Os recuos implementados pelo governador Eduardo Campos (PSB) na proposta de reforma administrativa no organograma da gestão estadual que ele encaminhou à Assembleia Legislativa de Pernambuco despertam, em alguns, a percepção de que as mudanças foram compiladas sem a devida maturação. Pré-candidato ao Governo do Estado justamente contra o nome a ser indicado pelo socialista, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) corrobora com esse pensamento.
“Foi, essa é uma impressão, de uma maneira apressada”, afirmou o parlamentar, durante almoço de confraternização com a Imprensa. No entanto, Armando Monteiro Neto fez questão de frisar que não concorda com o apelido atribuído à iniciativa. “Não estou dizendo que é a reforma do Jô, como estão dizendo por aí”, disse.
O governador Eduardo Campos anunciou que faria uma reforma administrativa no seu governo durante entrevista ao apresentador Jô Soares, da TV Globo, no mês passado. O comunicador, ao ver o socialista criticar o alto número de ministérios do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) – são 39, questionou se, em Pernambuco, também não seria alto o quantitativo de pastas. Campos, prontamente, anunciou que haveria uma redução.
Dias depois anunciar que modificaria a estrutura administrativa do Estado, o governador indicou que a sua equipe estava debruçada sobre o assunto. Muita especulação sobre quais secretarias poderiam ser extintas, e a possibilidade de a pasta de Cultura ser incorporada por uma outra motivou uma série de críticas do setor à gestão. A secretaria, entretanto, seguiu.
Contudo, a proposta de incorporação da Secretaria de Desenvolvimento Social pela de Governo foi combatida e, após debate com representantes do segmento, Campos resolveu pela manutenção da estrutura.
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