“Não entenderam nada”, dizia ao telefone, nesta quarta (13). Um dos interlocutores de FHC contou ter ouvido dele: “Não leram e não gostaram”.
Abespinhado com a “incompreensão”, FHC lamuriou-se: “Não sou maluco de pregar que o meu partido esqueça o povão”.
No pedaço do artigo que acendeu as faíscas, FHC anotou:
“Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos”.
Escreveu que PSDB e Cia. devem “dirigir suas mensagens prioritariamente” aos setores de classe média, incluindo a “nova classe média”.
Ao explicar-se, disse que seu artigo não tratou de eleição, mas de estratégia política.
Acha que seus críticos negligenciam o trecho em que escreveu que o redirecionamento da mensagem oposicionista deve ser feito “sobretudo no período entre as eleições”.
Uma fase em que, esclarece no artigo, “os partidos falam para si mesmo, no Congresso e nos governos”.
A reação dos pseudoaliados à peça de FHC como que resume o drama da oposição.
É de perguntar: se não conseguem comunicar-se consigo mesmas, como as legendas oposicionistas vão dialogar com o eleitorado?
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