É esperar para ver...
DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Excesso de Bagagem x Geraldinho Lins Elétrico
É esperar para ver...
Temas polêmicos separam bancada do PT das de PMDB, PSDB e DEM

Em levantamento, G1 obteve respostas de 414 dos 513 deputados.
Petistas são a favor de ‘nova’ CPMF e descriminalização do aborto.
Do G1, em Brasília, São Paulo, Rio e Belo Horizonte
Durante 60 dias (entre 29 de novembro e 27 de janeiro), o G1 procurou todos os 513 futuros deputados e conseguiu falar com 446, dos quais 414 (81%) aceitaram responder ao questionário proposto com 13 perguntas.
Da nova bancada do PT, a reportagem ouviu 71 (80,6%) dos 88 deputados. Do PMDB, responderam 61 (78,2%) do total de 78; do PSDB, foram 35 (66%) em 53; e, do DEM, 37 (86%) de 43.
A maior parte dos deputados da bancada petista se disse favorável à descriminalização do aborto (34 a favor, 27 contra, 3 em termos e 6 não souberam responder). Entre os deputados do PMDB, 36 se disseram contra a descriminalização, 10 a favor, 10 em termos e 5 não souberam responder, entre os do PSDB, foram 32 contra, 2 a favor e 1 em termos, e entre os do DEM, 33 contra, 2 em termos e 2 não souberam responder.
A maioria dos deputados petistas também declarou contra plebiscito sobre a redução da maioridade penal (56 contra, 11 a favor e 3 não souberam responder). Nos outros três partidos, a proposta seria aprovada com folga, de acordo com os deputados ouvidos pelo G1 – no PMDB, 43 se disseram a favor do plebiscito e 15 contra (3 não souberam responder), no PSDB, 21 afirmaram ser a favor e 14 contra, e no DEM, o placar foi de 27 a 9 (1 não soube responder).
O posicionamento também é diferente na bancada do partido em relação à criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), imposto semelhante à extinta CPMF (54 a favor, 12 contra e 4 não souberam responder). Os deputados ouvidos das bancadas de PMDB, PSDB E DEM se manifestaram contra – no PMDB foram 45 contra, 10 a favor e 6 não souberam responder; no PSDB, 33 contra, 1 a favor e 1 não soube responder; e no DEM, 33 contra e 4 a favor).
Sobre a Lei da Palmada, que prevê punições a pais ou responsáveis que aplicam castigos físicos aos filhos, a maioria dos petistas se manifestou a favor da proposta (34 a favor, 24 contra e 12 não souberam responder). Nos outros três partidos, a maior parte dos parlamentares afirmou ser contra a proposta (PMDB: 33 contra, 18 a favor e 10 não souberam responder; PSDB: 25 contra, 8 a favor e 2 não souberam responder; e DEM: 23 contra, 12 a favor e 2 não souberam responder).
O PSDB, por sua vez, foi o único partido em que a maioria dos deputados ouvidos se disse contra o voto em lista fechada (em que o eleitor vota em uma lista de candidatos definida pelo partido) e o fim do fator previdenciário (mecanismo que reduz o benefício pago a quem se aposenta mais jovem), com 18 votos contra, 11 a favor e 6 dos que não souberam responder. Nos outros três partidos, o resultado foi o seguinte: PT, 48 a favor, 17 contra e 5 não souberam responder; PMDB, 29 a favor, 23 contra e 9 não souberam responder, e DEM 24 a favor, 11 contra e 2 não souberam responder.
O DEM é o único partido, dentre os quatro maiores, cuja maioria dos deputados ouvidos pelo G1 se manifestou contra a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas sem redução de salários. Dos 37 deputados do partido que responderam ao questionário, 24 se declararam contra a proposta, 11 a favor e 2 não souberam responder. No PT, o tema tem ampla maioria entre os deputados ouvidos: 68 a favor, 2 contra e 1 não soube responder. No PSDB, a questão é mais dividida (15 votos a favor, 13 contra e 7 não souberam responder). No PMDB, 27 deputados se manifestaram a favor da redação da jornada, 17 contra e 17 não souberam responder.
Dos quatro grandes partidos, o PMDB mantém uma tendência de seguir a posição majoritária das demais siglas. O partido se alinha com posições defendidas pelo DEM, PSDB e PT em diversos temas.
Bancadas regionais
De acordo com o levantamento, em algumas bancadas estaduais, as respostas dos deputados foram unânimes.
A descriminalização da maconha, por exemplo, é rejeitada por todos os deputados ouvidos pelo G1 de três bancadas estaduais: Amapá, Piauí e Paraíba. Nenhum dos deputados desses estados se manifestou favorável à descriminalização com ressalvas ou não soube responder a questão – outras duas opções oferecidas pelo questionário.
O mesmo aconteceu em relação aos bingos nas bancadas do Distrito Federal e de Rondônia. Todos os deputados dessas unidades da federação que participaram do levantamento se manifestaram contrários à liberação do jogo.
Outro assunto que conta com a aprovação unânime de pelo menos três bancadas (Amazonas, Roraima e Paraíba) é a criação de um piso nacional para policiais e bombeiros, previsto na Proposta de Emenda Constitucional 300.
O aborto, por sua vez, tem a rejeição de todos os deputados de Rondônia que responderam ao questionário do G1. Em Tocantins, nenhum dos seis deputados se disse favorável à descriminalização do aborto, mas dois não souberam responder. Em Goiás, dos 13 deputados ouvidos, 12 se manifestaram contra a descriminalização e 1 não soube responder.
