a obrigação de ser candidato. Em linguagem popular, se ficar o bicho pega e sair o bicho come.
É possível que o próprio João Paulo ainda não tenha claro na cabeça que destino deverá tomar visando às eleições do próximo ano. Ele está isolado dentro do PT, porque, diferentemente do senador Humberto Costa, por exemplo, nunca participou de tendências dentro do partido. O seu grupo restringia-se a ele próprio, ao prefeito João da Costa (antes do rompimento político), ao vereador Múcio Magalhães e à ex-secretária Lygia Falcão. Com o prefeito agora fora do grupo, o quarteto virou trio.
João Paulo passou a admitir com mais intensidade a possibilidade de sair do PT alegando que está sem “ambiente” para ficar no partido. E tem várias legendas a sua disposição. Porém o seu maior problema não é simplesmente a troca de partido e sim ser candidato a prefeito contra João da Costa, que foi pinçado por ele dentro do PT para ser o seu sucessor na prefeitura. O PTB o receberia de braços abertos. Mas será que o senador Armando Monteiro o lançaria candidato sem o aval o governador?
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