Ex-presidente Lula na festa dos 31 anos do PT- Foto: / André Coelho
Leila Suwwan e Tatiana Farah, O Globo
Após um mês de férias, Luiz Inácio Lula da Silva voltou com força ao cenário político.
Embora cercados de cautela, seus primeiros passos como ex-presidente não têm sido tímidos. Enquanto a sede de seu instituto não fica pronta - a inauguração está prevista para abril em um imóvel na região do Ibirapuera, na capital paulista -, aproveita para fazer viagens internacionais e cuidar de articulações, nos bastidores, sobre temas nacionais, como a negociação do salário mínimo.
Lula está cercado de assessores que primam pela discrição, como Clara Ant, Paulo Okamoto e Luiz Dulci.
Oficialmente, o formato da vida pós-mandato e o modelo de atuação pública do ex-presidente ainda estão sob estudo. Mas, como Lula não consegue evitar os holofotes, a única regra fixada, por enquanto, é não roubar espaço de sua sucessora, Dilma Rousseff. As conversas com a atual presidente têm sido frequentes.
- Ele (Lula) está com muita dúvida. Qual o problema do Lula? É, de maneira alguma, entrar na paralela. É tomar o cuidado extremo de nada fazer que signifique uma intervenção, um poder paralelo no governo Dilma. É a consciência de que ele não deve fazer nada que atrapalhe, que tire a centralidade do governo da Dilma. Não é um problema com ela, porque ela tem um carinho e uma dedicação total a ele. De outro lado, ele quer ver como é que ele ajuda - explica o ministro das Relações Institucionais, Gilberto Carvalho.
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