
Quem apaga a luz?
O
troca-troca partidário, aberração da legislação eleitoral brasileira,
provoca cisões na base do Governo, estressa políticos oportunistas e
lideranças que olham para 2012 como etapa decisiva para 2014. Mas,
nenhum outro partido sai mais prejudicado pelos arrumadinhos e as
brechas na lei do que o DEM.
Pelo
andar da carruagem, em Pernambuco só o grupo Mendonça, já tão golpeado
depois da morte do seu líder, o ex-deputado José Mendonça Bezerra,
resistirá na legenda para preparar o seu funeral. Ontem, perdeu mais um
prefeito, Elias Lira, de Vitória de Santo Antão, que militou no partido
desde a época do PDS.
Tentei
enumerar os prefeitos que restam ainda no partido e só consegui
identificar Marco Coca Cola, justamente de Belo Jardim, santuário
eleitoral dos Mendonça. Triste fim para uma legenda que já reinou
absoluto no Estado no passado abrigando o maior número de deputados,
prefeitos e vereadores.
Além
dos Mendonça, quem ficará para apagar a luz? Marco Maciel e Gustavo
Krause, sem mandatos e lideranças que enfrentam um processo irreversível
de decadência. Como na vida, a política gira feito uma roda. Existem
fases de alto e de baixo. É uma gangorra, como dizia Agamenon Magalhães.
Como
tudo na vida também tem um fim, com o DEM não seria diferente. Maciel,
Krause e Mendonça Filho entrarão para a história do funeral democrata.
Foram eles e o DEM vencidos pelo tempo, pela fadiga de material.
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