DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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domingo, 17 de outubro de 2010

MINAS GERAIS NA DISPUTA

Lula em BH tenta reagir à ofensiva de Aécio Neves

Dilma Rousseff ao lado do presidente Lula em carreata pelas ruas da capital mineira. Na foto, a candidata e o presidente acenam para a multidão

Foto: Cristiano Couto

Thiago Herdy, O Globo

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reagiram neste sábado à ofensiva de Aécio Neves (PSDB) que prometeu virar a eleição a favor de José Serra no segundo maior colégio eleitoral do país.

Depois de percorrer sete quilômetros em uma carreata que começou nos bairros nobres de Belo Horizonte e terminou em um comício relâmpago com militantes no Centro da capital, Lula apostou na mineiridade de Dilma para vencer as eleições no estado e disse mais uma vez ser vítima do preconceito "dos ricos".

- Belo Horizonte nunca teve um presidente e ela será a primeira - discursou Lula, seguindo o script da coordenação de campanha de Dilma no estado, que aposta na estratégia de ressaltar as origens da candidata para tentar neutralizar o efeito Aécio e ganhar os votos obtidos por Marina Silva (PV) no estado em 3 de outubro.

No primeiro turno, a candidata do PV obteve 2,2 milhões de votos, 560 mil deles (39,8%) apenas em Belo Horizonte, onde venceu as eleições.

Na capital, Dilma teve 30,9% dos votos e Serra, 27,7%.

- Eu nasci aqui e, se Deus quiser, eu vou ser a primeira mineira presidente do Brasil. Essa terra em que eu vi pela primeira vez a luz da vida e que me ensinou os valores da liberdade - discursou Dilma, antes de citar Juscelino Kubitschek, Tiradentes e Tancredo Neves como mineiros que considera ilustres.

Lula provocou a militância a fazer carreatas até o dia das eleições e a buscar conversar "diretamente com o povo".

No início do trajeto, ele foi alvo de gestos e sinais de desaprovação por parte de moradores dos bairros nobres, o que lhe causou descontentamento.

- Fico constrangido porque aquelas pessoas ricas foram as que mais ganharam dinheiro no meu governo. Na verdade, o que eles não conseguiram superar foi o preconceito. O preconceito contra um metalúrgico ser presidente da República e fazer pelo Brasil o que eles não conseguiram fazer - atacou Lula.

Voltando-se para Dilma, o presidente disse acreditar que neste momento o que está em jogo não é apenas o preconceito contra sua candidata.

- Agora, é preconceito e medo de ver uma mulher ganhar as eleições e fazer pelo Brasil mais do que eles fizeram. O que é importante é que você viu a diferença da elite e do povo. É com esse povo e para esse povo que você vai governar o país - discursou Lula.

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