A realização de um plebiscito sobre maioridade penal é um tema que tem mais deputados a favor do que contra em todos os estados das regiões Sul e Sudeste. Na região Norte, a maioria dos deputados do Amapá ouvidos no levantamento se manifestou contra a realização do plebiscito. Todos os deputados dos demais estados da região formam maioria em favor do plebiscito.
Dos nove estados do Nordeste, em três (Pernambuco, Piauí e Ceará) a maioria dos deputados também se disse contra a realização de uma consulta popular sobre o tema, e em um (Alagoas) houve empate. No Centro-Oeste, apenas os deputados do Distrito Federal se manifestaram contra o plebiscito.
A criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), tributo nos moldes da extinta CPMF, é rejeitada pela maioria dos deputados das bancadas estaduais das regiões Sul e Sudeste. Na região Norte, houve empate sobre o tema no Tocantins: dois deputados contra, dois a favor e dois não souberam responder.
Dentre os assuntos abordados no questionário do G1 com os deputados da próxima legislatura, o voto em lista foi o que mais dividiu opiniões: 175 disseram aprovar a mudança no sistema eleitoral e 181 se manifestaram contra. Pelo voto em lista, o eleitor não vota em candidatos, individualmente, nas eleições proporcionais (deputados e vereadores), mas numa lista de nomes definida pelo partido. Em quatro estados, houve empate entre os deputados ouvidos sobre a questão: Amapá (3 a 3), Mato Grosso (3 a 3) e Goiás (5 a 5). Em outros seis estados, a diferença foi de apenas um voto para um dos lados.
Levantamento
O G1 procurou todos os 513 deputados que assumirão mandatos na Câmara. No caso dos deputados que assumiram cargos no governo federal, em estados ou municípios, o G1 procurou o primeiro suplente das coligações para responder ao questionário.
Embora decisão de dezembro do Supremo Tribunal Federal diga que o suplente a ser empossado é o do partido (em razão de entendimento de que o mandato parlamentar pertence ao partido), o G1 procurou os suplentes das coligações.
Isso porque essa decisão do Supremo vale para um caso específico e não se aplica automaticamente a situações semelhantes. De acordo com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), tomarão posse em 1º de fevereiro os suplentes das coligações.
"O JACARÉ VEM AÍ"
C ARNAVAL DE FEIRA NOVA
O MUNDO
Medo de novo em Chernobyl
Radiação volta a vazar e ameaça a usina, 25 anos após o maior acidente nuclear da história. Enquanto isso, países discutem quem pagará a conta para mantê-la segura
ENSAIO
Treinamento de segurança na usina cuja
explosão transformou Pripyat (abaixo) numa cidade deserta
O projeto tem custo estimado em 2 bilhões de euros (cerca de R$ 4,6 bilhões). Parte já foi levantada, mas ainda faltam 740 milhões de euros. A Rússia, apesar de posar como sucessora da extinta União Soviética, pouco ajudou seu antigo domínio – a Ucrânia se tornou independente com o fim do bloco socialista, em 1991. O novo sarcófago deve ter a forma de um hangar de avião, com 150 metros de altura. Ele seria erguido perto do antigo reator e movido até o destino final por meio de trilhos. Conteria a radiação por um século, tempo suficiente para que as ruínas não sejam mais uma ameaça e tudo possa ser desmontado com segurança.
VIDA
Acima, mulher deposita flores em memorial
que homenageia mortos durante a contenção do desastre
A fortaleza de concreto e chumbo que deveria isolar as ruínas começou a apresentar rachaduras ainda na década de 1990. Elas agora permitem a entrada da chuva. “Essa é a principal ameaça à segurança, já que os elementos podem se misturar à água, contaminar o lençol freático e chegar aos seres humanos e animais”, afirma José Eduardo Martinho Hornos, doutor em física nuclear e professor da Universidade de São Paulo (USP). Uma das preocupações do consórcio alemão e francês responsável pela construção – toda de metal – é justamente que ela seja à prova d’água.
Cientistas medem nível de radiação
do solo a fim de se preparar para o caso
de uma nova tragédia
Quando ficar pronta, talvez em 2015, a expectativa é de que seja a maior estrutura móvel no mundo. Isso se o custo não se tornar proibitivo até lá. Desde 2007, as estimativas de gastos só aumentam. O orçamento inicial era de cerca de 380 milhões de euros (R$ 874 milhões), mas foi elevado graças às exigências de segurança numa obra desse porte, segundo autoridades ucranianas. O projeto é financiado pela União Europeia e pelos governos do G8 – grupo do qual a Rússia faz parte. Ainda assim, a antiga sede da União Soviética prometeu apenas 1% do custo total (23 milhões de euros, ou cerca de R$ 52 milhões). Metade dos fundos prometidos virá de outros países europeus.
Usinas como Angra I e II e a maioria das que estão em atividade no planeta usam água durante o processo de geração de energia. Chernobyl usava carbono – que é inflamável e foi fundamental para que o fogo se alastrasse. O acidente mais grave em uma usina como as brasileiras – conhecidas como PWR (sigla em inglês para Reator de Água Pressurizada) – aconteceu em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979. A explosão não matou ninguém e a usina foi isolada, tornando o prejuízo meramente financeiro. Muito diferente de Chernobyl, acidente que ceifou vidas e produz sequelas na saúde dos moradores da região até hoje. Para compensar, essas vítimas contam com pouco mais do que uma mesada do governo russo equivalente a R$ 115.
