Por: *Maurílio Ferreira Lima
O Brasil assiste horrorizado à tragédia do Rio de Janeiro. E busca-se um culpado para ser escalpelado. As catástrofes naturais são inevitáveis. Na Itália, existem os restos petrificados de Pompéia, mas esse museu macabro não evitou que uma população mais numerosa do que a desaparecida more hoje nas encostas do vulcão Vesúvio, podendo algum dia ser destruída.
Recentemente tivemos as erupções vulcânicas no Chile e o Japão convive muitos tremores de terra. A população de Los Angeles e São Francisco, nos Estadis Unidos, mora em cima da Fenda de Andrews e todos sabem que essas duas metrópoles vão desaparecer, com trilhões de dólares de prejuízo.
Algumas catástrofes naturais destruíram duas vezes a vida na face da Terra, com o choque de asteróides há 220 milhões de anos e há 60 milhões de anos, quando desapareceram os dinossauros. Sobraram as baratas e crocodilos e, por duas vezes, a vida renasceu.
As chuvas no Rio, como a seca no Nordeste, são inevitáveis. Em cidades como São Paulo as inundações são uma imoralidade porque cidades maiores que ela têm mais rios e não têm inundações. No Rio, a população que não tem onde morar vai para as encostas, desmatam tudo. Só a totalidade do efetivo da PM poderia na base do cassetete retirar essa população e evitar uma reocupação.
Nenhum governo tem condições de fazer isso nem há recursos para pagar a conta. Portanto não há um culpado. No Brasil, enquanto houver miséria o pobre vai morar onde pode. E o mais fácil é na encosta dos morros. Sempre que chover muito, a história vai se repetir.
*Maurílio Ferreira Lima (PMDB) é ex-deputado federal (mauriliolima@globo.com).
DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Catástrofes naturais
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