Depois de dominar um pedaço da campanha de 2010, a religião se imiscuiu na primeira semana de trabalho da nova presidente.
Dilma Rousseff promoveu ajustes no mobiliário do gabinete que herdou de Lula. Os repórteres notaram também o sumiço de duas peças.
Desapareceu o crucifixo da foto ao lado, que Lula mandara pendurar na parede.
Evaporou a Bíblia que o antecessor mantinha sobre a mesa de trabalho.
A coisa virou notícia. E, com a rapidez de um raio, o Planalto cuidou de prestar os esclarecimentos.
Informou-se que o crucifixo, presenteado a Lula, pertence a ele, não à Presidência. Foi para São Bernardo, no caminhão de mudança.
Quanto à Bíblia, encontra-se agora numa sala contígua ao gabinete presidencial, noutra mesa.
Diz-se que já estava lá quando Dilma chegou para seu primeiro dia de trabalho, na segunda (3).
Em campanha, Dilma reformulou o discurso sobre o aborto e revelou-se uma cristã jamais suspeitada. Assumiu compromissos com pastores e padres.
Os opositores puseram em dúvida a conversão de Dilma. Bobagem. Por que alguém que já aceitou José Sarney não aceitaria Jesus?
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