O tamanho do rombo que Dilma pode ter de pagar
"Kassab quer implodir o DEM e fundir com o PMDB", acusa Maia
À espera de uma janela para sua filiação ao PMDB, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, admitiu ontem que poderá usar uma adulteração do estatuto partidário como justificativa jurídica para sua saída do DEM, informa Cátia Seabra, em matéria hoje na Folha de S.Paulo. Pela estratégia, o prefeito se valerá de uma manobra que o presidente nacional do DEM e hoje adversário político, Rodrigo Maia (RJ), aplicou para reduzir seu espaço dentro do partido. "Kassab quer implodir o DEM para fazer uma fusão com o PMDB", acusou Maia.
Em dezembro de 2007, como publicou a revista "Veja", Maia alterou artigo do estatuto que conferia ao conselho político do DEM poder de "decidir" sobre coligações e "indicar" candidatos a presidente e vice. Sob o argumento de que "o artigo era ilegal" -- já que "o conselho é consultivo e não pode deliberar no lugar das convenções" -- Maia trocou "decidir" por "recomendar" e "indicar" por "propor". Como é presidente do conselho, Kassab pode alegar que foi prejudicado pela mudança. O prefeito admitiu ontem que "essa é uma das hipóteses, caso decida mesmo mudar de partido". Guardado como trunfo pelos aliados de Kassab há pelo menos seis meses, o documento veio à tona às vésperas da eleição do novo líder do DEM na Câmara.
RELIGIÃO

O homem que multiplica fiéis
Com discurso de homem do povo, carisma inato e um aparato de comunicação competente, Valdemiro Santiago faz sua Mundial ascender ao topo das igrejas neopentecostais do Brasil
FÉ
Terça-feira, 11 de janeiro, 12h30: em pé em uma banqueta,
o apóstolo Valdemiro Santiago dispensa o almoço para abençoar
cerca de mil fiéis em fila no templo-sede da
Igreja Mundial, no Brás, em São Paulo
Com microfone em punho, Valdemiro Santiago de Oliveira, todo-poderoso líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), caminha bambeando de um lado para outro do altar fincado bem no centro de um galpão de 18 mil metros quadrados, localizado no Brás, bairro da região central de São Paulo. Dez mil pessoas se aglomeram ao redor do autointitulado apóstolo, em estado de atenção e êxtase, à espera de uma palavra, um toque, um abraço. Com o rebanho em suas mãos, e um timing digno de showman, ele chora, gargalha, transpira. Está entregue à multidão. A voz rouca sai carregada de ironia e ornamentada por um sorriso de canto de boca. “Está um congestionamento aqui fora. Ouvi dizer que acontece uma feira na redondeza!”, diz. Mas não há feira nenhuma. O movimento na região é provocado pelos concorridos cultos desse mineiro de 47 anos, natural de Cisneiros, distrito de Palma, a 400 quilômetros de Belo Horizonte. E Santiago sabe muito bem disso. Há 30 anos no movimento neopentecostal brasileiro, segmento que mais cresce no Brasil (deve chegar a 40 milhões de adeptos no novo Censo), o homem forte da Mundial é o mais fulgurante fenômeno religioso do Brasil atualmente. Sua identificação direta com a massa – é negro, tem sotaque caipira e português falho, trabalhou na roça e passou fome – o coloca nos braços humildes e carentes daqueles que procuram uma solução espiritual para as mazelas da vida.
“Quem me viu na tevê? Quem foi a Interlagos?”, questiona Santiago, enquanto os fiéis, contidos por obreiros, se debatem e gritam em sua direção. No primeiro dia de 2011, o religioso ganhou minutos preciosos em rede nacional por causa da massa impressionante de discípulos que conseguiu arregimentar em pleno 1º de janeiro, vinda de todos os cantos do Brasil para celebrar com ele no autódromo de Interlagos. Segundo os organizadores do evento, havia lá 2,3 milhões de pessoas. Nos dias 9 e 11 de janeiro, quando a reportagem de ISTOÉ acompanhou os cultos na sede mundial da IMPD, no Brás, uma antiga fábrica comprada por R$ 60 milhões em 60 parcelas de R$ 1 milhão, o apóstolo faturou sobre essa exposição em horário nobre. “Ninguém pode dizer que sou um sujeito dotado de uma inteligência, uma sabedoria”, disse Santiago à ISTOÉ, currículo escolar findo no quinto ano do ensino fundamental, mas alinhado em um terno bem cortado, gravata, camisa com abotoaduras douradas e sapatos tamanho 44 impecáveis. “Quem olha a minha vida e faz uma análise não tem como não glorificar Deus.”
GLÓRIA
O ex-roceiro, que cuidava de marrecos e foi viciado em
drogas, é ovacionado por 2,3 milhões de pessoas,
em Interlagos, no primeiro dia de 2011
De fato, o garoto que perdeu a mãe aos 12 anos e caminhava oito quilômetros por dia para levar marmita para os familiares na roça lidera, hoje, um império religioso que conta com três mil igrejas espalhadas pela América do Sul e do Norte, Europa, Ásia e África e 4,5 milhões de fiéis, de acordo com dados da própria IMPD (leia ao lado quadro comparativo com outras denominações evangélicas). Treze anos depois de fundar a Mundial, o homem que gosta de cultivar a fama de matuto mora em um condomínio de luxo em Barueri, na Grande São Paulo, e tem na garagem três carros importados blindados – uma Land Rover, um Toyota e um Peugeot. Motoristas e seguranças particulares estão sempre à sua disposição. Helicópteros e um jato particular também. A Igreja Mundial, por sua vez, tem inaugurado um novo templo por semana e honra, mensalmente, uma despesa em torno de R$ 40 milhões. O dinheiro da igreja vem, principalmente, do dízimo arrecadado. Membros da IMPD estimam receber de doação em seus cultos uma média de R$ 10 por fiel. Há, ainda, envelopes nas cores ouro, prata e bronze. Pastores afirmam que a diferenciação não está diretamente ligada ao valor a ser dado à igreja. Segundo eles, cada tipo de envelope contém uma mensagem diferente. Nesse primeiro mês de 2011, o apóstolo reforçou o pedido por doações argumentando despesas com emissoras de tevê e rádio. “Ano novo, contratos novos e reajustados... Essa semana preciso muito de sua ajuda. Quem pode trazer até terça-feira R$ 100?”, perguntou Santiago. A quantia foi diminuindo à medida que o tempo ia passando. “E uma oferta mínima de R$ 30? Quem puder, fique de pé que o obreiro irá dar o envelope.”
