DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

FHC só quis acordar a Oposição

O Brasil é um país incrível, onde o sujeito corre o risco de ser criticado por escrever ou dizer coisas óbvias. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República e o maior líder político do PSDB, sem contar que ostenta também o título de um dos maiores sociólogos do mundo, foi atacado por muita gente do seu partido, PPS e DEM porque escreveu esta obviedade: em vez de perder tempo tentando conquistar o “povão”, os tucanos deveriam ir atrás das classes médias, que estão órfãs.

O texto do ex-presidente foi o seguinte: “Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos. Isso porque o governo ‘aparelhou’, cooptou com benesses e recursos as principais centrais sindicais e os movimentos organizados da sociedade civil e dispõe de mecanismos de concessão de benesses às massas carentes mais eficazes do que a palavra da oposição”.

Algo de novo nisto? Em absoluto. Trata-se de um depoimento corajoso e verdadeiro de quem governou o Brasil durante oito anos e nunca deixou de estudar os nossos fenômenos sociais com a intenção de “acordar” o PSDB para uma realidade palpável. No entanto, a fração oposicionista que nunca entendeu os motivos da elevada popularidade do presidente Lula e sempre a encarou como um falso fato, interpretou o artigo como uma “rendição” e não (o seu real sentido) como uma contribuição ao debate.

Partido 1 – A senadora Kátia Abreu (TO) será mesmo a futura presidente do PSD assim que o partido obtiver o registro definitivo no TSE. Ela fez dura oposição ao governo Lula, mas agora está mais maleável. Já fora do DEM, diz que a oposição não significa “empresa de demolição”.

Partido 2 - O DEM reuniria ontem em Brasília a sua direção nacional, mas adiou a reunião para hoje para não enfrentar a “concorrência” do ex-filiado Gilberto Kassab. Vão estar presentes o governador Raimundo Colombo (SC), já com um pé no PSD, e o ex-senador Marco Maciel.

É da paz – O ex-prefeito de Gravatá, Joaquim Neto (PSDB) rompeu politicamente com o seu sucessor, Ozano Brito (PSDB), mas está evitando dar publicidade ao fato. Ele não fala sobre a eleição de 2012 alegando que, no momento, sua cabeça está voltada para outros assuntos. Lá para março ou abril do próximo ano, se for o caso, abrirá o debate sobre a sucessão municipal.

A ternura - Muita gente no PR criticou o deputado Anderson Ferreira por ter dito que o partido não foi ouvido sobre o apoio a João da Costa nem sobre a indicação do ex-deputado José Marcos para a Secretaria de Saneamento. Para o bom entendedor, basta. Anderson quer ser “ternurado” pelo prefeito, que aparentemente não dá atenção a seu irmão, André, vereador pelo PMDB.

Luta vã – Há quem considere inócua a luta do presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, pela extinção do “auxílio paletó” que é pago aos deputados estaduais no início e no encerramento de cada legislatura, porque se ele for declarado inconstitucional será recriado com outro nome.

A oração – Católico, apostólico, romano, o ex-prefeito João Mendonça (Belo Jardim) foi visto ontem numa Igreja do Recife rezando pela saúde do tio, José Mendonça, que pegou uma infecção hospitalar, no Recife, e foi transferido anteontem para o Hospital Sírio Libanês (SP).

A reforma – Estudo preliminar realizado pela Empetur indica que o Teatro Guararapes pode ser ampliado de 2.500 para 3.400 lugares com uma simples mudança na posição das cadeiras. O secretário Alberto Feitora (turismo) e o presidente André Correia (Empetur) já cuidam disto. O Centro de Convenções, construído há quase 40 anos, terá também heliponto e edifício garagem.

O otimista – Majoritário em Catende para deputado estadual, Aloísio Lessa (PSB) declara-se convicto de que desta vez há “vontade política” dos governos estadual e federal, dos Poderes Legislativo e Judiciário, e do Banco do Brasil, para darem uma solução à Usina Catende, cujo passivo é de R$ 400 milhões.

A renúncia – Abalado pela morte da esposa e com graves problemas coronarianos, o prefeito de São José do Egito, Evandro Valadares (PSB) quis renunciar ao mandato, 2ª passada, na presença de Eduardo Campos, que foi ao sepultamento dela. Mas o governador o convenceu a cumprir o mandato integralmente.

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