Na
longa conversa que teve, ontem, em São Paulo, com o ex-presidente Lula,
Armando Monteiro Neto (PTB) saiu convencido de que se depender da
vontade dele e da cúpula nacional, o PT apoia sua candidatura a
governador.
No
Estado, os principais dirigentes têm defendido candidatura própria,
principalmente os candidatos a presidente do diretório estadual em
eleição marcada para o próximo domingo. O problema, entretanto, esbarra
em nomes.
O
partido só conta com a alternativa João Paulo, com densidade eleitoral
apenas no Recife e parte da Região Metropolitana. A partir da Zona da
Mata e adentrando pelo Agreste e Sertão, João não existe.
Já
Armando, segundo as últimas pesquisas, lidera em todas as regiões do
Estado, sendo, hoje, o nome mais competitivo para enfrentar o candidato
da base governista, ainda desconhecido. Lula não fez segredo a Armando,
até porque a sua posição, amplamente favorável a uma aliança PTB-PT, já é
pública.
Recentemente,
o ex-presidente defendeu o apoio do PT à candidatura de Armando. A tese
de segmentos do PT pernambucano, a começar pelo senador Humberto Costa,
na defesa de candidatura própria, é sustentada em cima do duvidoso
argumento de que uma terceira candidatura evitaria a polarização
PSB-PTB.
E
provocaria, naturalmente, um segundo turno, no qual, aí sim, o PT, no
caso de Armando ter mais votos do que João Paulo apoiaria a candidatura
do senador. Mas Lula disse a Armando que se há uma tendência de Dilma
ser reeleita no primeiro turno, isso teria forte influência nos Estados
para a fatura também ser liquidada na primeira etapa em favor do
candidato a governador da mesma aliança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário