DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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domingo, 24 de outubro de 2010

PF nega escuta e investigará autor de suposta gravação

A Polícia Federal informou neste sábado que não fez escutas ambientais no gabinete do ex-secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. E mandou um recado: se as gravações forem clandestinas, sem autorização da Justiça, os responsáveis vão responder por isso.

A PF pode abrir inquérito para apurar o caso, mas ainda não confirma oficialmente. O próprio Tuma é visto como interessado e potencial autor dos registros.

Em entrevista à "Folha de S. Paulo", Tuma disse suspeitar de que a PF plantou gravadores em sua sala no Ministério da Justiça e que desconhece se houve aval da Justiça. Ele explicou que os diálogos não integram o inquérito que apurou sua participação em esquema para facilitar a concessão de passaportes a chineses ilegais.

O episódio custou o cargo do então secretário, que deixou o Ministério da Justiça depois de semanas resistindo à exoneração. Ele saiu fazendo ameaças ao Planalto.

Questionada, a PF informou, por sua assessoria, que nunca fez escutas ambientais no gabinete de Tuma, tampouco grampos tendo ele como alvo. Segundo a corporação, o ex-secretário foi flagrado indiretamente quando conversava por telefone com os verdadeiros investigados de uma de suas operações.

As supostas escutas feitas no gabinete mostram o atual secretário Nacional de Justiça, Pedro Abramovay, reclamando a Tuma, antes de substituí-lo no cargo, da pressão da candidata Dilma Rousseff (PT) e do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, para produzir dossiês.

Em nota, Abramovay sustentou neste sábado que as gravações são clandestinas.

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