CURA
O milagre é o carro-chefe da Igreja Mundial.
Pessoas com câncer e até cadeirantes testemunham
ter se curado com a intervenção de Santiago e seus pastores
É a mística de milagreiro de Santiago a chave de seu sucesso e a responsável pelo fenômeno da multiplicação de fiéis à sua volta. E a televisão amplifica em doses continentais esse poder de comunicação inato do líder evangélico. Atualmente ele ocupa 22 horas diárias na programação da Rede 21, que pertence ao grupo Bandeirantes, ao custo de R$ 6 milhões mensais. Com mais R$ 101 mil por mês, pagos à Multichoice, empresa sul-africana distribuidora de sinal, também está no ar em Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Líbia, Zimbábue e Botswana. Na telinha, o que se vê são os cultos de Santiago em seus templos. Para isso, a performance do pastor é acompanhada, minuto a minuto, por fotógrafo e uma equipe de cinegrafistas, que registram tudo para ser divulgado, além da tevê, no jornal, na revista e na rádio da igreja. Na África do Sul, a Mundial possui uma hora de programação na TV Soweto, ao custo de R$ 59 mil mensais. Em Maputo, a capital de Moçambique, uma tevê e uma rádio já estão sob o domínio da corrente evangélica do ex-roceiro, fissurado, segundo palavras dos próprios membros da igreja, por se comunicar com os súditos via tevê. Afinal, se em um templo como o do Brás o apóstolo consegue falar para 30 mil pessoas, no ar, citando apenas os que possuem antena parabólica no Brasil, ele chega a 25 milhões de lares via Rede 21.
Não e à toa que, anunciados pela telinha, seus eventos estão sempre lotados. “Aquela máxima da publicidade de que uma imagem vale mais do que mil palavras se aplica muito bem a Valdemiro”, afirma Ronaldo Didini, ex-membro da cúpula da Universal e braço-direito de Santiago, que responde pela estratégia de mídia da igreja. Além dele, são dirigentes da Mundial um consultor financeiro, também ex-Universal, e três deputados eleitos no último pleito – dois federais (José Olímpio, PP/SP e Francisco Floriano, PR/RJ) e um estadual (Rodrigo Moraes, PSC/SP). “As coisas são cada vez mais rápidas e profissionalizadas na Mundial”, diz o pesquisador Ricardo Bitun, autor da tese “Igreja Mundial do Poder de Deus: Rupturas e Continuidades no Campo Religioso Neopentecostal”, defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Isso ocorre, em grande parte, por conta de um fenômeno conhecido como nomadismo religioso. Se durante muito tempo a Igreja Católica era a maior fornecedora de ovelhas ao rebanho pentecostal, agora esses últimos trocam de fiéis entre si. “Meu trabalho é o altar; meu negócio é multiplicar as almas”, diz Santiago, que também fatura com a crise de igrejas como a Renascer em Cristo, por exemplo, que perdeu em 2010 seus discípulos mais ilustres, o jogador de futebol Kaká e sua mulher, Caroline Celico.
A ascensão de Santiago ao olimpo dos líderes religiosos do Brasil começou a ser moldada em 1976, quando, aos 16 anos, ele se converteu ao protestantismo. Naquela época, o garoto revoltado e de difícil trato, que em Cisneiros cuidava de marrecos, arava a terra e colhia ovos de anu para fazer omelete, morava com um dos 12 irmãos na mineira Juiz de Fora. Nessa cidade, trabalhava como pedreiro e levava uma vida desregrada. Dormia muitas noites na calçada e era viciado em drogas – ele se limita a dizer que consumia “álcool e substâncias sintéticas em forma de comprimidos”. Até que um pastor lhe estendeu a mão e Santiago passou a pregar. Foi obreiro, pastor, bispo e membro da cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Nos templos de Edir Macedo, atuou por 18 anos e se desligou em 1997, depois de um suposto desentendimento com o líder evangélico. Já havia, porém, decorado a cartilha de seu mentor. Pesquisador da área da sociologia da religião, Ricardo Mariano afirma que as crenças e práticas mágico-religiosas da Mundial são uma cópia da Universal. Tanto que até o nome da igreja de Santiago, Igreja Mundial do Poder de Deus, é uma evidente inspiração na primeira casa: Igreja Universal de Reino de Deus. Perspicaz, o religioso caipira foi beber da fonte que já havia sido aprovada pelo público. Tanto que, além de convidar parte da cúpula da IURD, atraiu também dezenas de pastores, prática que adotou até um ano atrás, quando membros da Mundial começaram a temer que houvesse “universais” infiltrados em suas fileiras.
No altar da igreja que fundou em 1998 Valdemiro passou a receber portadores do vírus da Aids, doentes de câncer e até cadeirantes desenganados pela medicina. As pessoas em cadeira de roda são, até hoje, um dos campeões de audiência. É comum encontrar no templo fiéis carregando para o alto cadeiras de roda, num gesto explícito de libertação. Em um programa no início de janeiro, o apóstolo protagonizou, via tevê, uma situação do tipo. Ao seu lado, caminhando, um ex-paralítico afirmava ter permanecido imóvel por 15 anos. A reportagem de ISTOÉ tentou contato com esse homem, mas membros da cúpula da Mundial disseram ser impossível localizá-lo, pois as fichas de identificação ainda não estão informatizadas e há muitos casos como o dele.
O pastor mineiro usa como nenhuma outra liderança pentecostal os depoimentos de enfermos e a evocação da cura divina. Juntos, eles provocam uma catarse espiritual. Os fiéis da IMPD fazem fila para testemunhar, no altar ao lado do apóstolo e com exames médicos em punho, que a medicina já os havia desenganado, mas que a intervenção milagrosa os salvou. “Na Igreja Mundial, o toque no corpo de Santiago é muito valorizado”, diz o sociólogo da religião Flávio Pierucci, da Universidade de São Paulo (USP). Aos 61 anos, a católica catarinense Aledir Lachewtz, 61 anos, levou fotos e roupas de sua tia octogenária que sofria com um edema pulmonar para serem abençoadas em um culto na IMPD. “Os médicos diziam que não tinha mais jeito”, conta Aledir. “Mas, depois das bênçãos, novos exames não apontaram mais nada. O apóstolo tem muito poder de cura.” Essa espécie de pronto-socorro espiritual, como define o teólogo Edin Abumansur, da PUC-SP, floresce de modo particular na Mundial. Enquanto Santiago prega, dezenas de placas com os dizeres “Aqui tem milagre” são levantadas por obreiros para auxiliá-lo. Selecionado previamente e de posse de exames médicos que revelariam primeiro a enfermidade e, em seguida, o desaparecimento dela – chamado na IMPD de “o antes e o depois” –, o fiel é alçado ao microfone ao lado do pastor. E é nessa hora que o líder da Igreja Mundial vira astro.
“Meu trabalho é o altar; meu negócio é
multiplicar as almas” Valdemiro Santiago,
da Igreja Mundial do Poder de Deus
Do alto de seu 1,90 e 103 quilos (chegou a ter 153, mas emagreceu após uma cirurgia bariátrica, há oito anos), o apóstolo grampeia o rosto da pessoa contra o seu peito. Abraça, chora e grita, como fez com a mãe que atribuiu a cura de sua filha de 6 anos, que voltou a andar e a falar contrariando prognósticos médicos, segundo ela, à fé e às orações feitas na IMPD. “Esse Deus é poderoooso! Isso é para sacudir o barraco do cramunhão e botar pra baixo!”, berra o religioso. Ricardo Mariano, professor do programa de pós-graduação em ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e um dos maiores especialistas do Brasil em movimento neopentecostal, contextualiza: “A ênfase pentecostal na cura divina já tem mais de 60 anos e foi uma das principais responsáveis pelo crescimento desse movimento religioso na América Latina e na África. Desde então, constitui uma das iscas mais atraentes de potenciais adeptos aos templos.”
ANTES E DEPOIS
Os fiéis choram e se emocionam, muitos apresentando
exames médicos que revelam o desaparecimento de uma doença
Além da eloquência com que evangeliza, Santiago ficou conhecido por usar chapéus típicos de quem se criou no meio do mato. Assim também é visto em seus finais de semana, que acontecem, como ele diz, às quartas-feiras. Nesses dias, ele se tranca em um sítio, em Santa Isabel, a 50 quilômetros de São Paulo. Lá, desfruta de um pesqueiro, da piscina e do campo de futebol, onde organiza e disputa campeonatos entre times formados por membros de seu ministério. “Mas o que gosto mesmo é de sentar na beira do rio, com minha varinha de pescar”, diz. “Sou um sujeito de pouca educação. É uma coisa de chucro, de caipira”, completa ele, uma espécie de Tim Maia do altar, que passa boa parte do culto distribuindo broncas em obreiros, cinegrafistas e músicos que o acompanham. “Ô, oreiúdo (orelhudo), abre passagem para a mulher chegar até aqui”, disse o chefe da IMPD a um pastor, no culto do domingo 9, provocando gargalhadas nos súditos.
EM FAMÍLIA
A bispa Franciléia, mulher de Valdemiro, também é uma oradora eloquente
Juliana, filha do casal, canta no coral da igreja
Nem mesmo a esposa, a bispa Franciléia, com quem vive há 26 anos, e as duas filhas do casal, Rachel, 25, e Juliana, 23, que também trabalham em prol do ministério, escapam de seus pitos. O apóstolo também é conhecido por ser incansável na rotina de sua Mundial. Há dias em que nem volta para casa. “Tenho um quarto na igreja”, conta Santiago, referindo-se ao templo do Brás. “Em casa, tenho dormido três, quatro vezes no mês”, completa ele, que diz desfrutar, por noite, de apenas quatro horas de sono. Membro da IMPD, Fernando Trizi reforça o fato. “Antigamente, muitos fiéis dormiam aqui na igreja. E, algumas vezes, o apóstolo acordava de madrugada, descia do quarto e, de pijama, orava com eles.” Ao valorizar a ingenuidade e a simplicidade, o religioso prosperou. “O que chama mais a atenção é a emergência de uma autoridade religiosa pentecostal de expressão nacional negra, tal como o restante da cúpula da igreja”, diz Mariano, autor de “Neopentecostais: Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil” (Edições Loyola, 1999). Ao contrário de outras neopentecostais de peso, como a Renascer e a Universal, que ficaram mais requintadas em relação ao público que as frequenta, prometendo prosperidade àqueles que também desejam ascensão material, a Mundial tem acolhido a classe menos favorecida, um aglomerado de gente humilde que não se identifica mais com as outras denominações.
