DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Herói do Pan, Hoyama decide disputa por equipes e leva 10º ouro

Aos 42 anos, esse pode ser o último panamericano do mesatenista
Do Portal Terra

000_Mvd6082482.jpg

 
O Brasil conquistou o primeiro lugar na disputa do tênis de mesa por equipes dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Contando com participação decisiva de Hugo Hoyama, a equipe verde e amarela superou nesta segunda-feira os argentinos por 3 a 1 na decisão de melhor de cinco jogos disputada no Ginásio Code. Foi a décima medalha dourada dos Jogos para o mesatenista, que ampliou sua hegemonia como recordista de ouros entre os atletas brasileiros - o nadador Thiago Pereira, segundo colocado no ranking, soma oito.
No primeiro jogo de simples da final, Gustavo Tsuboi venceu o chinês naturalizado argentino Liu Song por 3 sets a 0, com parciais de 11/8, 12/10 e 11/8. Em seguida foi a vez de Thiago Monteiro superar Pablo Tabachnik apesar do susto na primeira parcial - 3 sets a 1 (8/11, 11/6, 11/8 e 11/6).
 
Hugo Hoyama acompanhou o primeiro jogo sentado ao lado da comissão técnica e vibrou discretamente a cada ponto brasileiro. A partir do segundo duelo o experiente mesatenista ficou de pé aquecendo, já com a raquete na mão. O experiente jogador, 42 anos, entrou definitivamente em ação para o terceiro jogo da final, formando dupla com Tiago Monteiro para enfrentar Gaston Alto e Song Liu. Se vencesse o jogo, o ouro já estaria garantido. Mas ainda não era hora. Os argentinos levaram o confronto por 3 a 1 (11/5, 10/12, 11/9 e 11/8).
Hugo Hoyama foi escalado para o quarto jogo de simples e não desperdiçou sua chance de ser protagonista. Bateu Pablo Tabachnik por 3 a 1 e vibrou muito. Além da décima de ouro, o mesatenista alcançou a marca de 15 medalhas pan-americanas no currículo.
 
O Pan de Guadalajara pode ter sido o último na carreira do mesatenista de 42 anos, que prefere ainda não anunciar oficialmente se vai batalhar para estar presente na edição de Toronto 2015. No Rio de Janeiro em 2007 ele chegou a dizer que era sua última participação, mas voltou atrás e competiu no México. Hoyama foi o porta-bandeira da delegação brasileira na festa de abertura de Guadalajara. Quando foi anunciado, dois dias antes, chorou de emoção. Ele disputa ainda a chave individual no México, com estreia marcada para esta terça-feira.
 
Amuleto
 
Hugo Hoyama lembrou do futebol e do seu clube de coração, o Palmeiras, depois de conquistar a medalha de ouro na categoria por equipes nesta segunda-feira, nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A vitória sobre o time argentino teve rivalidade tão acirrada como nos gramados e foi garantida enquanto o atleta usava uma espécie de amuleto: uma cueca com o escudo do clube paulistano.
 
"Como diz o ditado, até na bolinha de gude a gente quer ganhar da argentina. Mas o importante é que a amizade com os atletas deles permanece fora da mesa. Não tem catimba nem briga. Acho que o futebol tinha que ser assim. O futebol podia pegar o tênis de mesa como exemplo", apontou Hoyama, ao lembrar que, em seu time do coração, as críticas e cobranças têm extrapolado a esfera esportiva. A última crise no clube teve início quando o volante João Vitor foi agredido por torcedores na frente do clube.
 
"Tudo o que eu tenho visto sobre o Palmeiras nos últimos tempos, com o jogador apanhando de torcida, é muito triste. Acho que deve ser tudo levado na brincadeira. Eu tiro muito sarro quando o Palmeiras ganha, e também tiram muito sarro de mim quando ele perde. Acho que isso que é o divertido", opinou.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário