DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Assembléia do PR tinha três ‘escutas’ e um ‘grampo’

Paixão

Sob nova direção, a Assembléia Legislativa do Paraná, palco de escândalos milionários, passou por uma varredura no final de semana.

No sábado (5), descobriram-se três escutas ambientais ilegais. No domingo (6), detectou-se um grampo telefônico clandestino.

Encomendado a uma empresa privada, a Embrasil, o esquadrinhamento do aparato de espionagem que monitora a Assemlbéia prossegue nesta semana.

As escutas ambientais já descobertas estavam sobre as placas do forro. Duas em salas de reuniões da presidência da Assembléia.

A terceira, na sala que abriga a primeira-secretaria, responsável pela administração do Legislativo estadual.

O grampo havia sido implantado numa linha telefônica instalada numa das salas do presidente da Assembléia. Fica ao lado do plenário.

O aparelho costuma ser utilizado por deputados estaduais durante as sessões. A escuta encontrava-se ativa. Desde quando? Por ora, não se sabe.

Deve-se o pedido de varredura ao novo presidente da Assembléia paranaense. Chama-se Valdir Rossoni (PSDB). Foi eleito em 1º de fevereiro.

Antes da eleição, o deputado Rossoni fora procurado por ex-seguranças da Assembléia. Afastados, cobravam a recontratação. Não foram atendidos.

Sob a alegação de que os seguranças o ameaçavam, Rossoni requereu ao governo do Estado o envio de policiais militares à Assembléia.

O pedido foi deferido pelo governador Beto Richa, tucano como Rossoni. E, na madrugada de quarta (2) da semana passada, a PM ocupou o prédio.

Os achados do final de semana resultarãoá na abertura de um inquérito policial. Deseja chegar aos responsáveis pela bisbilhotagem.

No dizer do deputado Rossoni, o Legislativo tornou-se “o palácio dos grampos”. Ele acrescentou: “Não tenho o que dizer, apenas lamentar”.

Atribuiu a espionagem às “forças estranhas que não queriam entregar o poder”. Corre em paralelo uma auditoria nas contas da Casa.

Os malfeitos pupulam. No seu desdobramento mais recente, o escândalo levou às manchetes notícia sobre supersalários pagos a 38 servidores fantasmas.

Os fantasmas mais afortunados beliscaram mais de R$ 1 milhão entre 2005 e 2009.

Quinze servidores invisíveis se enquadravam nesse seleto grupo dos contracheques milionários. Juntos, sorveram das arcas estaduais R$ 16,8 milhões.

Ao longo desta semana, um aparato de 30 policiais militares vai permanecer na Assembléia, para prover a segurança da Casa.

É gente que deveria policiar as ruas. Porém, a taxa de bandidagem da Assembléia tornou inevitável a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Parlamantar).

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