DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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domingo, 31 de outubro de 2010

Eleita, Dilma deve indicar Palocci como ministro, diz especialista

Mesmo antes do início da campanha eleitoral, quando a petista Dilma Rousseff ainda aparecia atrás de José Serra (PSDB) nas pesquisas de intenções de voto, o cientista político Alberto Almeida, que é presidente do Instituto Análise e autor do livro “A cabeça do brasileiro”, já acreditava em uma vitória dela, baseado na aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva e na transferência de votos que se daria a partir disso.

Agora, com a eleição da petista neste domingo, Almeida faz outra previsão, desta vez sobre como Dilma deve montar o seu governo. Para ele, o ex-ministro Antônio Palocci deve ser o escolhido da primeira mulher eleita presidente do Brasil para ocupar o posto de ministro-chefe da Casa-Civil.

De acordo com o cientista político, Palocci é o principal “elo” entre Dilma e Lula e reconhecido como responsável pelo sucesso da primeira gestão do presidente. Almeida não acredita que o caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa possa interferir na nomeação do ex-ministro da Fazenda. Em agosto de 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que não existiam provas contra Palocci e absolveu o ex-ministro da acusação de ser o mandante da quebra de sigilo.

“Isso é uma coisa que passou, Palocci se manteve um grande período no limbo por causa disso e está conseguindo se recuperar, pelo que parece, o período de penitência dele está chegando ao fim”, argumenta. Ele ressalta que, com a nomeação de Palocci para a Casa Civil, Guido Mantega deve ser mantido no Ministério da Fazenda. Almeida cita Luciano Coutinho, atual presidente do BNDES, e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), como prováveis membros do primeiro escalão de Dilma.

“Paulo Hartung [pode ser um dos ministros] porque ele é do PMDB, mas agradaria também o PSB porque ele apoiou o candidato da sigla para governador”, comenta Almeida. Ele ainda aponta o ex-deputado Moreira Franco (PMDB) como um dos possíveis membros do ministério do próximo governo.

Na opinião do especialista, não se deve esperar do governo Dilma uma gestão “catastrófica” do ponto de vista econômico. “O governo Dilma não tende a ser uma catástrofe como muitos acham. O que existe ali é um grupo governante dentro do qual a Dilma é apenas uma representante e o cujo principal líder é o Lula e vai continuar sendo. Este grupo não tem nenhum incentivo para fazer, do ponto de vista econômico, coisas erradas. Eles vão manter, no meu entender, o mesmo caminho econômico no qual o país se encontra hoje”, cita Almeida.

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