Na IMPD, porém, essas pessoas enxergam em seu líder uma figura que, mesmo de terno e gravata e sob os holofotes, fala a língua delas. Foi por meio dessa habilidade inata que muitas personalidades deixaram para trás o passado sofrido e se tornaram notórias. “O Valdemiro é como o Silvio Santos ou o Lula. O camelô que deu certo, mas nunca deixou de ser camelô. O metalúrgico que virou presidente da República, mas não deixou de ser metalúrgico”, compara Bitun. Os astro evangélico promete milagres como se contasse um causo. Apelo irresistível aos corações aflitos.
Raul Jungmann janta com Gilmar Mendes em Brasília e resolve tocar ''en passant'' na questão dos suplentes de deputados e vereadores
![]() O deputado Raul Jungmann (PPS) jantou ontem em Brasília com o ministro do STF, Gilmar Mendes, de quem foi colega no ministério de FHC. Na época, Jungmann era ministro da Reforma Agrária e, Mendes, advogado geral da União. Os dois ficaram muito amigos e jantam juntos em Brasília pelo menos uma vez por mês. Durante a conversa, sobre assuntos gerais da política e da economia, Jungmann resolveu sondar o ministro sobre a questão dos suplentes dos partidos políticos e das coligações. Ouviu de Gilmar Mendes que a tendência do STF é manter o entendimento já cristalizado no Tribunal Superior Eleitoral: em caso de afastamento do titular do mandato, assumirá o substituto do partido. Porém, para não gerar confusão nas casas legislativas do país, dado que a regra do jogo não era esta, é possível que os ministros evoluam para uma solução intermediária: confirma-se a tese, mas era só seria aplicada a partir das eleições de 2012. |
Dilma: ‘Ninguém pode afirmar’ que Real não vai cair


Dilma Rousseff voa neste domingo (30) para sua primeira visita internacional. Vai abrir a semana num encontro com a colega da Argentina, Cristina Kirchner.
Horas antes da chegada de Dilma a Buenos Aires, os jornais argentinos penduraram em suas páginas uma entrevista com a presidente brasileira.
Ela recebeu, na semana passada, repórteres dos diários 'Clarin', 'La Nación' e 'Pagina 12'.
Falou, entre outros temas, sobre o risco de desvalorização que assedia o Real, direitos humanos (aqui e alhures) e a visita que Barack Obama fará ao Brasil.
Vão abaixo trechos da entrevista:
- Conseguirá deter a desvalorização do Real? “No mundo, ninguém pode afirmar isso. Nos últimos tempos temos conseguido manter o dólar numa certa flutuação. Não tivemos nenhum ‘derretimento’, como se diz por aí...”
“...A taxa de câmbio oscilou todo o tempo entre R$ 1,6 e R$ 1,7 por dólar. Agora, ninguém pode garantir que não haverá desvalorização.
- Relações bilaterias: Brasil e Argentina sofrem, como todos os emergentes, as conseqüências da política de desvalorização [de moedas] praticada pelas duas maiores economia do mundo [EUA e China]...”
“...A nossa posição no G-20 deve ser de reação à política de desvalorização que sempre levou o mundo a situações difíceis...”
“...[...] Não precisamos aceitar políticas de dumping ou mecanismos de concorrência inadequados que não se baseiam em práticas transparentes...”
“...Devemos reagir a isso. Mas também sabemos que o protecionismo no mundo não nos conduz a um bom termo”.
- Venezuela no Mercosul: É importante que a Venezuela ingresse no Mecosul. É bom para o bloco que outros países se somem. Isso muda o nível do Mercosul..."
"...A Venezuela é um grande produtor de petróleo e gás. Tem muito a ganhar no Mercosul. E nós também temos muito a ganhar com a Venezuela. Vejo com excelentes olhos sua participação".
- Visita de Barack Obama, em março, vai virar a página das divergências em relação ao Irã? “A relação do Brasil com os EUA é histórica. E essa relação se transformou à medida que os países se desenvolveram...”
“...Hoje, fantasticamente, o Brasil tem superávit na relação comercial com os EUA. [...] É importantíssimo ver os EUA com um grande sócio comercial dos países da América Latina...”
“...Para o Brasil, os EUA são e sempre serão um parceiro muito importante. [...] Tivemos uma boa experiência nos últimos anos e também tivemos diferenças de opinião...”
“...Mas o que importa é perceber que essa é uma parceria que tem um horizonte de desenvolvimento muito grande. Então, consideramos que cada ano vamos ter que virar a página do ano anterior”.
- Direitos Humanos: “Não negociarei com os direitos humanos, não farei concessões nesta área. E tampouco aceito que direitos humanos possam ser vistos como restritos a um país ou região: isso é uma falácia...”
“...Não se pode adotar dois pesos e duas medidas. Os países desenvolvidos já tiveram problemas terríveis, em Abu Ghraib, em Guantánamo... Mas também creio que apedrejar uma mulher [como no Irã] não seja algo adequado”.
- Cuba: “Com a liberação dos presos políticos, Cuba deu um passo adiante. Tem que continuar trabalhando nisso, dentro de um processo de construção de melhores condições econômicas, democráticas e políticas do país...”
“...Respeito também o tempo deles. [...] Em Cuba, prefiro dizer que existe um processo de transformação e creio que todos os países devem incentivar esse processo...”
“...Devemos protestar contra todas as falhas que houver nos direitos humanos em Cuba. Não tenho problema em dizer se algo vai mal por lá, ou por aqui também. Não somos um país sem dívidas com os direitos humanos. Nós as temos”.
- Brasil: “Ter uma posição firme nos direitos humanos não significa apontar o dedo a outros países que não os respeitam. Não defenderei quem abusa dos direitos humanos, mas tampouco sou ingênua para deixar de ver seu uso político”.
Brasil observa a crise do Egito com um olho nos EUA
Os operadores de política externa de Dilma Rousseff observam com óculos bifocais a convulsão social que rói a autoridade do ditador egípcio Hosni Mubarak.
Com o pedaço da lente que corrige a visão de curta distância, Brasília olha para o Cairo. Com a parte que permite enxegar ao longe, repara em Washington.
O repórter ouviu uma das vozes que levam aos tímpanos de Dilma análises sobre o terremoto que sacode as ditaduras árabes e que atingiu o ápice no Egito.
Vai abaixo um resumo do miolo do pensamento do governo brasileiro acerca do que ainda está por acontecer:
“Nos últimos 30 anos, a Casa Branca cevou a bomba social do Egito. Por um desses azares do destino, o artefato estourou no colo de Barack Obama...”
“...Parte do problema, a Casa Branca tenta tornar-se parte da solução. Quando explodiram os protestos, os EUA imaginavam que o futuro incluía Mubarak...”
“...Coube a Hillary Clinton resumir o sonho. Ela disse que o governo egípcio, ainda estável, lograria atender aos interesses legítimos de seu povo...”
“...O ditador acionou sua máquina de repressão, custeada com verbas americanas. Cortou internet e celular. Decretou toque de recolher e liberou os tanques...”
“...As ruas do Egito continuaram cheias. Soldados passaram a oscilar entre a coerção e a confraternização com a turba rebelada...”
“...Em poucas horas, a ficha de Washington começou a cair. Em novas falas, Hillary e o próprio Obama ajustaram o tom...”
“...Passaram a cobrar o comedimento do ditador e a realçar a legitimidade das mágoas que nutrem a revolta da sociedade egípcia. Perceberam que o futuro não inclui Mubarak...”
“...De repente, a Casa Branca começou a brandir a ameaça de cortar parte do US$ 1,8 bilhão que despeja anualmente sobre a máquina militar egípcia...”
“...O fechamento da torneira parece inevitável, mas não apaga o passado. Na era da internet e do WikiLeaks, a sujeita virá à tona cedo ou tarde...”
“...É impossível manter debaixo do tapete a íntima parceria monetária da democracia norte-americana com a ditadura conveniente do Egito...”
“...Entornando-se o caldeirão, do caldo pode emergir não a democracia, mas uma teocracia islâmica. O fantasma de um novo Irã é, hoje, o pesadelo de Obama”.
Marco Maciel deve ser um dos candidatos à presidência nacional do DEM
FRASE DO DIA
Dilma
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
No retrovisor, boas notícias. No parabrisa, nem tanto

- Quando olhamos no retrovisor o nosso passado recente sentimos falta do que reclamava-mos.
- O nosso comércio deixou de arrecadar em 2010 algo em torno de 1,5 milhões de reais que foram cortados de gratificações e horas extras;
- E em 2011 fora isso ainda teve a demissão de mais de 100 funcionários que vai causar um impacto de algo em torno de mais de 700 mil reais este ano, sacrificando ainda mais o nosso comércio e a populção em geral;
- Sem falar claro nos próprios funcionários que perderam seus empregos, mesmo tendo a promesa de que seriam mantidos (prometido em entrevista a rádio FM Feira Nova);
- Enquanto algumas famílias a cada dia ganham mais na atual gestão a grande maioria do povo pobre sofre (A prefeitura dos Diplomados), o pobre hoje nem direito a atenção tem;
- Em 2008 quando o sindicato era contra o prefeito ainda assim conseguimos um aumento nos salários de 25%, que ainda achavamos que era pouco;
- Dois anos depois nenhuma conquista real para o fucionário público até as horas extras e gratificações que completavam o salário foram cortados;
- Em 2008 a cidade era um canteiro de obras;
- Hoje o que temos uma academia da cidades (...)
- O sistema de Saúde do munícipio em crise, se reclamavamos antes que as vezes não tinha medicamento e hoje, muitas vezes até sem médicos é o fim mesmo;
- Enquanto vemos a situação real que o ensino fundamenta vive, fazem um mutirão para aumentar o indíces como se as pessoas fossem números, mais a realidade é outra;
- A limpeza urbana que sempre foi nosso orgulho olhando no retrovisor, agora é só uma lembrança;
- Até o CRAS que era na comunidade mais pobre da cidade na comunidade do Sapu nú (é como conhecemos), foi removido para o centro;
- Perdemos o compasso do desenvolvimento dos últimos dois anos de LULA, a maior taxa de empregos que o Brasil ja teve e aqui só demissões;
- Todo interior se industrializando em Pernambuco, inclusive Glória aqui perto, só nós que não apesar de estarmos bem situados e com a maior riqueza que uma cidade possa ter, uma barragem;
- Só nós ainda não recebemos os ônibus do projeto do governo federal, estamos esperando, só nos resta isso;
- Ainda bem que ainda temos o bolsa família, é o que tem nos ajudado;
- Nossas festas, há nossas festas como eram belas e referência na região;
- E o pior é toda entrevista o prefeito diz que têm dinheiro sobrando agora, aí me pergunto será prefeitura uma empresa privada para juntar dinheiro com tantos problemas que nossa cidade enfrenta com a pobreza a cada dia se alastrando mais;
- Enfim quando olhamos pelo retrovisor do tempo nos dá uma saudade daquele tempo que pensava-mos que era ruim e perdemos a coragem de olhar o parabrisa que está em nossa frente;
- Espero que algum dia possamos olhar no parabrisa novamente;
- É isso aí...
