Na reunião ministerial da Granja do Torto, sábado passado, a presidente Dilma tratou da sucessão em Pernambuco. Fez um relato, em reserva, da conversa que havia tido com o senador Armando Monteiro Neto (PTB), três dias antes, quando, na ocasião, recebeu o sinal verde do ex-presidente para deflagrar um processo dentro do PT pernambucano de apoio à candidatura do trabalhista ao Governo do Estado.
Uma liderança nacional, que presenciou a cena, contou que ficou impressionada com a conversa e a disposição do Planalto em dar um tratamento diferenciado a Pernambuco pelo fato, claro, do governador Eduardo Campos (PSB) ter rompido e se colocado na disputa presidencial.
Segundo o raciocínio de Lula, interpretado por esta fonte, Armando é o nome mais competitivo para derrotar o candidato a ser lançado por Eduardo na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas.
E levar o PT para à aliança com o PTB, logo no primeiro turno, é um projeto que a direção nacional não abre mão por uma decisão já tomada por Dilma e Lula.
É bem provável que o PT pernambucano ensaie um discurso de independência e rebeldia, para que tenha candidato próprio a governador.
Mas o comando nacional não vai aceitar e quer, ao contrário, que o PT componha a chapa de Armando indicando o candidato a senador.
Lula e Dilma acham que o partido tem um nome em potencial para reforçar a chapa do senador trabalhista, ocupando a única vaga para o Senado. Trata-se de João Paulo, que o PT estadual quer jogar na fogueira para governador.
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