Até ontem, os políticos pernambucanos não sabiam direito qual a posição do PSDB sobre a eleição do Recife. Ora se dizia que o presidente Sérgio Guerra assumira um compromisso, lá atrás, com a candidatura do ex-deputado Raul Jungmann, ora que convidara Mendonça Filho para entrar no partido com o compromisso de apoiá-lo, ora que teria atraído o deputado Daniel Coelho para os quadros da legenda com promessa de fazê-lo candidato à sucessão do prefeito João da Costa.
No período da tarde, todavia, apareceu um fato novo que pode alterar os rumos da sucessão. É a pré-candidatura do deputado federal Bruno Araújo, o mais promissor quadro do partido em Pernambuco e um dos mais bem articulados do Congresso Nacional. Ele recebeu estímulo da “tropa de choque” do senador Aécio Neves para entrar na disputa, em obediência à estratégia política do partido que é concorrer com chapa própria em todas as cidades do país com mais de 200 mil eleitores.
Bruno já tinha conversado com Sérgio Guerra sobre esta possibilidade, antes do recesso parlamentar, e perguntou-lhe de que tempo disporia para uma tomada de decisão. “Até 15 de agosto”, respondeu-lhe o presidente do partido. O jovem deputado caiu em campo para ouvir a opinião de amigos, correligionários e familiares e 90% deles são favoráveis à sua candidatura a prefeito do Recife por uma razão elementar: mesma que perca a eleição, terá se transformado num quadro majoritário.
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