Cresce nos bastidores governistas o rumo de que o vice-governador de Pernambuco, João Lya Neto (PSB), anda muito descontente com o andamento das discussões sobre quem deverá representar o PSB na disputa pela sucessão do governador e pré-candidato a presidência, Eduardo Campos (PSB). Lyra Neto não estaria nada satisfeito com o fato de não ser incluído com uma opção real para representar a coligação Frente Popular e, sobretudo, pelo fato de que pode ser trocado por um nome técnico, como o de Tadeu Alencar, secretário da Casa Civil, ou Paulo Câmara, secretário da Fazenda.
Pessoas próximas a João Lyra Neto revelam que o vice-governador faz a avaliação de que o atual momento exigiria a concretização de uma candidatura mais política e o fato de que ele estará à frente do Governo do Estado a partir de 04 de abril teria que ser considerado pelas principais lideranças do partido e do bloco governista. “Ela acha que é o momento da política. E não da aposta no quesito técnico. Isso, para João Lyra, o colocaria em vantagem em relação aos nomes postos diariamente na imprensa” – afirmou uma fonte do Blog da Folha.
Essa análise se baseia na perspectiva de que a eleição deste ano colocará o embate entre PSB e PT como um dos principais pontos em discussão, com direito a acusações de traição e rompimento meramente eleitoral – atribuídos por petistas ao governador Eduardo Campos. “Tem que ter jogo de cintura e habilidade política para enfrentar isso” – indica outra fonte. Procurado pelo Blog, o vice-governador João Lyra Neto, no entanto, disse que não gostaria de comentar o atual cenário, revelando certo ar de incômodo com a sua situação.
Blog Política e Cidadania
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