DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dirceu e Paulo Preto vão ao TSE contra Serra e Dilma

O ex-ministro José Dirceu e o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza protocolaram um par de ações no TSE.

Dirceu pede direito de resposta contra a propaganda eleitoral de José Serra. Quer que lhe sejam concedidos 24 minutos.

Paulo Preto, como é chamado o ex-gestor da Dersa, reivindica a mesma coisa, só que contra a propaganda de Dilma Rousseff. Deseja 2min30s.

Os dados sobre as representações de Dirceu e de Paulo Preto foram levadas à página do TSE na web tarde da noite. Uma à 00h. Outra à 00h20.

Os dois processos foram à mesa do ministro Henrique Neves (foto acima). Em casos análogos, o ministro revelou-se ligeiro nas decisões.

Na sua petição, Dirceu alega ter sido ofendido em 24 inserções levadas ao ar na TV pela campanha de Serra. Pede um minuto para cada peça.

Réu no processo do mensalão, Dirceu reclama que a publicidade tucana o apresenta como “membro de quadrilha”, como se já houvesse sido condenado.

Afirma que o qualificativo ofende-lhe a honra e a imagem, direitos inscritos na Constiuição. Alega que os danos alcançam seus “familiares e amigos”.

Acusa o comitê tucano de difundir uma mentira. Na TV, a campanha de Serra diz que Dilma Rousseff foi testemunha de Dirceu no processo do mensalão.

Em verdade, afirma o ex-ministro petista, Dilma foi arrolada como testemunha do deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), aliado de Serra.

E quanto a Paulo Preto? Ele reclama da reprodução na propaganda televisiva de Dilma de reportagem veiculada em 18 de agosto pela revista ‘IstoÉ’.

Trata-se da notícia em que foi apresentado como coletor das arcas eleitorais de José Serra. No texto, é acusado de ter sumido com R$ 4 milhões do caixa dois.

Paulo Preto alega que “o fato é falso”. Afirma que não arrecadou junto a empreiteiros verbas para “nenhuma campanha”.

Informa na petição que ajuizou “queixa crime” contra os jornalists que assinam a reportagem e contra dois dirigentes tucanos citados como fontes da notícia.

Paulo Preto contesta outra informação martelada por Dilma e pelo PT: a de que figura no inquérito da Operação Castelo de Areia como beneficiário de propinas.

Diz que não foi “indiciado em inquérito policial” resultante dessa operação. Esquivou-se de mencionar que a operação encontra-se paralisada.

Deve-se a suspensão dos processos e ações decorrentes da Castelo de Areia a uma liminar do STJ. Discute-se no processo a legalidade dos grampos feitos pela PF.

O processo corre na 6ª turma do STJ. Foi a julgamento há dois meses. Mas o veredicto foi adiado pelo pedido de vista de um dos ministros da turma.

Noutro processo, Paulo Preto é acusado de receptação de jóia roubada. O fato também foi explorado na propaganda de Dilma.

Na petição protocolada no TSE, o ex-diretor da Dersa informa que, neste caso, obteve liminar que resultou no trancamento da ação penal.

Paulo Preto, ao acusá-lo de estelionatário e de provedor de caixa dois, a campanha de Dilma feriu a Lei Eleitoral, que veda a difusão de fatos inverídicos e ofensivos.

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