DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Panfletos contra Dilma e PT distribuídos em SP e MG




Um panfleto atribuindo posições pró-aborto do PT ao governo federal, ao presidente Lula e à presidenciável petista Dilma Rousseff foi distribuído nesta terça-feira em uma missa campal em homenagem a Nossa Senhora de Aparecida em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A missa foi comandada pelo arcebispo metropolitano de BH, dom Walmor Azevedo.

O texto afirma que o PNDH3 (3º Plano Nacional de Direitos Humanos) "foi assinado pelo atual presidente e pela ministra da Casa Civil, na qual se reafirmou a descriminalização do aborto, dando assim continuidade e levando às últimas consequências esta política antinatalista de controle populacional, desumana, antissocial e contrária ao verdadeiro progresso do país".

O panfleto, datado de 26 de agosto deste ano, termina recomendando que os brasileiros, "nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto".

O texto --chamado "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras"-- é assinado pelos bispos que comandam a Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), responsável pelo Estado de São Paulo. Está publicado no site da regional desde agosto. A regional é presidida pelo bispo de Santo André (SP), dom Nelson Westrupp. Ninguém da CNBB paulista foi encontrado para comentar o assunto.

Os quatro homens que distribuíram os papeis em Contagem disseram não serem ligados formalmente à igreja ou a partidos, definindo-se apenas como católicos. Eles defenderam o voto em José Serra (PSDB) e fizeram críticas a Dilma e ao PT.

No início da missa, um apresentador alertou que a arquidiocese de BH não tem relação com o panfleto. Após a missa, dom Walmor disse à Folha que a CNBB não tem posição oficial contra candidatos e que os eleitores têm liberdade de escolha. Na homilia, ele comentou a eleição, mas sem citar candidatos.

A CNBB nacional, por meio de assessoria, ressaltou que só a Assembleia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência falam em nome da entidade. Em nota na semana passada, afirmou: "Reafirmamos que a CNBB não indica nenhum candidato, e recordamos que a escolha é um ato livre e consciente de cada cidadão".


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