Mantega nega o único aceno de Carvalho às centrais
Para um ministro de Estado, a pior forma de solidão é a companhia de outro ministro. Tome-se o exemplo dos ministros Guido Mantega e Gilberto Carvalho.
Um, ministro da Fazenda. Outro, ministro da cozinha do Planalto. Ambos petistas. Companheiros ideais, atingiram a mais perfeita solidão.
Trancado em seu isolamento, Carvalho recebeu em seu gabinete a nata do sindicalismo. Acenou-lhes com o reajuste da tabela do IR.
Decorridas menos de 24 horas, fechado em seu insulamento, Mantega replicou: "Não está sendo estudado isso".
Os sindicalistas levaram a Carvalho uma pauta de três itens: salário mínimo de R$ 580, aumento de 10% para aposentados e correção da tabela do IR em 6,46%.
O ministro só sorriu para o IR. Ainda assim, rebarbou o percentual. Em vez de 6,46%, disse que a tabela poderia ser cogida em 4,5%. E Mantega: Nem isso, senhores. Esqueçam.
Passageiros de uma mesma canoa, os ministros remam para lados opostos. Dilma Rousseff talvez devesse chamá-los para um pé-de-ouvido.
A presidente ordenaria a Mantega: “Diga ‘oi’ ao Gilberto”. Determinaria a Carvalho: “Diga ‘olá’ ao Guido”. Pode não encurtar a Sibéria que os separa. Mas fica mais civilizado.
Dilma compara, em discurso, o nazismo às ditaduras

Dilma Rousseff participou na noite passada, em Porto Alegre, de cerimônia em memória das vítimas do holocausto.
Ao discursar, a presidente fez uma analogia entre a barbárie imposta pelo nazismo aos judeus e a tortura infligida pelas ditaduras.
Torturada pelo regime militar, Dilma acomodou num mesmo balaio os campos de concentração e os porões dos regimes de exceção:
"Lembrar Auschwitz-Birkenau é lembrar todas as vítimas de todas as guerras injustas, todas as ditaduras que tentaram calar seres humanos".
Minutos antes, fora ao microfone o presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil), Claudio Lottenberg. Voltando-se para Dilma, ele disse:
“A senhora, presidente, sabe melhor que todos o que significa ser torturada, [...] o que este tipo de agressão pode significar para alguém, por mais que sobreviva".
Dilma pronunciou uma frase que fez lembrar entrevista que concedera ao diário 'Washington Post', logo depois da posse.
Na ocasião, inquirida sobre a parceria que Lula estabelecera com o Irã, ela afirmara que não concordava com as violações aos direitos humanos patrocinadas por Teerã.
No discurso da capital gaúcha, sem mencionar o Irã, a presidente declarou coisa parecida:
“É nosso dever não compactuar com nenhuma forma, qualquer que seja, de violação de direitos humanos –em qualquer país, aí incluído o nosso”.
Em entrevista concedida antes do início da cerimônia, Lottenberg havia festejado a distinção entre Dilma e Lula em relação à matéria.
O presidente da Conib declarou-se "feliz em saber que a presidente [Dilma] tem posição diferente daquela que o presidente Lula manifestou no passado".
Dilma desembarcou em Porto Alegre por volta das 20h, com atraso de cerca de uma hora. Falou para uma platéia eclética.
A audiência incluía de expoentes da comunidade judaica ao prefeito de São Paulo, o ‘demo’ Gilberto Kassab, na bica de filiar-se ao PMDB e de converter-se ao governismo.
Secretaria de Saúde não mais nomeará os gerentes das Gers com base em indicações políticas
Ministro José Múcio será o relator no TCU de denúncia contra a Fundação José Sarney

Caiu para o pernambucano José Múcio a relatoria do processo que apura uma denúncia contra a Fundação José Sarney, que tem sua sede em São Luís do Maranhão.
Raul Henry passa a fazer parte de um novo grupo político que surgiu dentro do PMDB
O deputado reeleito Raul Henry (PMDB-PE) redefiniu sua posição política em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff. |
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Editorial "NOSSA HISTÓRIA'
Por isso venho homenagear a dois grandes ex prefeitos de nossa cidade Adauto Gonzaga e Antônio Ramalho, que os jovens que fazem parte deste blog, procure quebrar as barreiras e conhecer melhor essas duas personalidade, que são muitas vezes tão injustiçadas em nossa comunidade, tenha certeza que depois de conhece-los você terá outra visão da política local.
E não esqueçam que todos nossos ex prefeitos, como João Rocha, Aloísio Barros, Antônio Ramalho, Adauto Gonzaga, Zeca Aguiar, Jairo Gonzaga e Marilene Chaves foram eleitos pelo nosso voto e são patrimônios de nossa história, vamos aproveitar os que ainda estão conosco para conhecer melhor a nossa história.
Quebre as barreiras do preconceito assim como eu e procure fazer parte dessa história, a eleição acabou, é hora de lutarmos por uma cidade mais forte e unida, por uma Feira Nova melhor.
É isso aí...
RIR É O MELHOR REMÉDIO...
Um aluno de Direito ao fazer prova oral.
O que é uma fraude?
- É o que o senhor, professor, está a fazer
- responde o aluno.
O professor fica indignado.
- Ora essa, explique-se.
Então diz o aluno:
- Segundo o Código Penal, "comete fraude todo
aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar".