
A
população de Santa Cruz do Capibaribe, a 196 km do Recife, olha
enviesada para o governador Eduardo Campos, que além de ter agido tarde
no episódio do lixo hospitalar, não deixou ainda uma marca do seu
governo no município, que sofre pela precária infraestrutura de serviços
básicos. A maior promessa em campanha ainda não saiu do papel – a
duplicação de um trecho de apenas 9 km, ligando a sede do município ao
distrito de Pão de Açúcar, por onde escoa grande parte da produção de
sulanca.
Há
reclamações também em relação ao hospital regional, que funciona em
precárias condições, sem médicos suficientes, com falta de remédio e sem
UTI. Casos mais graves são levados para Caruaru e até Recife. “Ainda
não sei, sinceramente, o que esse governador fez por nós. Agora, ele vem
dar uma de bonzinho, de última hora, por causa do lixo que ele mesmo
permitiu que entrasse aqui”, reclama o comerciante José Neto Paixão, 53
anos.

Segundo
ele, há uma grita geral entre os sulanqueiros contra a rigorosa e
permanente fiscalização da Fazenda em cima dos pequenos sulanqueiros e
atacadistas. “Aqui, o Governo multa até carroça de burro”, reclama Pedro
de Oliveira, 42 anos, indignado com o que observa todos os dias,
principalmente nos dias de feira. “Eles invadem os nossos
estabelecimentos com uma arrogância repugnante e danam a nos multar”,
confessa Oliveira.
Os
comerciantes reclamam, ainda, da falta de água e de treinamento técnico
para formação de mão-de-obra especializada, por parte do Sesi e Senai. O
Estado, depois de pressão das lideranças municipal, resolveu instalar
na cidade uma escola técnica, sem previsão de conclusão.
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