DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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sábado, 30 de outubro de 2010

O que a Petrobras não faz por Dilma...


Foto: / Gabriel de Paiva

Danielle Nogueira, O Globo

Na reta final para o segundo turno das eleições, o setor de petróleo brasileiro viveu uma intensa agenda de divulgações, com destaque para anúncios feitos por Petrobras e Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A semana começou com a divulgação dos projetos sociais e ambientais que receberam patrocínio da Petrobras e terminou nesta sexta-feira com o anúncio pela ANP da estimativa de volume recuperável de óleo de Libra, área localizada no pré-sal da Bacia de Santos.

Segundo a agência, o volume pode variar bastante: de 3,7 bilhões a 15 bilhões de barris de petróleo. Ou seja, 305%. No cenário mais otimista, Libra se tornaria o maior campo já descoberto no Brasil, com praticamente o dobro das reservas estimadas para Tupi (de até oito bilhões de barris), também situado no pré-sal da Bacia de Santos.

Os anúncios incluíram ainda a descoberta de uma nova fronteira exploratória, no litoral de Sergipe, onde a Petrobras encontrou petróleo em águas ultraprofundas, e a entrada em operação do navio-plataforma Cidade de Angra dos Reis, em Tupi, com o qual a produção no campo, hoje em teste, se tornará comercial.

Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a sujar as mãos de petróleo, repetindo o gesto do então presidente Getúlio Vargas no início dos anos 50, e afirmou que o século XXI será a vez do Brasil.

Na opinião de especialistas, a sucessão de eventos mostra claramente a "instrumentalização política" de Petrobras e ANP num contexto de corrida eleitoral.

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