DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Promotor denuncia tesoureiro do PT por quadrilha e lavagem


O promotor de Justiça José Carlos Blat anunciou perante a CPI da Bancoop na Assembleia Legislativa de São Paulo que denunciou criminalmente à Justiça o tesoureiro do PT João Vaccari Neto por supostos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, segundo o jornal O Estado de S.Paulo. Blat informou aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga fraudes na Cooperativa Habitacional dos Bancários de SP, criada por um núcleo do PT na década de 1990. Ele também requereu a quebra de sigilo bancário e fiscal de Vaccari. BLAT5.jpg

Promotor durante depoimento na CPI da Bancoop na Assembleia. Foto: Marcio Fernandes/AE

Vaccari foi diretor-administrativo da Bancoop e presidiu a cooperativa até março passado, quando afastou-se do cargo para assumir a função de tesoureiro do PT. O promotor investiga o caso Bancoop desde 2007. Na denúncia que apresentou hoje à Justiça, ele aponta “negócios escusos da Bancoop, durante a gestão Vaccari neto, inclusive relacionados a campanhas eleitorais”.

Blat suspeita que recursos que teriam sido desviados da cooperativa abasteceram campanhas do PT. O rastreamento de 8 mil cheques mostrou, segundo o promotor, “movimentações escandalosas, absurdas”. Ele citou despesas de um valor de 100 mil em um pagamento de estadias no hotel Grand Hyatt São Paulo em reservas feitas pela direção da cooperativa durante os GP de F-1 de 2004 e 2005. O promotor requisitou à direção do hotel quem se hospedou com recursos da Bancoop.

A investigação mostra ainda repasse de R$ 50 mil da Bancoop para um centro espírita. O Ministério público apura prejuízos que teriam atingidos pelo menos 3 mil cooperados. Além da quebra de sigilo, Blat pediu o bloqueio de bens de Vaccari e outros investigados, entre ex-dirigentes da Bancoop e empresários.

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