DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Reino da impunidade


Um rombo de R$ 51 milhões nas contas da Fundarpe, a estatal do Governo de Pernambuco que cuida de promover a cultura, teve, ontem, um desfecho chinfrim: apenas uma multinha de R$ 13 mil para a então gestora Luciana Azevedo.
Apesar do escândalo – o maior da gestão socialista em cinco anos – ter chocado a sociedade, principalmente quem mexe com shows e promoções culturais – e que por isso mesmo compreende a dimensão do caso – o Tribunal de Contas seguiu o voto do relator João Campos, que vem a ser primo legítimo do governador Eduardo Campos.
Além da multa simbólica, o relator exigiu a devolução de R$ 3 milhões por parte das produtoras, responsabilizou doze servidores da Fundarpe, 26 sócios de empresas e 16 firmas de eventos. Ora, se saíram R$ 51 milhões pelo ralo em processos comprovados, objetos de amplo noticiário e investigações por parte do próprio TCE, não dá para entender que dessa dinheirama toda o gato tenha comido apenas R$ 3 milhões.
 Por muito menos, o escândalo na Secretaria de Turismo, com os mesmos ingredientes, provocou a queda do ex-secretário Sílvio Costa Filho e de todo o comando da Empetur. O Brasil é um País surrealista, permite que parentes próximos ao status quo julguem processos cabeludos. É por essas e outras que as instituições andam enfraquecidas e desmoralizadas, patrocinadoras, na verdade, do reino da impunidade que se observa no País.

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