por Cláudia Parente,
da coluna JC nas Ruas.
Assassinato em massa no Rio de Janeiro, estupro em série no Recife. A violência, que nunca esteve ausente, parece ter recrudescido com força total. E elevou o nível de preocupação com a juventude, historicamente vítima preferencial de homicídio em Pernambuco.
Embora tenhamos perdido a dianteira nos últimos anos, ainda somos o terceiro Estado onde mais se mata jovens de 15 a 24 anos. Somente nos três primeiros meses deste ano foram 71 assassinatos de menores de 18 anos. Aliando esses dados aos pequenos delitos praticados em escolas, dá para perceber que a juventude está no olho do furacão.
Na escola, onde deveriam receber educação formal, jovens perderam o respeito pelo professor por não ter referencial de autoridade. A primeira instituição que deveria zelar pela formação deles, a família, está agonizante e a igreja já não exerce mais a influência que tinha no passado.
Muitos meninos e meninas da periferia estão como um rebanho sem pastor. Nesse momento não é possível dispensar medidas de segurança para protegê-los e até mantê-los sob controle. Mas só um grande investimento em educação pode evitar a perda dessa geração.
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