Ricardo Stuckert/ABr
Lula passou o dia no Rio. Lançou um navio ao mar e entregou casas populares erigidas com verbas do PAC.
Num de seus discursos, disse que deixará para o sucessor um país de economia pujante, em alta velocidade.
"Estaremos como na Fórmula 1, correndo a 150, 160 por hora numa curva. Acho que quem pegar esse país vai pegar embalado e só tem que tocar e fazer coisas novas".
Vestido de presidente, tentou dissociar a agenda oficial do papel de cabo eleitoral que decidiu desempenhar em sua própria sucessão.
"Não posso deixar de governar o Brasil por conta das eleições. Não é a primeira casa que inauguro, não é o primeiro navio que eu venho”.
Comparou-se ao rival José Serra, que deixou o governo de São Paulo em abril:
"[...] O vice dele [Alberto Gondman] deve estar inaugurando. Não deve ter muita coisa, mas tem, está lá. Cada um nada de acordo com a profundidade do mar".
De sua parte, pretende entregar obras até a última virada do ponteiro. Fez piada com os repórteres:
"Tenho até 31 dezembro, e vocês vão se surpreender. No dia 31, quando vocês estiverem tomando champagne ao meio dia, estarei inaugurando obra nesse país".
A despeito do esforço de Lula para dissociar o oficial do eleitoral, a cerimônica de encrega de casas foi ensopada de 2010.
Ao final, um grupo de dez operários agitou uma bandeira com o nome da pupila de Lula. Entoraram: “Dilma, Dilma, Dilma...”
Na abertura, o prefeito do Rio, o ex-tucano Eduardo Paes, dissera em discurso que é chegada a "hora das mulheres" no poder.
Nas pegadas de Paes, foi ao microfone o governador Sérgio Cabral. Volando-se para Lula, afagou:
“Nunca vi ninguém escolher [tão] bem uma companheira de trabalho”.
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