Jorge Araújo/Folha
O eleitor que gosta de acompanhar a propaganda eleitoral eletrônica será submetido a uma novidade nos próximos dias.
Por decisão do TSE, a campanha de José Serra vai ocupar três minutos da publicidade de Dilma Rousseff.
Serão dois minutos na TV –um à tarde e outro à noite— e mais um minuto no rádio.
Reunidos em sessão plenária na noite desta terça (19), os ministros do TSE julgaram procedente pedido de resposta formulado pelos advogados de Serra.
No afã de grudar no rival a pecha de privatista, o comitê de Dilma levou ao ar um par de informações falsas.
Numa informou-se que, como ministro do Planejamento de FHC, Serra apôs as digitais no processo de privatização da CSN.
Em verdade, a Cia. Siderúrgica Nacional foi levada ao martelo em 1993. Presidia o país Itamar Franco. Serra não estava na Esplanada.
Noutra, trombeteou-se que, sob FHC, o tucanato privatizou 31 empresas em São Paulo. O número de logomarcas vendidas foi bem menor: nove.
Serra reivindicou a ocupação de um tempo maior. Pediu direito de resposta também para outro pedaço da propaganda de Dilma.
Um trecho em que a campanha da pupila de Lula sustentou que nenhum “grande” programa habitacional e de distribuição de renda foi feito na gestão FHC.
Neste caso, porém, exceto pelo ministro Marco Aurélio Mello, que acolheu o pedido, os outros seis ministros do TSE o indeferiram.
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