Dilma Rousseff disse agora à noite no Jornal Nacional, ao falar sobre o “caso” Erenice Guerra, que, na máquina governamental, não há como saber, aprioristicamente, que as pessoas vão cometer erros.
Erro, disse a candidata, acontece em todo governo. E o que diferencia o atual do anterior (FHC) é a “atitude” (“animus de apurar o mal feito).
Segundo ela, Erenice foi afastada da Casa Civil e as pessoas que giravam em seu entorno também foram demitidas.
Já o Paulo Vieira de Souza, o “Paulo Preto”, acrescentou, que ocupou um cargo importante no governo Serra, em São Paulo, na área dos transportes, foi apontado pela operação “Castelo de Areia” da Polícia Federal como tendo recebido propina de grandes empreiteiras e nada aconteceu com ele, pelo menos até agora.
Dilma foi questionada também sobre o fato de ter mudado de opinião sobre o aborto. Garantiu que, pessoalmente, sempre foi contra o aborto. Mas, como presidente da República, encarará o problema como de “saúde pública”.
Respondeu, vagamente, entretanto, a uma indagação de William Bonner sobre o fato de o mais novo coordenador de sua campanha, Ciro Gomes, ter declarado no 1º turno que Serra tinha mais preparo do que ela para ser presidente da República e que o PMDB do seu vice, Michel Temer, seria um “ajuntamento de assaltantes”.
Disse que tem uma ligação antiga com Ciro Gomes, de quem foi colega no ministério, e que ele fez tais declarações num momento de mágoa por não ter sido indicado pelo seu partido (PSB) para ser presidente da República.
Registre-se, a bem da verdade, que foi a melhor entrevista, ao vivo, dada por ela, nesta campanha eleitoral. Nesta terça-feira o entrevistado será Serra.
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