DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Lema de Dilma Rousseff no 2º turno: bateu, leva

Brasília - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, usou ontem um jogo de palavras para afirmar que sua campanha não está mais agressiva, embora a mudança de estratégia tenha sido definida pelo governo e por dirigentes do PT pouco antes do debate, no domingo, com o concorrente do PSDB, José Serra, na TV Clube/Band. Ao participar ontem de uma atividade com mães e crianças, em Brasília, Dilma disse que a campanha, agora, é mais "assertiva" porque ela decidiu reagir ao que chamou de "central de boatos".

"Eu fui atacada de forma clara. Há um mês, a fala da senhora Mônica Serra contra mim foi, de fato, um absurdo notório. Ela dizia: 'Dilma é a favor de matar criancinhas'", afirmou a candidata do PT, pouco antes de conversar com meninas e meninos, em homenagem ao Dia das Crianças.

Dilma se referia à reportagem, segundo a qual a mulher de Serra tentou demover um eleitor evangélico de votar nela. Ao visitar Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no dia 14 de setembro, Mônica afirmou ao vendedor ambulante Edgar da Silva, de 73 anos, que a petista era a favor do aborto e, portanto, de "matar criancinhas". "Minha diretriz é conversar com a população, de fato. Não só ir para eventos, para agitação de bandeiras", comentou Mônica, à época, ao explicar como fazia campanha para Serra.

Freio de arrumação - O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse que Dilma "não vai apanhar calada" no segundo turno. Na avaliação do Palácio do Planalto e do comitê petista, a estratégia mais incisiva de Dilma no debate da TV Bandeirantes foi acertada. "É hora de dar um freio de arrumação", argumentou Dutra. "É inadmissível que um país moderno, como o Brasil, seja pautado por temas da Idade Média."

Antes de segurar crianças no colo e de observar um "varal" com desenhos de garotos que rabiscaram o seu nome ao lado da inscrição "Lula", Dilma Rousseff disse que o Brasil precisa mobilizar a sociedade em torno de uma campanha de adoção. "Hoje, as crianças acima de 7 anos são adotadas, dominantemente, por europeus, americanos e japoneses, e nãopor brasileiros. Nós temos de fazer alguma coisa", insistiu a candidata do PT.

Na segunda-feira, menos de 24 horas depois do debate na TV Clube/Band em que subiu o tom da disputa eleitoral, Dilma manteve o discurso agressivo contra José Serra. No primeiro comício em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ao lado da petista neste segundo turno, em Ceilândia, a presidenciável atacou o que chamou de divisão do país imposta pelos tucanos entre ricos e pobres. "Eles têm uma visão de um Brasil de poucos, e nós queremos um Brasil de 190 milhões", acusou..

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