DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

sábado, 11 de janeiro de 2014

Um abacaxi para descascar


Não será tão fácil como o governador imagina convencer o vice-governador João Lyra Neto (PSB), que assume o Governo em 4 de abril, a engolir secamente a decisão de que não será ele o escolhido para disputar à sua sucessão.
Em pleno processo efervescente da definição do candidato, Lyra não foi ouvido em nada, absolutamente nada no que tange a eleição.
O governador trata com ele questões administrativas, como a recente reforma do secretariado, mas não abre o diálogo quanto ao que pensa em relação ao seu candidato.
“O que Lyra tem sabido é o que está na mídia, porque este assunto ainda é um grande tabu na relação dele com o governador”, desabafou ao blog uma fonte bem próxima ao vice-governador.
Esta mesma fonte desmente a versão de que corre solta por ai de que Lyra tem horrores a Tadeu Alencar, não abdicaria da disputa em nenhuma hipótese para ele, mas se conformaria, em última instância, com a alternativa Paulo Câmara (secretário da Fazenda), caso não fosse possível reverter o processo em seu favor.
O vice-governador ficou irritado com a versão, também, do JC ontem, de que se contentaria com a reeleição da sua filha, a deputada estadual Raquel Lyra, como prêmio de consolação.
“Só quem não conhece João Lyra diria algo tão desproposital”, disse um parlamentar governista que convive de perto com o vice-governador.
Pelo jeito, Lyra alimentou tamanha expectativa em ser o ungido pelo chefe que, a esta altura, rifá-lo será uma operação tão complexa quanto à unidade da base governista em torno do candidato apresentado pelo governador.
Lyra ainda está tendo no momento um comportamento de cordeirinho, que tende a virar lobo, porque ainda não tem o poder da caneta, que conquistará em abril.
É mais do que verdadeira a versão de que o homem só é conhecido na sua plenitude quando conquista o poder.
O Lyra de hoje pode não ser o Lyra após o 4 de abril.

Nenhum comentário:

Postar um comentário