Sem conseguir levar o senador eleito Jader Barbalho (PMDB) para o comício, Lula disse que Dilma é vitima de acusações insufladas por parte de uma elite que, no passado, ficou contra ele e contra figuras ilustres da História política brasileira, como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e João Goulart.
Irônico, ele tripudiou das promessas do tucano José Serra , entre elas o reajuste de 10% para as aposentadorias e aumento do salário mínimo para R$ 600.
- São promessas de um candidato Xuxa: na campanha, dá beijinho, beijinho e, depois de eleito, é tchau, tchau - criticou Lula.
No discurso, Lula foi enfático e apelou para que os militantes do Pará e de todo o Brasil ocupem as ruas até 31 de outubro. Repetindo que as elites são responsáveis pelas acusações injustas a Dilma, Lula disse que estão transferindo para a petista o ódio acumulado contra ele.
- As acusações que estão fazendo a ela é de uma parte da elite que fazia as mesmas acusações ao Ulysses, ao Tancredo Neves, às Diretas Já, a mim em 89, a mim em 94, a mim em 98, fizeram em 2006 e agora estão fazendo contigo a mesma coisa. Essa gente não se conforma que um torneiro mecânico faça mais e melhor que eles. Estão transferindo para você o ódio que acumularam contra mim - afirmou Lula, sem citar o nome de Serra em nenhum momento.
Tanto Lula quanto Dilma evitaram, nos discursos, abordar temas polêmicos como aborto e religião. Mas o PT levou para o palanque o pastor Samuel Câmara, da Assembleia de Deus, e políticos ligados aos evangélicos, como o senador Magno Malta (PR- ES). Dilma evitou a palavra "aborto", mas citou Deus em seu discurso.
- Serei eleita se Deus quiser e a força de vocês me conduzir.
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